A BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS
Por: José Djalma • 4/12/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 2.676 Palavras (11 Páginas) • 596 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL
BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS
29 DE NOVEMBRO DE 2017[pic 1]
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
1 INTRODUÇÃO
No dia 07 de novembro de 2017 (terça-feira), os alunos da disciplina de Biologia e Controle de Plantas Invasoras, realizaram uma visita técnica a Industrial Porto Rico S/A, cuja sede está localizada na Fazenda São José, S/N, município de Campo Alegre – AL; esta empresa é do setor sucroalcooleiro. A visita ocorreu no turno da manhã sob a supervisão do professor titular da disciplina Valdevan Rosendo dos Santos.
A visita iniciou com a parada em uma área da usina localizada em uma das fazendas da usina, a fazenda Mineiro, na qual fomos recebido pelo técnico agrícola da usina Sr. Erenildo, o qual foi encarregado de nos acompanhar durante toda a visita.
Em nossa visita técnica podemos observar o que vemos em sala de aula e em literaturas serem aplicados e adaptados ao campo com as suas distintas realidades, pois cada propriedade tem as suas particularidades que devem ser observadas e manipuladas de forma que se objetive manter uma boa produção com um menor custo e menor impacto ao meio ambiente.
A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é uma das culturas mais importantes para o Brasil, tem exercido uma função duplamente destacável. Por um lado, a produção açucareira fundamenta grande parte das divisas do país, que tem se apresentado como o maior exportador mundial de açúcar; Por outro, a produção de álcool constitui importante alternativa brasileira à substituição de determinados derivados do petróleo (Negrisoli, 2003). Portanto, essa cultura ocupa uma posição de destaque na agricultura nacional, principalmente após o incentivo ao desenvolvimento da bioconversão de energia, como alternativa para o fornecimento de combustível (Constantin et al., 2002). De acordo com Barela & Christoffoleti (2006), a cultura da cana-deaçúcar absorve grande quantidade de mão-deobra e insumos no seu ciclo de produção. Dentre esses produtos, a cana-de-açúcar é a segunda cultura em consumo de herbicidas no Brasil, atrás apenas da soja (IEA, 2008).
A ocorrência de plantas daninhas na cultura de cana-de-açúcar provoca perdas sérias na produtividade, quando não controladas adequadamente. Diversos trabalhos de pesquisa mostram esses danos, atribuindo ao manejo dessas plantas uma porcentagem importante do custo de produção. A cana, apesar de usar de maneira altamente eficiente (fisiologia C4) os recursos disponíveis para o seu crescimento, é afetada nas fases iniciais de crescimento pelas plantas daninhas, que também utilizam os recursos disponíveis de forma eficiente, por muitas delas também apresentarem fisiologia C4.
Em cada fase do crescimento inicial, a cana-de-açúcar pode responder diferentemente a um herbicida em particular, ou mesmo tolerar a competição com as eventuais plantas daninhas presentes na área. É bem conhecido em outras culturas, principalmente as de cereais, que, em determinados estádios fenológicos, as plantas são mais sensíveis que em outros, em relação ao momento de aplicação do herbicida. Porém, na cultura da cana, as informações relativas à tolerância aos herbicidas não se encontram ainda pesquisadas de forma clara e conclusiva. No caso da cana-planta, podem ser definidos quatro estádios fenológicos iniciais: esporão; duas a três folhas; transição do sistema radicular em três a quatro meses (Rochecouste, 1967), os quais têm relação direta com a capacidade competitiva da cultura e com a suscetibilidade aos herbicidas. Para as soqueiras, são definidos dois estádios principais, quais sejam: estádio de brotação inicial das soqueiras e estádio de perfilhamento e formação do sistema radicular definitivo.
Nesta visita técnica objetivou a compreensão na pratica da ação dos principais herbicidas usada na cultura da cana de açúcar bem como a sua eficiência e uso na pratica, pois bem sabemos que existem várias diferenças entre o manejo teórico e o prático dos herbicidas no entanto tem, sempre que respeitar o meio ambiente.
3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
Nosso ponto inicial se deu na fazenda Mineiro onde nos encontramos com o técnico agrícola da usina, onde nos foi apresentado uma área (Figura 1) que teria sido passada pelo tratamento com herbicida em cana planta. Nesta área observamos os efeitos do herbicida o qual possui o princípio ativo do paraquat, o mesmo tem eficiência que depende muito do manejo em que se utiliza este produto, pois ele é um herbicida de contato.
As plantas daninhas causam grandes prejuízos a cultura da cana-de-açúcar na usina Porto Rico, sendo o setor de Herbicida da usina o responsável pelo seu controle obedecendo a legislação e a responsabilidade ambiental. As plantas daninhas competem diretamente com a cultura da cana-de-açúcar, por água, luz, espaço e entre outras por nutriente, essas plantas também são vetores de doenças. Essas interferências podem causar o retardo ou mal desenvolvimento da cultura, acarretando em futuros prejuízos a usina, sendo assim o seu controle é de grande importância para o bom desenvolvimento da cana.
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O controle das plantas daninhas na usina porto rico é realizado na sua maior parte através da aplicações de herbicidas de forma mecânica através de tratores ou manual utilizando a bomba costal, no entanto existem plantas daninhas que são de difícil controle mesmo com a utilização de produtos agrotóxicos, pois tem capacidades de rebrotar rapidamente, nestes casos utiliza-se do uso da enxada no controle dessas plantas visando arrancar toda a raiz da planta evitando assim que ela rebrote.
As recomendações para o uso de herbicidas são realizadas após um levantamento fitossociológico das principais espécies presentes em uma determinada área, após este levantamento é realizado uma pesquisa sobre os principais produtos registrados para a cultura da cana-de-açúcar o qual deverá ser utilizado, fazendo sempre rotação de produtos, evitando assim que a planta crie resistência.
Para a aplicação destes produtos agrotóxicos o uso de equipamentos de proteção individual – EPIs, é fundamental para a segurança e saúde dos funcionários durante a aplicação dos agrotóxicos, tais como: herbicida, inseticida, fungicida que acontece durante todo o ciclo da cultura, para o controle das principais ervas daninhas, insetos-praga e doenças.
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