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O RACIOCÍNIO CLÍNICO É TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA

Por:   •  9/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.649 Palavras (7 Páginas)  •  1.324 Visualizações

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Faculdades Integradas Aparício Carvalho Vilhena – FIMCA VILHENA

Sociedade de Pesquisa Educação e Cultura, Dr. Aparício Carvalho de Moraes Ltda.

DISCENTE: DAPHINE R. M. DA SILVA

                              DOCENTE: AMANDA SANTOS

TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA

VILHENA-RO

2017

TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA

RACIOCÍNIO CLÍNICO/ TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA

               A tomada de decisão clínica é um processo multidimensional que envolve uma ampla gama de habilidades cognitivas utilizada pelos fisioterapeutas para processar informações, tomar decisões e determinar ações; a decisão clínica forma a base do gerenciamento do paciente/cliente. São d

iversos fatores influenciam o processo de raciocínio clínico. As metas, os valores e as crenças do profissional, as habilidades psicossociais, a base de conhecimento e a especialidade, as estratégias de solução de problemas e as habilidades de procedimento têm impacto sobre o raciocínio clínico; ele também é influenciado pelas características do paciente/cliente, assim como fatores ambientais. Profissionais experientes ou especializados tendem a utilizar um processo de raciocínio avançado, no qual são capazes de reconhecer indicações e padrões semelhantes a casos anteriores. Desta forma, as ações baseiam-se no reconhecimento de padrões e no conhecimento clínico adquirido por meio da experiência. Por outro lado, o profissional iniciante ou inexperiente provavelmente utilizará o processo de raciocínio retrógrado, que envolve identificar sinais, propor uma hipótese, coletar dados de suporte e avaliar a hipótese e determinar ações apropriadas.

              Rosthstein e Echternach desenvolveram um algoritmo para os clínicos sendo um guia passo a passo projetado para auxiliar os profissionais na tomada de decisão. Esse algoritmo se baseia em problemas clínicos específicos e identifica as etapas da decisão e as possíveis opções para remediar um problema. Ao utilizar o algoritmo como modelo para a tomada de decisão clínica, o terapeuta também distingue problemas existentes de problemas previstos, definidos como déficits que provavelmente ocorrerão caso nenhuma intervenção seja utilizada como medida preventiva. A importância de um algoritmo é que ele guia as decisões do terapeuta e fornece uma sinopse das decisões tomadas.

              Decisões clínicas são os resultados do processo de raciocínio clínico. Os fisioterapeutas hoje atendem em ambientes complexos e tomam decisões cada vez mais complexas em condições de trabalho significativamente restritas. Este resumo apresenta uma estrutura para o gerenciamento do paciente/cliente que podem auxiliar na organização e priorização de dados e no planejamento de tratamento de tratamentos eficazes compatíveis com as necessidades e metas do paciente/cliente e dos membros da equipe de tratamento de saúde.

ETAPAS NO ATENDIMENTO DO PACIENTE/CLIENTE

  1. Exame do paciente;
  2. Avaliação dos dados e identificação de problemas;
  3. Determinação do diagnóstico;
  4. Determinação do prognóstico e do plano de tratamento (PDT);
  5. Implementação do PDT;
  6. Reexame do paciente e avaliação dos resultados do tratamento.

ETAPA 1. EXAME

             O exame começa com o encaminhamento ou a entrada inicial do paciente e segue como um processo contínuo durante a reabilitação; ele envolve identificar e definir o(s) problema(s) do paciente e os recursos disponíveis para determinar a intervenção apropriada. O exame consiste em três componentes: histórico do paciente, revisão de sistemas relevantes e testes e medidas.

Histórico

            Ele fornece informações sobre o histórico do paciente e seu estado de saúde atual são obtidas por meio da revisão de registros médicos e entrevistas. O registro médico fornece relatórios detalhados de membros da equipe de tratamento de saúde.

             A entrevista é uma ferramenta importante utilizada para obter informações diretamente do paciente, da família, de pessoas próximas, de cuidadores e de outras pessoas interessadas. O terapeuta pede que o paciente forneça informações gerais, incluindo condições/ complicações clínicas passadas e presentes, mecanismo da lesão, exames diagnósticos anteriores, medicações e histórico cirúrgico e terapêutico. Por fim a entrevista deve ser usada para estabelecer empatia, comunicação eficaz e confiança mútua. A cooperação do paciente serve para tornar as observações do terapeuta mais válidas e são cruciais para o sucesso de qualquer plano de tratamento de reabilitação.

Revisão de Sistemas

             Testes e medidas mais definitivos são utilizados para fornecer dados objetivos que determinam de maneira precisa o grau de função e disfunção específico. O treinamento adequado e a habilidade na realização de testes e medidas específicos são cruciais para garantir tanto a validade quanto a confiabilidade dos testes. Realizar incorretamente um exame pode levar à obtenção de dados imprecisos e a um plano de tratamento inadequado.

ETAPA 2. AVALIAÇÃO

            Um processo dinâmico no qual o fisioterapeuta faz julgamentos clínicos com base nos dados coletados durante o exame inicial. Esse processo também pode identificar possíveis problemas que requerem consulta ou encaminhamento a outro profissional.

Terminologia de deficiência

  • Doença é uma condição patológica do corpo ou entidade anormal com um grupo característico de sinais e sintomas que afetam o corpo. A etiologia pode ser conhecida ou não
  • Sinais são evidências diretamente observáveis ou mensuráveis de anormalidades físicas.
  • Sintomas são reações mais subjetivas á anormalidade física.
  •   Deficiências (indiretas) são resultado de estados de patologia ou doença e incluem qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função fisiológica, anatômica ou psicológica.
  • Deficiência secundária (indireta) são sequelas ou complicações que se originam de outros sistemas. Podem resultar de deficiências pré-existentes ou da expansão disfunção em múltiplos sistemas que ocorre com inatividade prolongada, falta de adesão ás estratégias, plano de tratamento ineficaz ou falta de intervenção de reabilitação.
  • Limitação funcional é definida com a restrição da capacidade de desempenhar, em referência à pessoa como um todo, uma ação física, tarefa ou atividade de maneira eficiente, tipicamente esperada ou competente.
  • Incapacidade é definido como incapaz de realizar ou uma limitação no desempenho das ações, tarefas e atividades geralmente esperadas em papéis sociais específicos que são comuns para o indivíduo ou esperados para a condição ou papel da pessoa em um contexto sociocultural determinado e em um ambiente físico.

ETAPA 3. DIAGNÓSTICO

             Um diagnóstico clinico se refere à identificação de uma doença, um distúrbio ou uma condição por meio da avaliação de sinais, sintomas, histórico, resultados de análises laboratoriais e procedimentos apresentados; ele é usado para esclarecer o corpo de conhecimento na fisioterapia e papel dos fisioterapeutas no tratamento de saúde.

             O processo de diagnóstico inclui a integração e a avaliação dos dados obtidos durante o exame para descrever a condição do paciente/cliente em termos que guiarão o prognóstico, o plano de tratamento e as estratégias de intervenção.

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