Um Caso Clínico
Por: Micaelly Schell • 7/4/2017 • Trabalho acadêmico • 490 Palavras (2 Páginas) • 352 Visualizações
Um homem de 48 anos apresenta queixas de rigidez matinal bilateral em seus pulsos e joelhos e dor nessas articulações durante o exercício. No exame físico, as articulações estão ligeiramente inchadas. O resto do exame não é digno de nota. Seus resultados laboratoriais também são negativos, exceto por ligeira anemia, elevação da taxa de sedimentação eritrocitária e fator reumatoide positivo. Com o diagnóstico de artrite reumatoide é iniciado em um regime de tratamento com naproxeno, 220 mg duas vezes ao dia. Após 1 semana, a dosagem é aumentada para 440 mg duas vezes ao dia. Seus sintomas são reduzidos nesta dosagem, mas queixa-se de azia significativa que não é controlada por antiácidos. Ele é então mudado para celecoxib, 200 mg duas vezes ao dia, e neste regime seus sintomas comuns e a azia são controlados. Dois anos depois, ele retorna com aumento dos sintomas articulares. Mãos, pulsos, cotovelos, pés e joelhos estão agora envolvidos e parecem inchados, quentes e sensíveis. Que opções terapêuticas devem ser consideradas neste momento? Quais são as possíveis complicações?
Resposta
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. É uma doença autoimune, que faz com que o sistema imunológico do corpo ataque os tecidos saudáveis por engano. A doença acomete cerca de 1% da população e qualquer pessoa pode desenvolver a doença, desde crianças até idosos.
A principal causa da artrite reumatoide é ter grau de parentesco com pessoas quem têm a doença. Mas além do fator genético, ela também pode estar associada a infecções virais e bacterianas. Fumantes, e até mesmo pessoas que não fumam, mas tem contato com fumantes, também correm o risco de desenvolver artrite reumatoide.
A artrite reumatoide ainda não tem cura, pois é uma doença crônica, mas pode ser controlada. Existes tratamentos e medicações que possibilitam que a doença fique inativa e o paciente tenha qualidade de vida.
O tratemento medicamentoso pode ser feito com as Drogas Modificadoras do Curso da Doença (DMCD), pois elas impedem a progressão da doença, ao contrario das drogas anti-inflamatórias, que tratam a inflamação mas não a causa.
São várias as DMCD que podem ser usadas no tratamento da artrite reumatoide, mas a que vem sendo considerada a droga padrão para o tratamento da doença é o Metotrexato. Além de usar uma droga só, podem ser feitas combinações entre elas, para um melhor resultado.
Além da tratamento medicamentoso, pode-se fazer uma combinação, entre as DMCD e a fisioterapia. Pois a fisioterapia auxilia na progressão das deformidades causadas pela doença e na redução da dor e do incômodo causado por ela, melhorando a movimentação das articulações e fortalecendo os músculos. É importante também pela reeducação postural, pela melhora da capacidade cardiorrespiratória e entre outros inúmeros exercícios.
E se mesmo com os medicamentos e a fisioterapia, não conseguir prevenir ou retardar o dano articular, pode-se considerar a cirurgia nas articulações atingidas.
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