Resumo Bioquímica – Hormônios
Por: luisanery145 • 15/4/2024 • Resenha • 906 Palavras (4 Páginas) • 79 Visualizações
Resumo Bioquímica – Hormônios
Leptina
É produzida no tecido adiposo e é responsável pelo controle da ingestão alimentar, atuando em células neuronais do hipotálamo no sistema nervoso central. Promove a redução da ingestão alimentar e o aumento do gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gorduras. Sua ação é feita a partir de receptores específicos presentes nos órgãos alvos. Existem dois tipos: o ObrB com maior expressão no hipotálamo e o ObRa encontrados no pâncreas. Ela reduz o apetite a partir da inibição de neuropeptídios relacionados ao apetite, como o Y, e também com o aumento da expressão de neuropeptídios anorexígenos. Altos níveis de leptina reduzem a ingestão alimentar e vice-versa. Em pessoas obesas
Grelina
É produzida no estômago e é responsável pela regulação do apetite, gasto energético e aumento da secreção do hormônio do crescimento (GH). Os receptores da grelina estão localizados na hipófise, mediando a liberação do GH, e no hipotálamo, afetando o apetite (ativam neuropeptídios orexígenos) bem como no músculo cardíaco e no tecido adiposo. Encontram-se aumentados durante o jejum prolongado e reduzidos após uma refeição. Em pessoas obesas
GLP-1
É produzido no intestino delgado e sua ação está relacionada ao metabolismo da glicose. Ele reduz a secreção de glucagom e consequentemente a gliconeogênese, além de estimular a excreção de insulina, no pâncreas, contribuindo para o controle da glicemia. É responsável por atraso no esvaziamento gástrico, distensão da musculatura lisa do estômago e diminuição da secreção ácida estomacal, sendo promotor de maior sensação de saciedade e redução da capacidade de consumo energético em indivíduos diabéticos, magros e obesos. Os receptores do GLP-1 podem ser encontrados tanto no sistema nervoso central, como no hipotálamo, para regular o consumo calórico, quanto no sistema nervoso periférico para regular o apetite. Em pessoas obesas
Resumo Bioquímica – Metabolismo do Ferro
Metabolismo da hemoglobina
O baço desempenha um papel fundamental na eliminação e reciclagem de componentes celulares, incluindo a hemoglobina.
- Fagocitose: Os eritrócitos envelhecidos ou danificados, que têm uma vida útil média de cerca de 120 dias, tornam-se mais rígidos e são fagocitados (engolidos) pelas células do baço chamadas de macrófagos do tecido esplênico.
- Degradação da hemoglobina: Dentro dos macrófagos do baço, a hemoglobina contida nos eritrócitos fagocitados é quebrada em seus componentes. A hemoglobina é separada em globina (proteína) e heme (parte não proteica).
- Reciclagem do ferro: O ferro liberado do heme é capturado e reciclado, podendo ser reutilizado para a produção de novas moléculas de hemoglobina na medula óssea ou armazenado no organismo.
- Quebra do heme: O heme é transformado em biliverdina, que posteriormente é convertida em bilirrubina. A bilirrubina é transportada para o fígado, onde é conjugada, tornando-se solúvel em água e, então, excretada pelo corpo na forma de bile.
- Remoção de componentes residuais: O baço é responsável por eliminar os restos celulares resultantes da degradação dos eritrócitos, garantindo a eliminação eficiente dos resíduos.
OBS: Heme – anel purfirínico com o ferro
Produtos da clivagem da hemoglobina
- Globina: É a porção proteica da molécula de hemoglobina. Após a clivagem, a globina é decomposta em aminoácidos, como glicina, alanina, valina e outros. Esses aminoácidos são reciclados e reutilizados para a síntese de novas proteínas no organismo.
- Heme: É a parte não proteica da hemoglobina, que contém um íon de ferro no centro. Durante a clivagem, o heme é decomposto, liberando o ferro. O ferro é capturado e reutilizado para a produção de novas moléculas de hemoglobina ou armazenado para uso posterior.
- Biliverdina e Bilirrubina: O heme é quebrado em biliverdina, que posteriormente é convertida em bilirrubina. Esses pigmentos são transportados para o fígado, onde são conjugados, tornando-se solúveis em água e, então, excretados na bile. A bilirrubina é responsável pela cor amarelada das fezes e pela coloração amarelada da pele e dos olhos quando há um acúmulo elevado no organismo, como na icterícia.
Reciclagem do ferro inorgânico
Absorção de Ferro Não Heme:
- A forma predominante de ferro nos alimentos de origem vegetal e suplementos é chamada de ferro não heme. Esse tipo de ferro precisa ser convertido para uma forma absorvível antes de ser transportado através das células do epitélio intestinal.
Conversão para Forma Absorvível:
- No lúmen intestinal, o ferro não heme é reduzido em uma forma mais solúvel, conhecida como ferro ferroso (Fe2+), realizado por um agente redutor antioxidante, como o ácido ascórbico (vitamina c).
Transporte Através das Células Entéricas:
- O ferro absorvível é transportado através das células do epitélio intestinal, principalmente células enterócitos. O transporte ocorre principalmente através de transportadores específicos de ferro localizados na membrana dessas células, que são os transportadores de metais divalentes.
Formação de Complexos de Ferro:
- Dentro das células enterócitos, o ferro é ligado a proteínas específicas, como a ferritina, para formar complexos que ajudam a armazenar e regular o ferro intracelular.
Liberação de Ferro na Circulação:
- O ferro é liberado da célula enterocítica, oxidado à Fe3+, e entra na circulação sanguínea. Aqui, ele pode se ligar à transferrina, uma proteína transportadora de ferro no sangue, para ser distribuído para os diversos tecidos do corpo.
Enzimas que metabolizam o grupamento Heme
- Heme oxigenase: Esta enzima é responsável por catalisar a clivagem do grupo heme, produzindo biliverdina, monóxido de carbono (CO) e ferro livre. Existem dois tipos principais de heme oxigenase, HO-1 e HO-2, com diferentes distribuições teciduais e funções.
- Biliverdina redutase: Esta enzima converte a biliverdina em bilirrubina. A bilirrubina é então transportada para o fígado para ser conjugada com ácido glicurônico e tornar-se mais solúvel em água, facilitando sua excreção.
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