Farmacêutico na Conscientização do Uso de Medicamentos
Por: Dagmá Bomfim • 6/6/2022 • Trabalho acadêmico • 837 Palavras (4 Páginas) • 101 Visualizações
A importância do Farmacêutico na conscientização do uso racional de medicamento
Medicamentos são substâncias que possuem a finalidade de prevenir, aliviar, controlar e/ou curar sinais, sintomas e doenças. Mas a utilização dos mesmos também pode acarretar uma série de malefícios à saúde. O farmacêutico é o profissional responsável pelos medicamentos, desde o desenvolvimento, criação, até a disponibilidade nas prateleiras das farmácias. E ele é também o profissional de saúde mais adequado e acessível para orientação de utilização desses medicamentos.
Os medicamentos são divididos em medicamentos tarjados, que só devem ser vendidos com receituário médico (nos casos de medicamentos de tarja preta e vermelha, como antibióticos, psicotrópicos, ansiolíticos e antidepressivos que a receita deve ser retida, pois em sua grande maioria são medicamentos perigosos, se tomados de maneira incorreta, e podem causar dependência, como exemplo deles temos o Tylex e o Tramal, analgésicos que atuam no combate da dor aguda) e aqueles que são considerados de venda livre, entre eles os AINE’s (Anti-inflamatório não esteroidais). Os AINE’s são utilizados comumente para alívio de cefaleia e febres, respostas frequentes do corpo para inflamação, e são vistos como medicamentos que não prejudicam à saúde, mas eles podem causar danos sérios como problemas cardiovasculares e tromboembolismo.
Segundo a Revista de Ciência da Saúde Nova Esperança, foi realizado um estudo com estudantes de medicina do ensino particular para identificar o perfil do consumo de anti- inflamatórios, antipiréticos e analgésicos, utilizaram os AINE’s mais conhecidos e comercializados (dipirona, paracetamol, ibuprofeno e o ácido acetil salicílico). Esses medicamentos possuem efeitos colaterais bem parecidos, sendo eles: irritação na mucosa gástrica (que pode evoluir para uma úlcera), comprometimento no fluxo sanguíneo renal, trombos e até a morte. O estudo resultou que esses estudantes utilizavam com maior frequência, em primeiro lugar, o paracetamol, em segundo, dipirona e, em terceiro, ibuprofeno, e a maioria relatou que a compra dos mesmos era realizada sem receita.
Vale considerar que o ibuprofeno é o fármaco considerado mais seguro pela indústria farmacêutica para monoterapia pediátrica, mesmo assim foi comprovado nesse estudo que é o menos utilizado.
A preocupação que esse estudo trouxe foi em relação ao comportamento da população leiga e desinformada já que estudantes da área da saúde do ensino particular, ou seja, que são financeiramente privilegiados e com maior acesso a informação, estão cometendo a automedicação, chegando até se automedicar com mais de um fármaco a mesmo tempo.
Os farmacêuticos são os profissionais que a população tem maior e mais fácil acesso e devem estar prestando o serviço de orientação para os pacientes no momento da compra dos medicamentos, eles podem estar oferecendo o serviço de aferição de pressão e glicemia, como também podem orientar sobre os efeitos colaterais, instruir como deve ser realizada a utilização, revisar a receita médica (caso possua) e, o mais importante, principalmente nos casos de compra sem consulta/receituário médico, podem tá orientando sobre as possíveis intoxicações que podem ocorrer por bebida, comida ou até mesmo pelo uso de outro medicamento, essas atribuições são muito importantes para um país onde o acesso à saúde é tão difícil, já que existe um farmacêutico por farmácia, no mínimo.
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