DROGAS PARA TRATAMENTOS PSIQUIATRICOS
Por: Antonio Lucas • 20/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.398 Palavras (6 Páginas) • 248 Visualizações
FARMACOLOGIA; DROGAS UTILIZADAS PARA TRATAMENTOS PSICOATIVOS:
- Introdução
Nesse trabalho será apresentado as drogas utilizadas nos tratamentos de esquizofrenia, síndrome do pânico, distúrbio bipolar e déficit de atenção. Doenças neurais onde os tratamentos são utilizados medicamentos específicos, vendo seus efeitos colaterais, interações medicamentosas e seu mecanismo de ação.
- Transtornos e síndromes e suas drogas para tratamento.
- Esquizofrenia
A esquizofrenia é caracterizada por pensamentos ou experiências que parecem não ter contato com a realidade, fala ou comportamento desorganizado e participação reduzida nas atividades cotidianas. Dificuldade de concentração e memória também são sintomas.
O tratamento costuma ser necessário por toda a vida e geralmente envolve uma combinação de medicamentos, psicoterapia e serviços de cuidados especializados.
Fármacos utilizados para tratamento:
• Risperidona: comprimidos de 1, 2 e 3 mg
• Quetiapina: comprimidos de 25, 100, 200 e 300 mg
• Ziprasidona: cápsulas de 40 e 80 mg
• Olanzapina: comprimidos de 5 e 10 mg
• Clozapina: comprimidos de 25 e 100 mg
• Clorpromazina: comprimidos de 25 e 100 mg; solução oral de 40 mg/mL
• Haloperidol: comprimido de 1 e 5 mg solução oral 2 mg/mL
• Decanoato de haloperidol: solução injetável 50 mg/mL
2.2 Síndrome do pânico
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente.
As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a Ciência acredite que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como: Genética, Estresse, Temperamento forte e suscetível ao estresse e Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.
Fármacos utilizados para tratamento:
Paroxetina 10mg/d
Sertralina 25mg/d
Fluoxetina 10mg/d
Citalopram 10mg/d
Fluvoxamina 50mg/d
2.3 Distúrbio bipolar
A causa exata do distúrbio bipolar não é conhecida, mas acredita-se que seja influenciado por uma combinação de fatores como genética, ambiente, estrutura e química do cérebro.
Os episódios maníacos incluem sintomas como euforia, dificuldade para dormir e perda de contato com a realidade. Já os episódios depressivos são caracterizados por falta de energia e motivação, além de perda de interesse nas atividades cotidianas. Os episódios de alteração de humor podem durar dias ou meses e também podem estar associados a pensamentos suicidas.
O tratamento costuma ser necessário por toda a vida e geralmente envolve uma combinação de medicamentos e psicoterapia.
Fármacos utilizados para tratamento:
Benzodiazepínicos:
Lorazepam 1-2 mg
Alprazolam 1-2 mg
Diazepam 10-20 mg
2.4 Deficit de atenção
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Fármacos utilizados para tratamento:
Venvanse 30-70mg
Ritalina 5- 20mg
Concerta 18- 54mg
Ritalina LA 20-40mg
- Descrição medicamentosa Haloperidol
O haloperidol é indicado para o alívio de transtornos do pensamento, de afeto e do comportamento acima citado a utilização no tratamento de esquizofrenia.
3.1 Efeitos colaterais
Dados de estudos clínicos
A seguir estão listados os eventos adversos (também chamados de reações adversas ao medicamento) relatados em estudos clínicos por ≥ 1% dos pacientes tratados com haloperidol.
3.1.1 Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Distúrbios do sistema nervoso: distúrbios extrapiramidais; hipercinesia (movimentação excessiva e atípica do corpo e membros).
3.1.2 Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Distúrbios do sistema nervoso: tremor, hipertonia (rigidez muscular), distonia, sonolência, bradicinesia (movimentos lentos).
- Distúrbios oftalmológicos: distúrbios visuais.
- Distúrbios gastrintestinais: constipação, boca seca, hipersecreção salivar.
3.1.3 Reação comum no tratamento da esquizofrenia (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios do sistema nervoso: tontura, acatisia (dificuldade em permanecer sentado), discinesia, hipocinesia, discinesia tardia.
- Distúrbios oftalmológicos: crise oculógira (movimento espástico dos olhos para uma posição fixa, geralmente para cima).
- Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática (anormalidade da pressão sanguínea perceptível ao levantar ou alterar a posição do corpo), hipotensão. Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas: disfunção erétil.
- Investigações: aumento do peso.
3.1.4 Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento), incluindo relatos isolados:
- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: agranulocitose, pancitopenia, trombocitopenia, leucopenia e
- neutropenia.
- Distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática, hipersensibilidade.
- Distúrbios endócrinos: secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
- Distúrbios do metabolismo e nutricionais: hipoglicemia.
- Distúrbios psiquiátricos: transtorno psicótico, agitação, estado confusional, depressão e insônia.
- Distúrbios do sistema nervoso: convulsão e cefaleia.
- Distúrbios cardíacos: Torsade de Pointes, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular, extrassístole.
- Distúrbios do mediastino, respiratório e torácico: broncoespasmo, laringoespasmo, edema de laringe, dispneia.
- Distúrbios gastrintestinais: vômito e náusea.
- Distúrbios hepatobiliares: insuficiência hepática aguda, hepatite, colestase, icterícia, anormalidade no teste da
- função hepática.
- Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: vasculite leucocitoclástica, dermatite esfoliativa, urticária, reação de fotossensibilidade, erupção cutânea, prurido, hiperidrose.
- Distúrbios renais e urinários: retenção urinária.
- Gravidez, puerpério e condições perinatais: síndrome neonatal de retirada do medicamento.
- Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas: priapismo e ginecomastia.
- Distúrbios gerais e condições no local de aplicação: morte súbita, edema de face, edema, hipotermia e hipertermia.
- Investigações: prolongamento do intervalo QT, perda de peso.
3.2 Interação medicamentosa haloperidol
- Você deve evitar ingerir bebidas alcoólicas se estiver tomando haloperidol.
- Medicamentos que podem aumentar a concentração de haloperidol e aumentar o risco de ocorrer eventos adversos, incluindo o prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma): itraconazol, nefazodona, buspirona, venlafaxina, alprazolam, fluvoxamina, quinidina, fluoxetina, sertralina, clorpromazina, prometazina.
- Foi observado aumento do intervalo QTc quando haloperidol foi administrado em combinação com inibidores metabólicos, tais como: cetoconazol e paroxetina.
- Medicamentos que podem diminuir a concentração de haloperidol: carbamazepina, fenobarbital e rifampicina. Neste caso a dose de haloperidol deve ser reajustada, quando necessário. Após a interrupção do tratamento com esses medicamentos podem ser necessários reduzir a dose de haloperidol.
- Efeitos do haloperidol em outros medicamentos: Como é o caso de todos os antipsicóticos, haloperidol pode aumentar a depressão do Sistema Nervoso Central (SNC) causada por outros depressores centrais como bebidas alcoólicas, hipnóticos (soníferos), sedativos e analgésicos potentes. Um aumento dos efeitos sobre o SNC foi relatado quando haloperidol é associado à metildopa. O haloperidol pode reverter os efeitos hipotensores de medicamentos para a pressão alta, tais como a guanetidina.
- O haloperidol pode prejudicar o efeito antiparkinsoniano da levodopa.
Outras formas de interação:
- Em raros casos os seguintes sintomas foram relatados durante uso concomitante de lítio e haloperidol: encefalopatia, sintomas extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna, distúrbios do tronco cerebral, síndrome cerebral aguda e coma. Muitos destes sintomas foram reversíveis.
- De qualquer forma, recomenda-se que se você apresentar estes sintomas converse imediatamente com seu médico, pois ele poderá interromper o tratamento com haloperidol.
3.3 Mecanismo de ação
O haleridol é um antipsicótico do grupo das butirofenonas. Ele é um bloqueador potente dos receptores dopaminérgicos centrais, classificado como um antipsicótico muito incisivo. O haloperidol não tem atividade anti-histamínica ou anticolinérgica.
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