Diabetes Mellitus
Por: ericktodde • 13/3/2016 • Trabalho acadêmico • 2.018 Palavras (9 Páginas) • 392 Visualizações
FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA
CURSO DE MEDICINA
PROGRAMA DE CONTROLE DA DIABETES:
EPIDEMIOLOGIA, CLÍNICA E FATORES DE RISCO
ADRIEL RAIOL ARAGÃO
ANA KARINA COROA VASCONCELOS *
ERICK KENICHE KANEKIYO CALIMAN
GABRIEL FELIPE LYRA SILVA
TÂMARA LISBOA DAMASCENO
THIAGO CASANOVA PEREIRA VELOSO
YANKA RAFAELA
BELÉM - PA
2015
ADRIEL RAIOL ARAGÃO
ANA KARINA COROA VASCONCELOS *
ERICK KENICHE KANEKIYO CALIMAN
GABRIEL FELIPE LYRA SILVA
TÂMARA LISBOA DAMASCENO
THIAGO CASANOVA PEREIRA VELOSO
YANKA RAFAELA
PROGRAMA DE CONTROLE DA DIABETES:
EPIDEMIOLOGIA, CLÍNICA E FATORES DE RISCO
Trabalho apresentado ao curso de Medicina da Faculdade Metropolitana da Amazônia como requisito parcial para a conclusão do módulo IESCG, sob orientação do professor Paulo Humberto Mendes de Figueiredo.
BELÉM - PA
2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO:
2. EPIDEMIOLOGIA:
3. CLÍNICA:
3.1. Classificação:
3.1.1 Diabetes Mellitus Tipo 1:
3.1.2 Diabetes Mellitus Tipo 2:
3.1.3 Diabetes Mellitus Gestacional:
3.2 Características Clínicas:
3.3 Sinais e sintomas clássicos:
3.4 Sintomas menos específicos:
4.Complicações crônicas/doenças intercorrentes:
5. Fatores de Risco do Diabetes Mellitus:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
INTRODUÇÃO:
A diabetes mellitus (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologia múltipla, em decorrência da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. A hiperglicemia crônica e a desregulamentação metabólica concomitante podem estar associadas a danos secundários em múltiplos sistemas de órgãos, especialmente rins, olhos, nervos e vasos sanguíneos (1,2). “A DM vem aumentando sua importância pela sua crescente prevalência e habitualmente está associado à dislipidemia, à hipertensão arterial e à disfunção endotelial. É um problema de saúde considerado Condição Sensível à Atenção Primária, ou seja, evidências demonstram que o bom manejo deste problema ainda na Atenção Básica evita hospitalizações e mortes por complicações cardiovasculares e cerebrovasculares” (2). O Programa de Controle da Diabetes é de cuidado integral e adota essa estratégica da prevenção primária, utilizando ações coordenadas e integradas sobre os fatores de risco, a detecção precoce e o tratamento adequado, permitindo modificar a evolução da doença. Portanto, visa melhorar a qualidade de vida dos portadores, levando em conta tanto ações de base populacional quanto características individuais.
EPIDEMIOLOGIA:
O diabetes mellitus acomete, atualmente, aproximadamente 387 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da International Diabetes Federation. Até 2035, projeta-se que esse número subirá para 592 milhões, e destes, 77% ou mais estarão concentrados nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Esta diferença baseia-se em fatores como o crescimento populacional, envelhecimento, dietas inadequadas, obesidade e sedentarismo, além da redução nos valores da glicemia de jejum atualmente adotados para o diagnóstico de diabetes mellitus. No Brasil, segundo dados da International Diabetes Federation, do ano de 2014, a prevalência de diabetes mellitus em indivíduos com idade entre 20 e 79 anos é de 8,7%, sendo São Paulo, Porto Alegre e João Pessoa as capitais com as maiores prevalências. Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2011, mostram que a prevalência de diabetes autorreferida na população acima de 18 anos aumentou de 5,3% para 5,6%, entre 2006 e 2011. Ao analisar esse dado de acordo com o gênero, apesar do aumento de casos entre os homens, que eram 4,4%, em 2006, e passaram para 5,2%, em 2011, as mulheres apresentaram uma maior proporção da doença, correspondendo a 6% dessa população. Além disso, a pesquisa deixou claro que as ocorrências são mais comuns em pessoas com baixa escolaridade. Os números indicam que 7,5% das pessoas que têm até oito anos de estudo possuem diabetes, contra 3,7% das pessoas com mais de 12 anos de estudo, uma diferença de mais de 50% (2). O levantamento apontou, também, que a DM aumenta de acordo com a idade da população: 21,6% dos brasileiros com mais de 65 anos referiram a doença, um índice bem maior do que entre as pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos, em que apenas 0,6% são pessoas com diabetes. Com relação aos resultados regionais da pesquisa, a capital com o maior número de pessoas com diabetes foi Fortaleza, com 7,3% de ocorrências. Vitória teve o segundo maior índice (7,1%), seguida de Porto Alegre, com 6,3%. Os menores índices foram registrados em Palmas (2,7%), Goiânia (4,1%) e Manaus (4,2%) (2).
Na maioria dos países desenvolvidos, quando se analisa apenas a causa básica do óbito, verifica-se que a DM aparece entre as principais causas, entre a quarta e a oitava posição (SCHMIDT et al., 2011). No Brasil, ocorreram, em 2014, 116.382,56 mortes por diabetes. Dessa forma, as complicações agudas e crônicas do diabetes geram altos custos para os sistemas de saúde. Em 2014 foram gastos mundialmente 612 Bilhões de dólares no tratamento da diabetes, ou seja, 11% do total de gastos com atenção em saúde, sendo considerados semelhantes ao percentual de gastos brasileiros e que os custos dos cuidados a diabetes é cerca de duas a três vezes superior aos pacientes não diabéticos e está diretamente relacionado com a ocorrência de complicações crônicas. Um estudo realizado pela OMS também mostrou que os custos governamentais de atenção aa DM variam de 2,5% a 15% dos orçamentos anuais de Saúde, e os custos de produção perdidos podem exceder, em até cinco vezes, os custos diretos de atenção à saúde (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2003).
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