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CONTROLE DE QUALIDADE EM PLANTAS

Por:   •  3/9/2021  •  Relatório de pesquisa  •  3.078 Palavras (13 Páginas)  •  159 Visualizações

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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS

DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA

COMPONENTE CURRICULAR: CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO

RELATÓRIO AULA 2 – CONTROLE DE QUALIDADE EM PLANTAS

(ALECRIM - Rosmarinus officinalis L.)

CAMPINA GRANDE

2021

1. INTRODUÇÃO

1.1 Características gerais:

O Rosmarinus officinalis L. (Imagem 1), como observa-se na Tabela 1, é pertencente à família Lamiaceae, é nativa do Mediterrâneo e possui porte subarbustivo lenhoso, ereto e pouco ramificado de até 1,5 m de altura. Suas folhas são lineares, coriáceas e muito aromáticas, medindo 1,5 a 4 cm de comprimento por 1 a 3mm de espessura. Flores azulado-claras, pequenas e de aromas forte e muito agradável (PORTE, 2001).

A família Lamiaceae compreende 150 gêneros com cerca de 2800 espécies distribuídas em todo o mundo, sendo o maior centro de dispersão a região do Mediterrâneo. Muitas das espécies introduzidas no Brasil são plantas medicinais e produtoras de óleos essenciais, sendo utilizadas também como condimentos ou como flores ornamentais (PORTE, 2001).

De nome popular alecrim, R. officinalis apresenta diversos outros sinônimos: alecrim-de-cheiro, alecrim-das-hortas, alecrim-da-casa, alecrim-comum, alecrim-verdadeiro, rosmaninho. Ocupava lugar de honra entre as plantas domésticas trazidas pelos primeiros colonos. Pode produzir flores azuis ou brancas e seu nome em latim significa “orvalho do mar”, referindo-se ao local de origem desta planta, também apresenta emprego culinário, medicinal, farmacêutico e cosmético (LORENZI, 2006).

Imagem 1- Rosmarinus officinalis L.

Fonte: Google Imagens.

É uma das primeiras espécies identificadas e classificadas da família Lamiaceae. Conhecida desde 116-27 a.C., apresenta propriedades estomacais, estimulantes, antiespasmódica e emenagogas (estimulam o fluxo menstrual).

Tabela 1 – Classificação Taxonômica do Alecrim.

Classificação Taxonômica

Domínio Eukaryota

Reino Plantae

Filo Magnoliophyta

Classe Magnoliopsida

Ordem Lamiales

Família Lamiaceae

Género Rosmarinus

Espécie R. officinalis

Nomenclatura Binominal Rosmarinus officinalis L. (Labiatae)

Sinonímia botânica Rosmarinus latifolius Mill.

Fonte: LORENZI, 2006.

O cultivo pode ser feito por meio de mudas preparadas por estaquia ou mergulhia, crescendo bem em solo rico em calcário e em ambientes úmidos de clima ameno. Existem mais de 10 variedades em cultivo no Brasil, todas com o mesmo uso, porém aromas e características sutis diferentes. (LORENZI, 2006).

1.2 Aspectos químicos:

• Constituição Fitoquímica: Os resultados de sua análise fitoquímica designaram-na como uma droga derivada do ácido cafeico que, por sua vez, a insere nas drogas com ácidos fenólicos. (BRUNETON, 2001).

• Composição química: A composição e quantidade de compostos presentes nos extratos de alecrim dependem de vários fatores, como tipo de solo, clima, idade das plantas e o procedimento de extração (OLIVARES-VICENTE et al., 2018). A droga extraída de unidades floridas e dessecadas contém entre 10 e 25 ml/kg de um óleo essencial, cujos constituintes principais são o alcanfor, 1-8 cineol, alfa- pineno, borneol e canfeno em proporções variáveis dependendo da origem e do estado vegetativo. Os compostos fenólicos se encontram representados por flavonóides (esteróides do luteol, diosmetol) e flavonas metoxiladas em C-6 e/ou C-7 e por ácidos fenólicos, sobretudo derivados cafeicos: ácido cafeico, ácido clorogênico e rosmarínico. O alecrim caracteriza-se, também, pela presença de diterpenos tricíclicos: ácido carnosólico; carnosol (majoritários); rosmanol; epirorosmanol; isorosmanol; rosmarinidifenol; rosmariniquinona; rosmadiol; etc.; assim como pelos triterpenos (ácido ursólico e oleanóico) e amirinas. (BRUNETON, 2001).

Além das substâncias citadas acima foram encontradas outras, as quais se apresentam em quantidades relativamente menores, mas não menos importantes, que são:

• Taninos: podem desintoxicar substâncias carcinogênicas e eliminar radicais livres. (BRUNETON, 2001).

• Saponinas: se ligam ao colesterol e as toxinas do trato digestivo. Elas também podem inibir a produção de células cancerígenas e aumentar o nível imunológico destas. (BRUNETON, 2001).

• Álcool Perílico: composto fitoquímico que desencadeia a morte das células tumorais sem danificar as células sadias. (BRUNETON, 2001).

• Alcalóides: relaxantes musculares direcionados especialmente aos músculos da pelve e abdome. (KAUPAS, 2005).

• Flavonóides: compostos do tipo Ar-C3 por condensações sucessivas de unidades dicarbonadas, processo frequente nos vegetais. O potencial anti-infeccioso dos flavonóides provém de sua capacidade de reduzir os processos inflamatórios, evitar a liberação de histamina (provoca sintomas alérgicos), combater radicais livres, reforçar a imunidade, fortalecer vasos aumentando o fluxo sangüíneo, reduzir a artrite reumatóide e a perda progressiva da memória relacionada à idade. (BRUNETON, 2001).

• Óleo essencial: óleo volátil, concentrado, extraído de plantas medicinais aromáticas. Os óleos essenciais também são chamados de essências e relacionam-se com um grande número de funções orgânicas, sendo constituídos de misturas complexas de substâncias. Os óleos essenciais podem ocorrer tanto no interior de células quanto no interior de estruturas especializadas como as glândulas e aos canais secretores. Tanto as gotículas de óleos essenciais quanto as de óleo fixos (girassol,

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