Anemia falciforme em saúde coletiva
Por: Eduardo Melo Jr • 6/5/2016 • Abstract • 498 Palavras (2 Páginas) • 412 Visualizações
Objetivos de saúde coletiva
Os antecedentes familiares são fatores determinantes para pessoas com anemia falciforme e mesmo para os portadores dessa característica. Por conta disso essa doença genética está no rol de doenças diagnosticadas já no teste do pezinho.
Indivíduos com anemia falciforme desde a tenra idade podem necessitar de transfusões de sangue, sob risco de morte em casos graves. Além disso, os portadores mesmo não tendo manifestações críticas dessa característica devem considerar o planejamento familiar como uma forma de garantir a qualidade de vida da sua eventual prole.
A privação de certos hábitos é fundamental para evitar crises e complicações para os falcêmicos. Mais importante ainda é ter um estilo de vida saudável: alimentação rica em vitaminas e minerais, boa hidratação, sono e descanso suficientes, evitar o fumo e excesso de bebidas alcoólicas.
Os hábitos de vida das pessoas falcêmicas implicam inclusive na promoção de saúde: mesmo sendo recomendável e benéfica, a prática de exercícios físicos deve ser realizada com grande moderação. A performance dessas pessoas geralmente é baixa em comparação à pessoas com genótipo normal, mas o foco da atividade física deve ser terapêutico, e não competitivo.
O contexto social dessas pessoas não costuma ser de grande relevância hoje em dia, mas historicamente essa doença foi associada apenas à população negra, especialmente antes da evolução no diagnóstico genético. E por esse motivo não era prioridade nas políticas de saúde pública.
Atualmente os falcêmicos tem uma sobrevida com bom prognóstico desde observados os cuidados para evitar e/ou diminuir a gravidade das crises. Os portadores do traço falcêmico geralmente não tem alterações tão relevantes e portanto não são muito afetados mesmo em condições sociais que não lhes permita acompanhamento médico contínuo.
O tratamento do falcêmico pode começar desde o nascimento nos casos mais severos, sendo comum a necessidade de transfusões de sangue, fazendo com que essas pessoas estejam em grupo de risco constantemente. Alguns indivíduos podem ter um ou mais tipo de globina alterada, o que determina diferentes necessidades específicas no tratamento. Em alguns casos o transplante de medula pode ser curativo, mas a maioria dos casos ainda é tratada apenas na resolução dos sintomas, e no alívio de eventuais crises.
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