Acidente Vascular Encefálico: Estudo de caso
Por: Yudi2.0 • 1/6/2016 • Trabalho acadêmico • 663 Palavras (3 Páginas) • 904 Visualizações
Acidente Vascular Encefálico: Estudo de caso
1. Introdução
O acidente vascular encefálico pode ser entendido por um acontecimento rápido de sinais clínicos decorrentes de distúrbios focais ou globais da função cerebral, resultando em sintomas com duração superior a 24 horas¹. Cerca de 80% dos casos são resultados da oclusão de uma artéria, seja por ateroma ou êmbolos secundários, caracterizando o AVE isquêmico², ou devido a um sangramento anormal para o parênquima cerebral, aneurisma, malformação arteriovenosa, doenças arterial hipertensiva, neste caso o hemorrágico³.
Dentre os fatores de risco para este condição destacam-se hipertensão arterial e as doenças cardíacas, sendo este segundo principalmente quando se trata de quadros embólicos e aterotrombóticos. Também são considerados fatores predisponentes níveis altos de colesterol, obesidade, alto consumo de álcool, uso de cocaína e fumo4.
As manifestações clínicas do AVE estão relacionadas a extensão e localização da lesão. As lesões no sistema corticoespinal promovem déficit no controle motor interferindo nas atividades de vida diária5. A hemiparesia é o deficit motor mais freqüente, com modificações no tônus muscular e dispraxias6. A recuperação após o AVE é amplamente estudada quanto à melhora funcional, geralmente obtida nos três primeiros meses, enquanto o maior ganho na recuperação da sensibilidade tem sido observado nos primeiros seis meses pós-AVE7.
2.5 Tratamento
O processo de intervenção deste paciente foi de 7 semanas, em uma frequência de duas vezes semanais e com duração de 40 minutos o atendimento, sendo que as duas primeiras sessões foram destinadas a avaliação. Antes da intervenção fisioterapêutica foram estabelecidos objetivos os quais nortearam as condutas mais adequadas para o quadro clínico do paciente visando uma melhor recuperação funcional e facilitação das atividades de vida diárias do mesmo.
Objetivos funcionais:
Objetivos específicos:
Condutas: Mobilização escapular e glenoumeral, extensão de membro superior para inibição de espasticidade flexora, tapping extensores de punho, descarga de peso em MS associado ao treino de coordenação motora com MMII cruzados, FNP com diagonal de MS, dissociação de cinturas em decúbito dorsal, flexão ativa do ombro com lado são auxiliando o acometido, treino de sentar e levantar com terapeuta estimulando lado acometido, estímulo a dorsiflexão com batida de calcanhar e extimulação extereoceptiva (gelo), exercício ponte, tríplice flexão de membro inferior ativo/assistido, orientação para higienização das mãos.
Conclusão
O AVE é a primeira causa de incapacitação funcional no mundo ocidental, devido às sequelas e déficits neurológicos que ocasiona ao paciente3, diversos estudos têm sido realizados com o objetivo de descobrir novas técnicas e o efeito que estas poderiam provocar na recuperação funcional dos pacientes acometidos por essa lesão vascular. Em decorrência da espasticidade e fraqueza muscular, há uma diminuição da habilidade do paciente em produzir e regular o movimento voluntário10. A fisioterapia tem um trabalho extremamente importante no restabelecimento da função e qualidade de vida desse grupo de pacientes, cabe ao profissional o aperfeiçoamento contínuo e a busca por modalidades terapêuticas que o auxiliem ainda mais nessa grande e especial missão que é a de reabilitar.
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