O Resumo Respiratória
Por: guimussolini • 13/6/2020 • Seminário • 10.585 Palavras (43 Páginas) • 204 Visualizações
AUSCULTA PULMONAR – aula 1
Método de exploração funcional que tem por objetivo identificar os sons normais e ou patológicos que ocorrem no interior do pulmão durante a ventilação.
** não ouvir nada não significa que não há problemas.
Orientações ao paciente: Informar sobre o exame, tórax preferencialmente desnudo, preferencialmente sentado, inspiração e expiração orais, lentas e profundas (ouvir pelo menos um ciclo completo em cada área).
Ausculta anterior: 5 pontos de cada lado
Ausculta posterior: 9 pontos de cada lado
** sequencia: de superior para inferior e de um lado e depois do outro.
Características do som
- Altura: a diferença entre som agudo e grave está relacionada à frequência.
- Intensidade: som médio, forte ou fraco (relacionados com amplitude).
- Aumento da frequência: som agudo
- Diminuição da frequência: som grave
- Aumento da amplitude: som forte
- Diminuição da amplitude: som fraco
Classificação físico-acústica dos ruídos respiratórios
- Simples: monofônica
- Complexa: polifônica
- Contínuas: ruído respiratório normal
- Impulsionais: estalido
Sons fisiológicos
- Traqueal ou bronquial: mais forte.
- No pescoço, região da traqueia
- Broncovesicular
- Supra e infra clavicular
- Vesicular: mais fraco
- Restante do tórax.
Sons clássicos
- Secos
- Cornagem
- Roncos
- Sibilos
- Úmidos
- Creptantes
- Bolhosos (finas bolhas, médias ou grossas)
- Atrito pleural: pleura inflamada
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA – aula 2
É um processo de exame do paciente em busca de sinais e sintomas da doença e dos efeitos do tratamento. Ela deve ser feita antes de iniciar o tratamento visando observar a evolução do paciente e avaliar a eficácia do tratamento. Local da avaliação: deve proporcionar conforto e privacidade e dependendo do tipo e complexidade de cada paciente vai necessitar de equipamentos específicos.
- Coleta de dados
A entrevista do paciente tem 3 objetivos principais: 1- estabelecer contato ; 2- obter informações essenciais para o diagnóstico e 3- ajudar a acompanhar as mudanças nos sintomas do paciente e a resposta à terapia.
Queixas mais frequentes
1- Dispneia
É a percepção subjetiva do aumento do trabalho respiratório. Ela aparece aos grandes (atividade física), médios e pequenos (após atividade rotineira) esforços ou ao repouso.
Classificação:
- Ortopnéia: melhora com o tórax na vertical
- Trepopnéia: decúbito lateral
- Dispneia paroxística noturna
2- Tosse: É um reflexo de proteção que livra as vias aéreas de secreções ou corpos estranhos. Ela é avaliada de acordo com a eficácia (se a tosse tem bom fluxo de ar) e com a produção de secreção.
3- Expectoração e hemoptise: Avalia-se a cor (mucoide – clara; mucopurulenta – amarelada; purulenta – esverdeada), aspecto (fluido ou espessa) e quantidade.
4- Dor respiratória: Pode ser dor pleurítica, traqueíte, dor musculoesquelética ou angina.
5- Febre: Geralmente é um episodio agudo de infecção e pode estar acompanhada de dor de cabeça, limitações, desconfortos.
- Exame físico
1- Sinais vitais (T, FC, PA, FR, IMC, SpO2 – saturação periférica)
2- Tórax – inspeção, palpação, percussão e ausculta
3- Impressão inicial – BEG (bom estado geral), AAA (afebril, acianótico, anictérico).
4- Avaliação do nível de consciência – confusão, delírio, comatoso (escala de Glasgow)
** É comum o pacientes com doenças cardíacas ou pulmonares apresentar baqueteamento digital.
Inspeção estática
- Nível de suporte ventilatório
Respiração espontânea, ar ambiente, O2 suplementar, ventilação mecânica.
- Formatos do tórax: deve ser simétrico as costelas, descendo 45 graus da coluna. O diâmetro transverso deve ser maior que o diâmetro anteroposterior.
Brevilíneo (â de chappy > 90°), mediolíneo (em torno de 90°), longilíneo (< 90°).
** O tórax pode estar alterado por causa das curvaturas da coluna.
- Tórax móvel
- FR (bradipneia, eupneia – 12-16 por min é o valor normal, taquipnéia)
- Intensidade (normal, superficial)
- Relação I:E (1:2)
- Tipo respiratório: misto, com predomínio costal ou abdominal
- Ritmo ou padrão
- Sinais de esforço aumentado: utilização da musculatura acessória
- Alterações na sincronia: respiração anacrônica, alternância respiratória, movimento paradoxal
** tiragens: retrações intermitentes da pele durante a inspiração
** frêmito toraco-vocal: avaliação das vibrações produzidas no tórax quando o paciente emite algum som (normal, aumentado, reduzido ou ausente)
Percussão torácica: Produz vibração que permite captar sons de estruturas localizadas até 5 cm do ponto de impacto do dedo percussor. Por exemplo, fígado tem som mais abafado, e pulmão tem o som mais claro. A percussão deve ser feita longe de estruturas ósseas.
Testes especiais: Cirtometria, ventilometria, oximetria de pulso.
MECÂNICA RESPIRATÓRIA – aula 3 - caderno
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS – aula 4
Na inspiração:
Os músculos contraem causando o deslocamento do tórax e abdome, isso causa:
- Diminuição da pressão intrapleural (fica mais negativa)
- Diminuição da pressão alveolar
- Alterações volumétricas
- Aumento do diâmetro ântero-posterior, vertical e transversal.
Caixa torácica: é limitada pelas vértebras dorsais, costelas, esterno e cartilagens costais.
- Costelas superiores: “movimento em braço de bomba” (p/ cima e p/ baixo)
- Costelas inferiores: “movimentos em alça de balde” (aumenta o diâmetro lateral).
O trabalho da respiração
Durante a respiração normal e tranquila todas as contrações musculares ocorrem durante a inspiração, já que a expiração é um processo passivo causado pelo recuo elástico dos pulmões e da caixa torácica. Assim, sob condições de repouso, os músculos respiratórios realizam contração para originar a inspiração e não a expiração.
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