Prevalência de doenças infecciosas em doadores de sangue do Hospital de Caridade
Por: Rafael Bombardieri • 9/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.571 Palavras (7 Páginas) • 409 Visualizações
Prevalência de doenças infecciosas em doadores de sangue do Hospital de Caridade de Ijuí – HCI
A segurança de uma transfusão de sangue depende de fatores como o perfil epidemio lógico da população na qual se faz a captação dos candidatos à doação, a seleção desses candidatos na triagem clínica, a triagem sorológica de infecções/doenças transmitidas pelo sangue entre outras (1). A qualidade e a segurança de uma transfusão sanguínea é preocupação constante dos serviços de Hemoterapia. Por isso a triagem clínica realizada para doação de sangue tem, entre outros objetivos, a proteção do doador e receptor dos agravos que possam comprometer a saúde (2). A triagem sorológica tem um significado estratégico especial, pois a partir de um determinado momento, é o único procedimento que vai validar, ou não, a utilização do hemocomponente (referência), processo melhor visualizado na figura 1.
Figura 1. Fluxograma do ciclo do sangue[pic 1]
Figura 1: Fluxograma do ciclo do sangue
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Com o desenvolvimento acentuado da biotecnologia nos últimos anos e as reformulações nas normas técnicas que regem os serviços de hemoterapia (tabela 1), os testes sorológicos utilizados em bancos de sangue foram redesenhados para apresentar alta sensibilidade. Conseqüentemente, esses testes passaram a garantir uma melhor qualidade ao sangue transfundido (3).
Tabela 1. Distribuição das infecções e/ou doenças com triagem laboratorial normatizada, de acordo com o ano de publicação da norma específica (4)
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Na Atualidade são poucos os estudos relacionados à prevalência de doenças transmissíveis pelo sangue na população brasileira de doadores, sendo que a grande parte das pesquisas focaliza apenas alguns parâmetros específicos (5).
Deste modo, o objetivo deste artigo é verificar a prevalência de doenças infecciosas dentre os doadores do Banco de Sangue de uma cidade do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul. (Hospital de Caridade de Ijuí – HCI – retirar a identificação) e comparar os resultados a outro Hospital de característica Regional do Estado Rio Grande do Sul o Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, e também, a média estadual e nacional.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa fenomenológica a respeito da prevalência de doenças infecciosas em doadores de sangue de um banco de sangue de um hospital da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul do Hospital de Caridade de Ijuí, o qual é considerado um Hospital Pólo Macroreginal por abranger uma população de 1.282.927 pessoas, equivalente a 12,9% da população do Estado, distribuída em 125 municípios (6). Conforme dados da Fundação de Economia e Estatística (7). estima-se que em 2006 a população deste município seja de 79.587 habitantes; situado próximo as cidades de Santo Ângelo, Panambi e Cruz Alta.
Todas as amostras de sangue coletadas dos doadores foram submetidas à triagem sorológica conforme a legislação em vigor(referência), para as seguintes doenças: vírus T-linfotrópico humano (HTLV), vírus da hepatite C (VHC) e da hepatite B (HBsAg e anti-HBc); dois testes EIA simultâneos para vírus da imunodeficiência humana (VIH); Sífilis e Doença de Chagas e Malária (tem certeza?).
Foram analisados os resultados das sorologias realizadas no período de janeiro até dezembro de 2005.
RESULTADOS
De acordo com a tabela 2, pode-se notar que durante o ano de 2005 foi realizado 6.708 analises sorológicas de doadores no banco de sangue do HCI. Nota-se que 6,07% das bolsas apresentaram sorologia positiva para algum tipo de doença infecto-contagiosa, entretanto 93,48% das bolsas testadas apresentaram sorologia negativa.
Tabela 2. Distribuição das bolsas de sangue quanto à sorologia no Banco de Sangue do Hospital de Caridade de Ijuí no ano de 2005
No de Bolsas | % | |
Bolsas com Sorologia Positiva | 407 | 6,07 |
Bolsas com Sorologia Negativa | 6301 | 93,03 |
Total de Bolsas | 6708 | 100 |
A tabela 3 mostra a prevalência para cada doença infecciosa triada no ano de 2005. Nota-se entre as sorologias positivas que o anti-HBc foi o mais encontrado, com 3,93% do valor global de doadores, em segundo lugar, a Doença de Chagas ficou com 1,13%, em terceiro e quarto lugar estão as sorologias positivas respectivamente para Sífilis (0,47%) e HbsAg (0,37%). Entre as doenças com menores índices de positividade estão: hepatite C (0,12%), HIV I/II (0,03%) e HTLV I/II (0,02%). Não houve nenhum caso de sorologia positiva para Malária.
No de Bolsas | % | |
Doenças de Chagas | 75 | 1,13 |
HIV I/II | 2 | 0,03 |
Sífilis | 31 | 0,47 |
Hepatite B – HbsAg | 24 | 0,37 |
Hepatite B – Anti HBc | 262 | 3,93 |
Hepatite C | 8 | 0,12 |
HTLV I e II | 1 | 0,02 |
Malária | 0 | 0,00 |
Total de Bolsas | 407 | 6,07 % |
Tabela 3. Soroprevalência das doenças infecto-contagiosas dos doadores de sangue do Hospital de Caridade de Ijuí no ano de 2005
O título da tabela deve ficar na parte superior da mesma.
Já a tabela 4 mostra as prevalências individuais e total das doenças infecto-contagiosas com pesquisa obrigatória encontradas no banco de sangue deste hospital do Hospital de Caridade de Ijuí comparando-as com as prevalências do banco de sangue do Hospital Universitário de Santa Maria e as médias do Estado do Rio Grande do Sul e Brasil no ano de 2005.
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