AVALIAÇÃO ESPIROMÉTRICA EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME
Por: luccaschagas • 1/7/2019 • Projeto de pesquisa • 11.185 Palavras (45 Páginas) • 416 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
LUCCAS MELO CHAGAS
AVALIAÇÃO ESPIROMÉTRICA EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME
Aracaju
2010
LUCCAS MELO CHAGAS
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AVALIAÇÃO ESPIROMÉTRICA EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME
Monografia apresentada ao colegiado do curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Medicina.
Orientadora:
Profa. Dra. Rosana Cipolotti
Co-orientadora:
Profa. Neuli A. F. Rocha
Aracaju
2010
LUCCAS MELO CHAGAS
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AVALIAÇÃO ESPIROMÉTRICA EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME
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Autor: Luccas Melo Chagas
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Orientadora: Profa. Dra. Rosana Cipolotti
Co-orientadora: Dra. Neuli Almeida Figueiredo Rocha
Aracaju
2010
Lista de Abreviaturas
AF – Anemia Falciforme
Hb – Hemoglobina
HbF – Hemoglobina fetal
HbA – Hemoglobina A
HbA2 – Hemoglobina A2
HbS – Hemoglobina Falcêmica
HbC – Hemoglobina C
HP – Hipertensão pulmonar
NO – Óxido nítrico
O2 – Oxigênio
STA – Síndrome torácica aguda
SUMÁRIO
1. Revisão da Literatura 07
1.1. Epidemiologia 07
1.2- Hemoglobina Normal Versus Hemoglobina Falcêmica 08
1.3- Fisiopatologia 10
1.4- Manifestações Pulmonares 11
1.4.1- Síndrome Torácica Aguda 12
1.4.2- Hipertensão Pulmonar 13
1.5- Fisiologia Pulmonar 15
1.6- Avaliação da Função Respiratória pela Espirometria 15
1.6.1- Realizando a Espirometria 16
1.6.2- Interpretando a Espirometria 17
1.6.2.1- Distúrbio Ventilatório Restritivo 18
1.6.2.2- Distúrbio Ventilatório Obstrutivo 18
1.6.2.3- Distúrbio Misto 18
1.6.2.4- Distúrbio Ventilatório Inespecífico 19
2- Referências Bibliográficas 20
3- Normas para Publicação 27
4- Artigo Original 34
Resumo 35
Abstract 36
Introdução 37
Métodos 39
Resultados 40
Discussão 45
Referências Bibliográficas 47 45
1 - REVISÃO DE LITERATURA
1.1 - EPIDEMIOLOGIA:
No âmbito mundial, a Organização Mundial de Saúde declara que cerca de 5% da população seja portadora de genes para hemoglobinopatias, sendo as principais a talassemia e a anemia falciforme. A incidência anual é estimada em 300.000 indivíduos, sendo a África responsável por dois terços dessa incidência (WHO, 2006).
No Brasil, estima-se que entre 0,1% e 0,3% da população negra seja afetada pela doença falciforme (LOUREIRO, 2005). Quando consideramos a população branca junto com a negra, existe uma prevalência maior no norte do país, atingindo 4,49% da população, decrescendo gradualmente em direção ao sul, a ponto de, nesta região, a prevalência ser de 1,87%. (NAOUM, 2002). Dados no Ministério da Saúde (MS) obtidos pelo programa de Triagem Neonatal do Sistema Único de Saúde relatam que há um nascimento anual de 200.000 pessoas com o traço falciforme, com 3.500 novos casos de anemia falciforme por ano. Ainda segundo a MS, há mais de 7.000.000 portadores do traço falciforme no Brasil (CANÇADO, 2007).
O maior estudo brasileiro sobre prevalência e distribuição de hemoglobinopatias, realizado em 1987, indicou que 3,08% da população apresentava padrões hemoglobínicos alterados. A forma Hb AS, correspondente ao traço falciforme, foi a mais prevalente, responsável por mais de 60% do total de portadores (NAOUM, 1987 ; SOMMER, 2006).
O estado brasileiro com maior número de casos é a Bahia, com cerca de 5,48% de acometidos. Em seguida, aparecem Alagoas (4,83%), Piauí (4,77%) e Pará (4,40%). Na Bahia, estima-se que para cada 650 nascidos, 1 apresenta hemoglobinopatia (NAOUM, 2002 ; ALMEIDA, 2006). No estado de São Paulo, um programa de triagem neonatal encontrou uma freqüência de 1,98% para Hb AS e 0,01% para Hb SS (BRANDELISE, 2004). Um estudo piloto para triagem neonatal de hemoglobinopatias, realizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, indicou que 2,5% dos indivíduos analisados tinham resultados alterados; destes, 1,2% era portador do gene para Hb S (DAUDT , 2002)
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