O Eletroterapia - Relatório De Aulas Práticas
Por: Richard Dumont • 6/4/2023 • Relatório de pesquisa • 6.906 Palavras (28 Páginas) • 845 Visualizações
ELETROTERAPIA
INTRODUÇÃO
Este relatório trata da disciplina de Eletroterapia do curso de Fisioterapia, cujo objetivo é apresentar e discutir os princípios básicos da aplicação de correntes elétricas e diferentes recursos físicos para a obtenção de respostas fisiológicas e terapêuticas. Serão abordados os fundamentos teóricos da eletroterapia, assim como técnicas práticas e discussões sobre as prioridades de tratamento, de acordo com o diagnóstico dos pacientes.
Abordaremos os benefícios dos aparelhos eletroterapêuticos e os princípios iniciais da eletroterapia de acordo com o que o paciente precisa, identificando e distinguindo a melhor solução da eletroterapia que produzirá maior eficácia para o quadro clínico descrito pelo paciente. Examinaremos as propriedades físicas das correntes elétricas, suas principais funções, mecanismos de operação, aplicações terapêuticas e circunstâncias nas quais não devem ser usadas.
Para a contextualização, iremos esclarecer alguns termos e conceitos importantes sobre eletricidade, como carga, íons, volts, corrente, condutância, resistência, impedância, campo e vários outros. Bem como, iremos esclarecer os elementos dos aparelhos de eletroterapia e suas manipulações.
Vamos começar nossa discussão com as correntes polarizadas, que são as mais antigas usadas por profissionais da área da saúde. Nesse sentido, analisaremos a corrente galvânica e as correntes diadinâmicas desenvolvidas por Bernard. Em seguida, nós vamos analisar as correntes elétricas mais modernas, as correntes não polarizadas.
Após centenas de anos utilizando correntes elétricas de forma clínica na sociedade moderna (pois, a fisioterapia nasceu utilizando enguias elétricas há milhares de anos), foi necessário estabelecer uma convenção de nomes e valores para a padronização da eletroterapia no mundo.
Conta-se que a descoberta dos princípios terapêuticos da eletricidade, que mais recentemente deu origem à eletroterapia, remonta da época em que os homens viviam em cavernas, e que, um homem com dores crônicas no calcanhar, ao banhar-se em um rio, encostou acidentalmente seu pé em uma enguia elétrica e obteve uma melhora dos sintomas quase imediata. (BARROS, 2002)
E completando nossas informações, iremos estudar a dor. A dor é um fenômeno complexo que envolve processos sensoriais periféricos e centrais, além de elementos afetivos, cognitivo-comportamentais e socioculturais. Apesar de sua importância como doença ter sido negligenciada por muito tempo, estudos epidemiológicos demonstram seu impacto negativo na qualidade de vida e sua associação com outras doenças, como depressão e ansiedade.
Embora o tratamento da dor seja um direito humano fundamental, muitas vezes ela não é tratada adequadamente, apesar de ser um sintoma frequente e prejudicar significativamente os serviços de saúde e a população em geral.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
AULA 1
ROTEIRO 1
Vamos discorrer sobre alguns termos eletromagnéticos importantes para, então, adentrar na ciência clínica da eletroterapia.
A matéria carregada por partículas elementares, que vão interferir no comportamento dessa matéria diante dos efeitos dos campos eletromagnéticos, é uma matéria com carga. A carga é essa propriedade básica que descreve uma característica da matéria carregada de partículas, cujas partículas, modificam o comportamento da matéria quanto esta matéria interage com um campo eletromagnético.
A matéria é composta por átomos, e os átomos têm seus corpos compostos por alguns elementos, prótons (elementos de carga positiva), nêutrons (elementos de carga neutra) e elétrons (elementos de carga negativa). Por tanto, consideramos duas cargas na natureza, a positiva e a negativa, visto que uma carga neutra é nula e não interfere no campo eletromagnético.
O que definirá se o átomo é positivo, neutro ou negativo, é a equivalência de prótons e elétrons. Se há mais elétrons do que prótons, ele é negativo, o inverso também é verdadeiro, e se são em números iguais, então é um átomo neutro. Íons são os átomos que não tem carga neutra, ou seja, ele perdeu elétron até ficar com mais prótons do que elétron, ou ganhou elétron até ficar com mais elétrons do que prótons. Um átomo negativo (mais elétrons do que prótons) é chamado de ânion, e um átomo positivo (menos elétron do que prótons) é chamado de cátion.
Um comportamento natural das cargas é o da atração-repulsão, no qual cargas semelhantes se repelem e cargas opostas se atraem. O nêutron dá suporte material para a preservação dos prótons no núcleo dos átomos. Levando em conta que partículas de cargas semelhantes se repelem, para que mais de um próton esteja no núcleo do átomo, alguns nêutrons precisam isolar o contato desses prótons. Dois prótons de cargas positivas se repelem, mas dois prótons de cargas positivas com um nêutron no meio, não se repelem, e permanecem juntos formando o núcleo do átomo.
Os elétrons, as partículas de cargas negativas, não formam o núcleo dos átomos, mas sim a eletrosfera, órbita do átomo. Enquanto o núcleo é mais fixo, os elétrons têm muitos movimentos, mudam de órbitas atômicas e com facilidade chegam ou saem de um átomo. Essa característica permite-nos utilizar esses movimentos elétricos para nossos benefícios. Um elétron tem a capacidade de pular de átomo em átomo, seja nos átomos de cobre dos fios condutores, ou mesmo em nossos tecidos corporais. Veja a seguir uma ilustração de um átomo e sua configuração:
[pic 1]
Imagem 1 - Ilustração da configuração de um átomo, no centro localiza-se o núcleo atômico composto pelos próton e nêutrons, e nas extremidades localiza-se os elétrons em suas órbitas, compondo a eletrosfera.
Nos aparelhos de eletroterapia, cada um dos eletrodos gera um campo eletromagnético, o eletrodo negativo atrai os íons positivos, visto que os íons positivos são chamados de cátions, então o eletrodo negativo é chamado de cátodo. Já o eletrodo positivo atrai os íons negativos (ânions), por isso esse eletrodo é chamado de ânodo.
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