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A Tuberculose (TB)

Por:   •  14/3/2016  •  Monografia  •  1.640 Palavras (7 Páginas)  •  1.000 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta principalmente os pulmões. É fortemente favorecida pela precariedade das condições de vida, uma vez que a transmissão da doença é feita pelo ar, além de ser considerada uma doença oportunista.¹

Quando uma pessoa contaminada pelo o bacilo de Koch fala, espirra ou tosse, expele gotículas que podem contaminar outras pessoas e, fatores como ambientes fechados com pouca ventilação e iluminação solar, privilegiam a forma de contágio, levando ao aumento no número de casos.²

O Brasil faz parte do grupo dos 22 países de alta carga priorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que concentram 80% dos casos de TB no mundo, ocupando a 16ª posição em número absoluto de casos. Ademais, no país a tuberculose é a 4ª causa de mortalidade por doenças infecciosas.1

Com exceção da candidíase oral, a TB é a doença oportunista mais frequente no paciente infectado pelo HIV. Estudos têm mostrado que essa é também uma das principais causas associadas ao óbito nessa população.2

A população carcerária brasileira também está constantemente exposta a TB, devido as péssimas condições que vivem os presidiários. E, por isso, o risco de infecção para essa população é bem maior do que para o restante do país.²

Outro fator de risco relacionado com o aumento na incidência da TB é o ato de fumar, que atinge a resposta imunológica do portador e faz com que a infecção manifeste.²

2. OBJETIVO

O presente artigo tem como objetivo o estudo da incidência de casos de tuberculose nas capitais de Rio de Janeiro e São Paulo, associando ao tabagismo, coinfecção por HIV e aos aspectos socioeconômicos.

3. METODOLOGIA

Para o seguinte estudo foram utilizadas as plataformas DATASUS, IBGE, sites do governo e saúde das capitais São Paulo e Rio de Janeiro e a plataforma de pesquisa Scielo, para a obtenção dos dados comparativos.

Palavras chave: Tuberculose, TB-HIV, TB e tabagismo, Mycobacterium tuberculosis, TB e determinantes sociais.

4. RESULTADOS

O estudo foi desenvolvido a partir da análise de dados de duas das maiores cidades brasileiras: Rio de Janeiro e São Paulo. A primeira delas, Rio de Janeiro, possui uma população estimada de 6.476.631 habitantes, em uma área territorial de 1.199,828km² e um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,799. Já São Paulo, possui uma população estimada de 11.967.827 habitantes, em uma área territorial de 1.521,110 km² e um IDHM de 0,805.3

Foi observado que São Paulo possui o maior número absoluto de casos de TB, porém o Rio de Janeiro possui a maior incidência. Além disso, alguns fatores associados à TB são determinantes para a propagação da doença, entre eles: determinantes sociais, tabagismo e a coinfecção TB-HIV, sendo a última de grande importância, uma vez que pode levar o paciente ao óbito muito mais rápido que no restante da população.

4.1 Tuberculose associada ao tabagismo

Diante dos conhecidos mecanismos de inflamação desencadeados pela fumaça do cigarro ficam evidentes a associação de causa e efeito de doenças inflamatórias e neoplásicas com o tabagismo. Porém, em outra vertente de adoecimento, as causas infecciosas também vêm sendo alvo de estudos, mostrando sua associação com o tabagismo. A fumaça do cigarro promove a redução do clearance mucociliar do trato respiratório, aumentando a aderência das bactérias e rompendo o epitélio protetor.4

Estima-se que 1,3 bilhões de pessoas no mundo consumam tabaco, e a maioria desses indivíduos está em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, onde as taxas de tuberculose também são mais elevadas. Provavelmente, o maior impacto do tabagismo relacionado a infecções, em termos de saúde pública, seja o aumento do risco de tuberculose.4

O Rio de Janeiro foi a primeira capital a aprovar leis anti-fumo em recintos coletivos fechados e é a capital que possui maior quantidade centros de tratamento para fumantes no Brasil. O público que teve maior queda foi do sexo masculino, e o sexo feminino teve um grave aumento em suas taxas, deixando essa parcela mais exposta a infecção pela bactéria da tuberculose.5

Para os fumantes sem história prévia de tuberculose, o risco de morte por tuberculose chega a ser nove vezes maior quando comparados com aqueles que nunca fumaram. Quando os fumantes cessam o consumo de tabaco, o risco de morte por tuberculose cai significativamente (65% comparado com aqueles que continuam o vício). Portanto, a cessação do tabagismo é um importante fator para a redução da mortalidade por tuberculose.5

4.2 Coinfecção TB-HIV

Um grande fator de risco para o adoecimento por TB é a infecção pelo HIV, sendo que uma doença acarreta a evolução da outra, promovendo transformações epidemiológicas em ambas as enfermidades. 6

A coinfecção TB-HIV, que é responsável pelo aumento da incidência, da prevalência e da mortalidade por TB, afeta principalmente os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, devido aos baixos níveis de instrução populacional e a falta de acesso aos serviços gratuitos de saúde e aos preservativos. 6

Nas populações mais vulneráveis, as taxas de incidência são maiores do que a média nacional da população geral. O risco para desenvolver TB num indivíduo, sem infecção pelo HIV, pode variar de 5 a 15% no decorrer da vida, enquanto que, naqueles indivíduos infectados pelo HIV e coinfectados pelo M.tuberculosis, a porcentagem varia de 5 a 15% ao ano, ou 50% no decorrer da vida. Entre os portadores de HIV a chance de contrair a TB é 30 vezes maior do que nos indivíduos suscetíveis que não apresentam infecção do HIV.2

O número de co-infectados TB/HIV residentes no Município de São Paulo (MSP) em 2004 foi de 1220 doentes, sendo 76,4% (932) casos novos, 10,6% (129) recidivas e 13,0% retratamentos pós abandono. Em 2004 houve uma redução de 10,0% de co-infectados em relação a 2003 e de 8% de 2003 em relação a 2002. Essa redução é resultado do tratamento por quimioterapia

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