Tratamentos Fisioterapêuticos Síndrome de Duchenne

Tratamentos fisioterapêuticos síndrome de Duchenne

A fisioterapia tem como objetivo capacitar a criança a adquirir domínio sobre seus movimentos, equilíbrio e coordenação geral retardar a fraqueza da musculatura da cintura pélvica e escapular corrigindo alinhamentos postural, e equilibrar o trabalho muscular, evitar fadiga, desenvolver a força contrátil dos músculos respiratórios e o controle da respiração pelo uso correto do diafragma prevenindo o encurtamento muscular precoce.

Para atingir estas metas é proposto um tratamento lúdico para as brincadeiras desses pacientes, pois ainda são crianças e se entediam facilmente os procedimentos fisioterapêuticos devem adaptados para a faixa etária em que a criança se encontra e visa, principalmente, retardar a evolução clínica e prevenir deformidades e contraturas evitando cirurgias corretivas órteses auxiliam no tratamento.

São propostos exercícios ativos e isométricos livres, brincar com bonecos de madeira pois os movimentos são monoarticulares, solicitando a contração de um musculo ou um grupo reduzido de músculos; 4 apoios pois fortalece a cintura escapular e pélvica. Durante a execução destes exercícios busca avaliar a amplitude de movimento e força muscular solicitar contração isométrica durante os movimentos e fazer o uso da gravidade e do peso segmentar como resistência para o grupo muscular trabalhado.

Exercícios respiratórios incluem motivação como “aspirar a flor” e “assoprar a vela”, desde que em decúbito dorsal a 45° de inclinação sem exceder nem volume de reserva inspiratória nem o volume de reserva expiratória sem usar os músculos acessórios, nem fazer a resistência a espiração.

Atividades nas bolas terapêuticas favorecem o alinhamento e a flexibilidade da coluna vertebral, estimulam os mecanoreceptores e proprioceptores articulares, melhoram o tono e a força muscular coordenação e equilíbrio.

O uso de hidroterapia como métodos adaptadas de Halliwick e Bad Ragaz, é um recurso complementar a cinesioterapia em terra, com finalidade de melhorar a força muscular, a capacidade respiratória, as amplitudes articulares e evitar os encurtamentos musculares.

As causas das contraturas ortopédicas nos pacientes neurológicos são a imobilização, fraqueza muscular e espasticidade. Técnicas de alongamentos passivos, a mobilização passiva continuo, as talas, a estimulação elétrica, injeções de toxinas botulínicas e tenotomias. Alongamento muscular de tríceps sural, íleo-psoas e esquios tibiais devem ser estimulados nas fases iniciais.

Órteses curtas do tipo pé-tornozelo AFO, e longas tipo pé-tornozelo-joelho KAFO, devem ser utilizadas no período da noite para prevenir encurtamento musculas.

Para o alinhamento postural, instruir a criança a não permanecer muito tempo na mesma posição e proporciona a ela a maior consciência corporal possível. Os pais devem ser orientados e treinados a continuar o tratamento em domicílio e a estimularem seus filhos a fazerem atividades recreativas orientadas para idade que proporcionem equilíbrio, força e coordenação motora grossa.

Esses procedimentos são apenas sugestões. Cabe ao fisioterapeuta a escolha dos recursos mais indicados e disponíveis aos seus pacientes. É importante comentar que, cansaço e mialgia no dia seguinte à sessão fisioterapêutica indicam que houve excesso na quantidade de exercícios e suas repetições, devendo se diminuir a intensidade e proporcionar mais tempo para descanso.

Portanto, o objetivo principal a ser alcançado é a melhora da qualidade de vida e a funcionalidade dessas crianças. A qualidade de vida de um adulto pode ser melhorada a partir do aumento da sua independência. Para a criança, a melhoria de sua qualidade de vida implica a ação de brincar. No entanto, brincar de uma forma funcional.