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Hidroterapia

Por:   •  1/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.674 Palavras (7 Páginas)  •  432 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

ISABEL SILVA DOS SANTOS

JAMYLE LOPES MIRANDA

SANTARÉM

2014

ISABEL SILVA DOS SANTOS

JAMYLE LOPES MIRANDA

                                                                                                    Trabalho acadêmico apresentado ao curso de fisioterapia da Universidade do Estado do Pará     (Campus XII- Santarém), orientado pelo Prof. Neyton Souza dos Santos, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina

SANTARÉM

2014

Efeitos terapêuticos da Hidroterapia

Isabel Silva dos Santos[1] 

Jamyle Lopes Miranda[2]

Neyton Souza dos Santos[3]

  De acordo com Silva e Lima (2011), a reabilitação aquática é um termo do final do século XX que descreve uma teoria científica, fundamentos médicos e uma série de procedimentos clínicos que fazem uso da imersão em água para a restauração da mobilidade física e da atividade fisiológica e, ás vezes, para a obtenção de transformações fisiológicas.

A hidroterapia tem sido utilizada como recurso para tratar doenças reumáticas, ortopédicas e neurológicas desde longínquos tempos. Contudo, só recentemente é que essa tem se tornado alvo de estudos científicos. Ela também vem sendo tema de estudo em pacientes com doença de Parkinson (SILVA, et al.2013);  na recuperação do equilíbrio e prevenção de quedas em idosas ( RESENDE; RASSI; VIANA, 2008);  na qualidade de vida de pacientes com fibromialgia ( FRAZEN & IDE, 2004), na Hipertensão Arterial ( OLIVEIRA, et al.2013), entre outras.

Segundo Oliveira et al. (2013), uma das vantagens da hidroterapia é que os efeitos proporcionados pelo exercício podem ser combinados aos da água, pois somente a imersão do corpo no meio líquido já favorece a mudanças no organismo do paciente antes de iniciar qualquer técnica. O meio aquático é considerado seguro e eficaz na reabilitação do idoso, pois a água atua simultaneamente nas desordens musculoesqueléticas e melhora o equilíbrio (RESENDE; RASSI; VIANA, 2008).

Também conhecida como fisioterapia aquática (FA), esta atividade tem sido  um recurso terapêutico que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina aquecida como recurso auxiliar da reabilitação ou prevenção de alterações funcionais. A ação terapêutica da água aquecida acarreta aumento do metabolismo e diminuição da tensão muscular, proporcionando um ambiente agradável, confortável e relaxante (SILVA, et al.2013)

 Além disso, Silva et al. (2013) mencionam que  um dos efeitos provocados pela imersão em meio hídrico seria o aumento dos níveis de dopamina no sistema nervoso central, que se mantêm por algumas horas após a imersão. A hidroterapia em água aquecida é um método alternativo no desenvolvimento de exercícios devido às propriedades físicas da água e às respostas fisiológicas desencadeadas pela imersão (PIAZZA, et al. 2008).

 Os estudos que utilizaram a FA como recurso fisioterapêutico no tratamento da Doença de Parkinson, por exemplo, têm como foco a melhora do equilíbrio, da instabilidade postural e do risco que queda, porém são escassos na literatura estudos que mensurem a repercussão desse tratamento na percepção da Qualidade de Vida ( QV) dos pacientes (SILVA, et al.2013).

Para pacientes hipertensivos, a imersão corporal no nível do manúbrio, por exemplo, em piscina térmica (34 ºC) desencadeia várias respostas fisiológicas nos sistemas cardiovascular e renal, tais como o aumento do volume sanguíneo torácico, da pressão venosa central, do débito cardíaco e da diurese ( PIAZZA, et al. 2008).

O estudo de Oliveira, et al, (2013),  também apresenta os efeitos da hidroterapia para pacientes com hipertensão artéria sistêmica, pois de acordo com o princípio de Arquimedes diz que um corpo imerso na água sofre ação da força de empuxo em direção à superfície. A densidade da água é igual a 1,0, se a densidade do corpo for menor o mesmo flutuará e caso contrário afundará. A temperatura possui os efeitos fisiológicos do calor, podendo minimizar a dor. Em água aquecida a 30°C a 32°C as arteríolas se dilatam reduzindo a resistência periférica e ocasiona a diminuição da PA. Além de fazer com que o calor úmido penetre na pele até atingir camadas musculares superficiais, ocasionando aumento nos leucócitos e melhora nas condições tróficas da pele.

Os princípios que afetam o processo terapêutico de reabilitação em meio líquido derivam de quase todos os princípios físicos que governam os comportamentos da água. Densidade, incompressibilidade e capacidade de reter e transmitir o calor da água que são forças intensas a confrontar.

As consequências biológicas dessas forças podem afetar beneficamente quase todos os sistemas homeostáticos, esses efeitos fisiológicos surgem imediatamente após imersão, a transferência do calor começa e, sendo o calor específico do corpo humano diferente do da água, o corpo perde ou ganha calor mais rapidamente do que a água. Os efeitos da pressão hidrostática têm inicio imediatamente ( SILVA & LIMA, 2011).

Diversos autores comprovam ainda os benefícios do exercício aeróbico em pacientes com esta patologia. Somado aos trabalhos a respeitos dos efeitos terapêuticos proporcionados pela realização das atividades em água aquecida, pode-se concluir que os exercícios aeróbicos aquáticos exercem efeitos positivos na qualidade de vida de sujeitos com fibromialgia (FRANZEN & IDE, 2004).

Em se tratando do público idoso, a pluralidade de sintomas como dor, fraqueza muscular, déficit de equilíbrio, obesidade, doenças articulares, desordens na marcha, dentre outras, dificultam a realização dos exercícios em solo, ao contrário dos exercícios realizados no meio aquático, onde há diminuição da sobrecarga articular, menor risco de quedas e de lesões. Além disso, a flutuação possibilita ao indivíduo realizar exercícios e movimentos que não podem ser realizados no solo (RESENDE; RASSI; VIANA, 2008).

Para Candeloro e Caromano (2007), a água é um meio diferente que permite o atendimento individual e em grupo, diminui a ação da gravidade, permitindo exercícios tridimensionais, sem risco de quedas, e permite a realização de exercícios com os dois membros superiores e inferiores ao mesmo tempo. Além disso, este tipo de intervenção está associado à atividade prazerosa de relaxamento, num ambiente agradável e de fácil socialização. Todos esses fatores em conjunto contribuem para a melhora da confiança e autoestima dos pacientes.

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