Endotoxinas Bacterianas – Teste de Endotoxinas Bacterianas em Produto
Por: Fellipeaa moraes • 24/11/2019 • Relatório de pesquisa • 1.471 Palavras (6 Páginas) • 324 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS CENTRO- OESTE DONA LINDU
CURSO FARMÁCIA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 03:
Endotoxinas bacterianas – Teste de endotoxinas bacterianas em produto.
Fellipe Moraes
Lucas Belchior
Relatório (R4) da disciplina de Controle
de Qualidade Microbiológico - CQMB,
sob a orientação da Profa. Dra. Ana
Gabriela Reis Solano.
Divinópolis
2019[pic 1]
1 INTRODUÇÃO
- Qual objetivo do ensaio de endotoxinas?
O teste de endotoxinas bacterianas é empregado para verificar se há presença de endotoxinas oriundas de bactérias gram negativas, em níveis acima dos preconizados pelos compêndios oficiais. Trata-se de um teste de suma importância, dada a capacidade destas substâncias de causar diversas complicações aos pacientes que recebem insumos farmacêuticos e medicamentos contaminados, principalmente por via parenteral, onde não há qualquer barreira que impeça o contato direto à circulação sanguínea, desencadeando diversas cascatas de reação por parte do sistema imune (BRASIL, 2019; GUIMARÃES, 2017)
1.2 Qual o fundamento do método do Teste de Endotoxinas?
O teste de endotoxina bacteriana é usado para detectar ou quantificar endotoxinas de bactérias gram negativas presentes em amostras para qual o teste é preconizado. Utiliza-se o extrato aquoso dos amebócitos circulantes do Limulus polyphemus ou do Tachypleus tridentatus preparado e caracterizado como reagente LAL. Pode ser realizado através do método de coagulação em gel, que se baseia na formação de coágulo ou gel, um método semi-quantitativo; através de métodos fotométricos onde incluem-se o método turbidimétrico quantitativo, que se baseiam na turbidez oriunda da quebra de um substrato endógeno e o método cromogênico que se baseia no desenvolvimento de cor após a quebra de um complexo peptídeo sintético cromógeno (BRASIL, 2019; FUKOMORI, 2008; GUIMARÃES, 2017).
1.3 Qual o fundamento do teste de pirogênios?
O teste de pirogênios fundamenta-se na aferição da temperatura corporal de coelhos mediante injeção intravenosa da solução estéril avaliada. Onde se emprega a dose de no máximo 10 mg/kg de produto, caso este seja bem tolerado pelos animais e ou recomendações de dose descritas na monografia em caso de substâncias pouco toleradas pelos animais (BRASIL, 2019).
1.4 Quais as vantagens e desvantagens do Teste de Endotoxinas em relação ao método in vivo realizado em coelhos?
O teste de endotoxinas é mais rápido (1h) quando comparado ao teste de pirogênios in vivo com coelhos (dura 3h), não necessita de pessoal treinado e área física privativa para a manutenção e manejo dos animais. Porém, em contrapartida limita-se a detectar endotoxinas derivadas de parede de bactérias gram negativas, ao contrário do teste in vivo que torna possível detectar quaisquer pirogênios em excesso nos produtos farmacêuticos (BRASIL, 2019).
2 ESTUDO DE CASO
O teste de endotoxinas bacterianas foi desenvolvido e validado para a formulação cefalotina sódica pó para solução injetável (1,055 g de cefalotina sódica correspondente a 1g de cefalotina). O procedimento consistiu em reconstituir a amostra com 4 mL de água grau reagente LAL (mesmo volume de diluente do produto), diluir a amostra 45 vezes e esta amostra diluída foi adicionada aos tubos contendo a solução de LAL. O LAL utilizado apresentava sensibilidade igual a 0,125 UE/mL. Os resultados obtidos estão apresentados nas tabelas abaixo.
[pic 2]
2.1 Qual o objetivo do controle positivo da amostra (solução B)?
A solução B tem o intuito de se demonstrar que o produto farmacêutico em avaliação não afeta a formação de gel (apesar de o processo de validação já ter determinado previamente). Pois as pequenas oscilações de condições previstas na validação deste, podem ocasionar interferência em algumas características do produto final e culminar em interferência na formação de gel.
2.2 Qual o valor do limite farmacopeico de endotoxinas bacterianas para este produto (consultar Farmacopeia Brasileira 6ª edição)?
Segundo descrito na FB6 (2019), os níveis máximos permitidos de endotoxinas neste medicamento são de até no máximo 0,13 UE/mg de cefalotina sódica.
2.3 Avalie o controle negativo – justificar detalhadamente.
O controle negativo é utilizado para averiguar-se de que a técnica e ou procedimentos empregados para a realização do teste bem como insumos e vidrarias estão livres de endotoxinas em concentrações acima do permitido, a fim de se evitar que se atribuam resultados falso positivos aos produtos farmacêuticos em avaliação. O resultado do teste descrito acima demonstra que não há qualquer contaminação oriunda dos materiais empregados no teste e de erros de técnica durante a execução deste.
2.4 Avalie o controle positivo da amostra – justificar detalhadamente.
O controle positivo da amostra tem como função avaliar a interferência da amostra no teste. Observou-se no resultado de ambas as réplicas que ocorreu a formação de gel nos tubos com amostra e endotoxinas na concentração de 2 λ, demonstrando que não há interferência por parte da amostra.
2.5 Avalie o controle positivo – justificar detalhadamente.
O controle positivo tem como intuito avaliar se a sensibilidade do reagente LAL sem mantém adequada para a realização do teste. Utiliza-se o valor médio do log das concentrações mínimas onde se observou coagulação para determinação do valor de λ calculado e este é comparado ao valor de 0,5 λ e 2 λ (deve estar compreendido entre o intervalo dos dois.
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