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Trabalho apresentado à disciplina de Práticas Farmacêuticas

Por:   •  12/2/2017  •  Resenha  •  990 Palavras (4 Páginas)  •  602 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ─ UNISUL

SAMARA MUTTINI

RESENHA CRÍTICA

Tubarão, 2016

SAMARA MUTTINI

                 

RESENHA CRÍTICA

Trabalho apresentado à disciplina de Práticas Farmacêuticas, do 4º semestre do curso de Farmácia a prof.ª Karina Remor.

Tubarão, 2016

Identificação do Artigo

Título: Fatores nutricionais relacionados à enxaqueca

Referência: IGLESIAS, Helen Corrêa Esteves; Fatores nutricionais relacionados à enxaqueca, Com. Ciências Saúde. 2009;20(3):229-240.

Resumo do Artigo

O presente artigo refere-se a uma revisão científica, onde teve como objetivo revisar a relação entre fatores nutricionais e a enxaqueca, tendo enfoque naqueles envolvidos no desencadeamento das crises e seus possíveis mecanismos de ação. A revisão foi feita nas bases de dados Medline e Lilacs, tendo preferência por artigos publicados nos ultimos dez anos (1997 e 2008), onde foram selecionados 48 artigos científicos mais pertinentes ao tema, também foram pesquisados em livros e duas publicaçôes técnicas.

Iniciando com uma breve introdução sobre a enxaqueca, apresentando seus diversos fatores, deixando claro que a cefáléia é um tipo de dor de cabeça diferente da enxaqueca que é um tipo especial resultado de fenômenos vasculares anormais. Os autores afirmam que a relação entre dieta e enxaqueca precisam ser mais estudadas pois  as pesquisas referem-se ás dietas de eliminação (perda de peso rapidamente), deveria ser efetuada mais pesquisas sobre os fatores nutricionais envolvidos com a patologia e seus mecanismos de ação.

Os autores salientam ainda as fases da enxaqueca e seus sintomas. Descrevem em seguida algumas teorias formuladas para explicar a enxaqueca, tendo em vista que a primeira a ser formulada foi em 1938, onde Graham e Wolff explicavam como sendo uma possível vasoconstrição intracraniana que poderia causar isquemia focal seguida de uma vasodilatação que causaria a dor (vasodilatação pode ser induzida pela acetilcolina).

O tratamento medicamentoso é com doses diárias podendo ser para controle ou prevenção das crises e obtenção da frenquência, intensidade e duração da dor. Porém os alvos terapêuticos para a prevenção da enxaqueca são escassos, onde ainda é necessário um melhor compreendimento dos processos genômicos e identificação de biomarcadores dos neurônios.

No artigo é listado alguns fatores nutricionais mais relatados nas crises de enxaqueca, onde 309 pacientes portadores de dores de cabeça foram divididos conforme os tipos de enxaqueca. Os autores afirmam haver relação entre o consumo de alimentos e o aparecimento de enxaquecas e outras cefaléias, em um terço dos pacientes sendo o chocolate, queijo e bebidas alcoolicas os alimentos mais relacionados com o aparecimento das dores. Foi constatado a presença de Helicobacter pylori (H. pylori) em 40% dos pacientes portadores de enxaqueca porém não encontraram nenhuma associação entre enxaqueca e infecções crônicas.

Mesmo com uma literatura escassa, algumas vitaminas e minerais, e substâncias como a lectina e os ácidos graxos omega-3, pelo papel relevante que desempenham no metabolismo do sistema nervoso no combate á enxaqueca. Os autores ainda apresentam mecanismos de ação de alguns nutrientes e substâncias na enxaqueca.

De acordo com a revisão da literatura científica, a enxaqueca afeta grande parte da população e alguns nutrientes e alimentos tem sido apontados como fatores desencadeantes da crise de cefaléia, porém a importância dos fatores nutricionais e mecanismos de ação na patogênese da enxaqueca ainda não estão bem esclarecidos. Sendo que uma alimentação saudável e equilibrada pode amenizar ou mesmo diminuir os sintomas da enxaqueca.

Comentários da Resenhista

 

Mesmo a revisão sendo de artigos entre 1997 a 2008 o tema do artigo em questão é relevante, pois de 10% a 20% da população mundial é acometido por enxaqueca ocorrendo predominantemente na população feminina tendo a suspeita da relação com o hormônio feminino estradiol.

Os autores buscaram fazer um apanhado geral dos estudos realizados sobre os fatores nutricionais relacionados a enxaqueca, com informações recolhidas em artigos, livros e publicações técnicas, a fim de observar se existe alguma interação nutricional que beneficie no tratamento, controle e prevenção da enxaqueca, não tendo muito sucesso, pois ainda falta estudos sobre o mecanismos de ação dos nutrientes na patogênese da enxaqueca. Ainda hoje sendo muito utilizado o tratamento medicamentoso, com o uso de doses diárias para o controle e prevenção da doença, porém com um tratamento nutricional os pacientes podem apresentar menos efeitos colaterais, tendo como a tendência uma vida mais natural. Atualmente as pessoas estão buscando alternativas de tratamento que propicie maior qualidade de vida, isso porque tem maior acesso a informação em virtude do avanço da tecnologia e das pesquisas científicas.

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