Relatório aula prática: Leishmaniose
Por: Karollayne Rodrigues • 17/11/2019 • Relatório de pesquisa • 1.261 Palavras (6 Páginas) • 594 Visualizações
Microbiologia Básica
Prof. Dr. Renato Zilli
Relatório aula prática:
Leishmaniose
Karollayne Rodrigues
2019
Introdução
A Leishmania é um protozoário pertencente à família Trypanosomatidae , parasito intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear, com duas formas principais: uma flagelada ou promastigota, encontrada no tubo digestivo do inseto vetor, e outra aflagelada ou amastigota, observada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados.
Promastigota
Hospedeiros invertebrados: Inseto vetor - Fêmeas de insetos hematófagos Flebotomos
A forma promastigota, é flagelada e extracelular, apresentam corpo alongado, medindo entre 14 e 20mm, flagelo livre e longo e é encontrada no tubo digestivo do inseto vetor.
Amastigota
Hospedeiros Vertebrados: Mamíferos - homens, roedores, canídeos, marsupiais, primatas...
A forma amastigota, é intracelular e aflagelada, apresentam corpo ovóide, medindo entre 2,1 e 3,2mm, ausência de flagelo livre, são parasitas exclusivos de células do sistema fagocítico mononuclear (macrófagos) e multiplicam – se por divisão binária.
Vetor
Os vetores da Leishmania são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à Ordem Díptera, Família Psychodidae, Subfamília Phlebotominae, Gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros.
Apresentação clínica
A apresentação clínica da doença depende da complexidade da interação entre o sistema imunológico do hospedeiro e o tipo de protozoário, existindo quatro formas de apresentação da doença, sendo: A Leishmaniose Tegumentar (Leishmaniose Cutânea, Leishmaniose Cutaneomucosa, Leishmaniose Cutânea Difusa) e a Leishmaniose Visceral. Há dois tipos de classificação da leishmaniose segundo a localização geográfica: a ͞velho mundo͟ que se concentra na Ásia, África, a região do mediterrâneo e o oriente médio e a ͞novo mundo͟ se concentra na América Central, na América do Sul e no sul do Texas. Pelo fato da leishmaniose ser considerada uma doença negligenciada, junto com a malária e a doença do sono, é difícil determinar o número de pacientes infectados por essa doença, mas estima-se que há 12 milhões de pessoas infectadas pela doença do mundo, ameaçando a vida de mais de 350 mil pessoas anualmente, sendo que 90% dos casos se concentram no Sudão e no subcontinente indiano. No Brasil, a doença tem sido descrita principalmente na região nordeste, apresentando grandes mudanças no local de transmissão, onde se mantinha predominantemente no ambiente rural. Com o aumento da migração para as grandes cidades, diversos casos têm aparecido nos centros urbanos. A transmissão da doença não necessariamente é feita através do mosquito, podendo também ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou através da placenta.
A Leishmaniose Cutânea (LTC): lesões ulceradas indolores, únicas ou múltiplas, localizadas na pele;
A Leishmaniose Cutaneomucosa (LCM): lesões ulceradas e agressivas com invasão da mucosa e destruição de cartilagens;
A Leishmaniose Cutânea Difusa (LTD): uma síndrome rara, resulta em lesões nodulares não-ulceradas, disseminadas.
Agentes Etiológicos da Leishmaniose Tegumentar: leishmania brasiliensis, leishmania guyanensis, leishmania lainsoni, leishmania naiffi e leishmania amazonensis.
Período de incubação de 02 sem a 03 meses.
A Leishmaniose Visceral ou Calazar: acomete órgãos como baço e fígado causando esplenomegalia e hepatomegalia respectivamente.
Agente Etiológico no Brasil: Leishmania chagasi; Na África: leishmania dondovani
Período de incubação: 10 dias a 24 meses (média: 2 a 6 meses)
A Leishmaniose Dérmica Pós Calazar (LDPC): A Leishmaniose dérmica pós calazar (LDPC) é possivelmente a manifestação clínica mais desafiadora e intrigante no contexto da Leishmaniose visceral (LV), e, apesar de frequente em países como Índia e Sudão, é pouco encontrada nos relatos da literatura sul-americana. Suas formas clínicas são diversas, o tratamento é ineficaz e, além disso, pode surgir em contextos clínicos variados. O diagnóstico de LPDC impõe a necessidade de estudos acerca da penetração de leishmanicidas na pele, pois além de tornar os portadores potenciais reservatórios para flebotomíneos, a presença de leishmanias na pele pode, porventura, ser a causa de múltiplas recidivas de LV.
Ciclo Biológico
Conforme podemos observar na figura, que mostra o ciclo da doença destacando ambas as fases do parasita dentro do vetor transmissor e dentro do hospedeiro, a leishmaniose é transmitida através da picada da fêmea do flebotomíneo, que libera o protozoário pela
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