EFEITOS DA ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR ATRAVÉS DO MÉTODO PILATES NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR
Por: MariannaInspire • 27/9/2020 • Artigo • 3.024 Palavras (13 Páginas) • 396 Visualizações
EFEITOS DA ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR ATRAVÉS DO MÉTODO PILATES NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR
Marianna Ferreira Freitas Montes¹
mariannafreitasrv@hotmail.com
Brito²
PÓS GRADUAÇÃO - REABILITAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA COM ÊNFASE EM TERAPIAS MANUAIS
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS
JATAÍ-GO
2019
Sumário
Resumo 3
Introdução 4
REFERENCIAL TEÓRICO 6
Lombalgia 6
Estabilização segmentar lombar 7
Pilates 8
Método 11
Discussão 12
Conclusão 14
Referências bibliográficas 15
Resumo
As dores lombares, acomete grande parte da população mundial. Estimativas mostram que cerca de 70 a 85% de toda a população mundial irá sentir dor lombar em alguma época de sua vida. As disfunções osteomioarticulares e os sintomas dolorosos envolvendo a coluna vertebral se relacionam com a perda da estabilidade segmentar da coluna, gerando sobrecarga das estruturas articulares internas na execução dos movimentos globais do corpo.
O profissional de fisioterapia utiliza diversas formas de exercícios com o objetivo de amenizar e tratar dores lombares, ocasionadas por instabilidade na coluna lombar. A aplicação do método pilates na estabilização da coluna lombar pode prevenir agravos a essa região pois o método de estabilização segmentar pode ser empregado juntamente com as outras metodologias disponíveis para tratar das discinesias funcionais.
A estabilidade da coluna lombar é alcançada quando se atinge o fortalecimento dos músculos do “centro do corpo”, proporcionando flexibilidade e força de forma conjunta para gerar resistência ao abdome e a coluna, o que é essencial para a vida diária e a prática de atividades esportivas.
O objetivo desse trabalho é, através de uma revisão literária, demonstrar a importância e os efeitos da estabilização segmentar através do método pilates no alívio da dor lombar.
Palavras-chave: Estabilização segmentar, Pilates, Lombalgia.
Introdução
Segundo Almeida et al (2008), as dores lombares, atingem níveis epidêmicos na população mundial. De acordo com a estimativa do estudo realizado pelo autor, cerca de 70 a 85% de toda a população mundial irá sentir dor lombar em alguma época de sua vida.
Segundo Volpato et al (2012), a dor lombar ocorre pela redução da estabilidade da coluna vertebral devido à perda do controle dos mecanismos passivos (vértebras, discos, ligamentos), ativos (músculos e tendões) e do controle motor. Com relação à estabilização segmentar, França et al (2008), relata que é caracterizada por isometria, baixa intensidade e sincronia dos músculos profundos do tronco, com o objetivo de estabilizar a coluna lombar, protegendo sua estrutura do desgaste excessivo.
Segundo Teixeira (2004), atualmente é grande o interesse em se realizar estudos da coluna lombar devido à alta incidência de disfunções que acometem esta região e aos prejuízos sócio econômicos que estas disfunções acarretam.
O pilates é um método que executado de forma correta e com supervisão, fortalece e alonga o tecido muscular sem causar lesão à pessoa que pratica, além do fato de que a cada aula, o corpo como um todo é trabalhado (BECKER, 2003). O método pilates tem sido empregado de forma crescente como enfoque terapêutico, por esse motivo, mostra-se importante analisar os benefícios da prática do pilates na estabilização da coluna lombar. Diante destes dados, esse estudo busca na teoria, dados para nortear os processos de intervenção fisioterapêutica com ênfase na estabilização segmentar, para que seja realizada de forma segura e efetiva, evidenciando a eficácia da estabilização segmentar vertebral no tratamento de lombalgia através do método pilates, haja vista que, é de grande interesse a busca da melhoria da qualidade de vida de toda população acometida pela lombalgia.
Para Lemos (2009), o objetivo da estabilização segmentar é possibilitar a coluna vertebral uma estabilização dinâmica segura com o objetivo de prevenir, restabelecer e reprogramar o controle motor dos músculos profundos. Também deve-se pensar na reversão da atrofia muscular gerada nestes músculos.
REFERENCIAL TEÓRICO
Lombalgia
De acordo com Souza (2005), a dor nas costas é denominada como lombalgia. Esta dor é localizada na parte inferior das costas, podendo ou não se irradiar para a parte superior, pescoço, coxas, ou até para o abdómen, é uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos.
Segundo Pinheiro (2019), a lombalgia pode ser classificada como sendo:
- Lombalgia aguda: dor nas costas mais recente em até 6 semanas, sendo causada por fatores como má postura e melhora com medicamentos ou fisioterapia;
- Lombalgia crônica: dor nas costas que permanece por mais de 12 semanas. Sua causa nem sempre é identificada e o tratamento envolve medicamentos, fisioterapia e exercícios de forma regular.
A dor crônica não deve ser diferenciada da dor aguda somente considerando o tempo de evolução de dor, mas, também, pelos seus aspectos biopsicossociais, uma vez que é influenciada por variáveis psicológicas e culturais. Pacientes com lombalgia crônica podem apresentar comportamentos distorcidos resultantes de crenças e sentimentos vivenciados (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM e SIENA, 2019).
Conforme os mesmos autores além das duas lombalgias citadas, ainda temos a lombalgia falsa que está dividida em três: Lombalgia simulada que é uma dor criada e utilizada conscientemente pelo paciente que quer tirar proveito da mesma; Lombalgia psicogênica que é a dor lombar sentida realmente pelo paciente que tem um evidente distúrbio emocional e a Lombalgia referida é a sensação dolorosa da região lombo-sacra por sofrimento não das estruturas anatômicas da coluna lombo-sacra, e sim, dos elementos localizados na cavidade abdominopélvica. Trata-se de uma sensação transmitida pela proximidade ou por via nervosa.
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