Medicina
Por: Marcella Abitbol • 18/11/2016 • Resenha • 1.970 Palavras (8 Páginas) • 505 Visualizações
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Definições[pic 1]
- Crise Hipertensiva: aumento súbito da PA (≥180 x 120 mmHg) acompanhada de sintomas leves ou graves com ou sem lesão aguda de órgãos.
- Urgência Hipertensiva: aumento da PA + sintomas leves (sem lesão aguda de órgãos-alvo).
- Emergência Hipertensiva: aumento da PA + sintomas graves (com lesão aguda de órgãos-alvo).
- Pseudocrise hipertensiva: elevação da PA que se deve a estresse físico ou psicológico.
Diagnóstico
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Importância da Propedêutica → diagnósticos diferenciais
[pic 3]
Exames Complementares ao diagnóstico
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Tratamento geral
- Hospitalização e posteriormente transferência para CTI
- MOV (PA invasiva pode ser necessária)
- O tratamento dos pacientes com EH visa redução rápida da PA, com a finalidade de impedir a progressão das LOA.
- Fazer antihipertensivos IV
- As recomendações gerais de redução da PA para EH devem ser (VII Diretriz de Hipertensão):
- ↓ PA ≤ 25% na 1ª hora;
- ↓ PA 160/100 -110 mmHg em 2-6 h
- PA 135/85 mmHg 24-48 h - Após 6h de terapia IV iniciar terapia VO
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ARSENAL TERAPÊUTICO
- NITROPRUSSIATO DE SÓDIO:
Vasodilatador de ação imediata e curta duração. Fármaco parenteral mais efetivo para tratamento das emergências hipertensivas. interage com hemáceas e parede vascular liberando Óxido Nítrico que é um vasodilatador direto.
- Maior ação no sistema ARTERIAL que no venoso
- Início de ação em segundos
- Duração da ação de 1-2 minutos
- Cessação abrupta causa aumento pressórico imediato
- Efeitos adversos se usados >24-48h e >2ug/kg/min
- Intoxicação por cianeto: particularmente em hepatopatas e nefropatas – acidose metabólica, confusão mental, encefalopatia, cefaleia, bloqueio cardiaco inexplicado
- Prevenção: infusão de tiossulfato ou infusão contínua de hidroxicobalamina.
- Redução significativa da pós-carga pode reduzir fluxo coronariano
- Iniciar com 0,25 ug/kg/min e aumentar a cada 2 min até PA desejada
- Diluir 1 ampola em 250mL de solução em BIC
- Velocidade: 3mL/h
- Medir PA de 2/2min
- Se acima do desejado, aumentar 1-2mL/h
- Ao atingir PA desejada: anti-hipertensivo oral e redução da velocidade de infusão. O ideal é a PA invasiva pra começar a reduzir a vel de infusão. Se não der, fazer PNI de 10-10min
- NITROGLICERINA
- Interage com os receptores de nitrato da musculatura lisa dos vasos. Tem ação muito mais potente na dilatação VENOSA do que arterial
- Capacidade de dilatar vasos coronários epicárdicos – anti-anginoso
- Efeitos colaterais: cefaléia, vômitos, taquicardia e hipotensão
- contra-indicada em infarto de ventrículo direito e nos pacientes que usaram sildenafil nas últimas 24 h
- Paciente pode desenvolver tolerância
- Pico de ação em 2 a 5 min
- duração do efeito por 5 a 10 min
- Dose inicial é de 5 µg/min e pode ser aumentada a cada 5 a 10 min até PA-alvo
- Diluir 50 mg em 250 mL de SF 0,9% EV em BIC
- Iniciar com 3mL/h e aumentar 2mL/h a cada 5 min até PA-alvo ou surgimento de efeito colateral
- Por vezes, sua ação arterial é insuficiente para reduzir satisfatoriamente a PA
- BETABLOQUEADORES
- Metoprolol e Propranolol EV
- Ação na frequência cardíaca maior que na PA (efeito cronotrópico negativo). São usados em casos onde a maior preocupação é com a redução da freqüência cardíaca do que mesmo com a redução da PA.
- Contraindicados em: insuficiência ventricular descompensada, portadores DPOC descompensada ou asma, vasculopatia periférica grave e bloqueios AV
- Administração EV em bolus lento sem diluir
- Repetir no máx 3 vezes
- Se constra-indicado: Ant canal de Ca – verapramil/diltiazem
- HIDRALAZINA
- Vasodilatador arteriolar direto com
- Rápido início de ação (5 a 15 minutos) e duração prolongada (2 a 6 horas)
- Dose reduzida em hepatopatas ou nefropatas
- Pode induzir taquicardia reflexa: cotraindicado em SCAs e em dissecção aguda de aorta
- Emergências hipertensivas em gestantes (segura para o feto)
- Complicações: doenças reumatológicas ou imunológicas
Encefalopatia hipertensiva
- Perda da capacidade de auto-regulação do fluxo sanguíneo cerebral
- Letargia, cefaléia, confusão, distúrbios visuais e convulsões
- Pedir TC de crânio sempre – hemorragia?
- Reduzir a PA em torno de 10-20% da PAM na primeira hora ou uma PA diastólica de 100 mmHg
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AVC isquêmico
- É extremamente comum se encontrar PA elevadas na vigência de AVE, o que deixa dúvida se foi causa ou consequência do evento cerebral.
- A maioria destes pacientes não precisa de qualquer tratamento pressórico. A pressão arterial geralmente cai espontaneamente aos níveis anteriores ao AVE isquêmico em 4 dias.
- Controle da dor, ansiedade e agitação pode normalizar a pressão
- Proteger a perfusão cerebral para áreas em penumbra.
- Pacientes com AVEi sem critérios para trombólise: tratar como urgência hipertensiva e controlar dor e ansiedade
- Avci sem indicação de trombólise:
- Manejo mais conservador que os demais.
- Nas primeiras 2h: apenas observar e estabilizar o paciente.
- Controlar a PA se PAS>220 mmHg ou PAD >120mmHg, ou o paciente apresente doença coronariana ativa, falência cardíaca, dissecção de aorta, encefalopatia hipertensiva, falência renal aguda ou eclâmpsia.
- A PAM deve ser reduzida inicialmente em 15% nas primeiras 24 horas.
- Se houver qualquer piora neurológica com essa redução, deve-se permitir um aumento de 10% da PA.
- Com indicação de trombólise:
- Baixar a PA mais agressivamente, pelo risco de transformação hemorrágica da associação trombolítico + PA muito elevada.
- Labetalol é o mais indicado; na ausência deste, recomenda-se o nitroprussiato.
- Manter a PAS ≤ 185 mmHg e a PAD ≤ 110 mmHg antes da trombólise
- Estabilizar a pressão ≤180/105 mmHg por pelo menos 24h após trombólise (UptoDate)
AVC hemorrágico
- Tradicionalmente, a hipertensão é mais agressivamente tratada na vigência de um AVCh do que durante o AVCi.
- Hemorragia intraparenquimatosa é a principal causa
- Hemorragia subaracnoide é o segundo tipo mais comum de hemorragia intracraniana.
- Maior parte dos casos relacionada à HAS
- Óbito em 50% dos casos
- Etiologia:
- 50 % dos casos é por rompimento de microaneurismas.
- Angiopatia amiloide (>65anos)
- Quadro clínico: Déficit neurológico focal agudo + cefaleia + rebaixamento da consciência
- Fazer TC DE CRÂNIO não contrastada
[pic 7]
- Para pacientes com PAS entre 150 e 220 mmHg e sem contraindicação para o tratamento, a redução aguda da PAS para 140 mmHg é segura e pode ser eficaz para melhorar o desfecho funcional (em 1 hora com infusão IV monitorizando PA de 5/5min (VII diretriz de HAS)
- Para pacientes com PAS > 220 mmHg, considerar a redução agressiva da PA com infusão IV contínua e monitoramento frequente da PA (VII diretriz de HAS)
- A droga de escolha é o Labetolol IV (Nitorprussiato se sódio pode ser usado com cuidado
- Hemorragia subaracnoide: mesmas considerações, mas usar nimodipino.
Dissecção de aorta
- Sintomas : tipos I e II de DeBakey (artéria ascendente, arco aórtico e artéria descendente e restrito à artéria ascendente, respectivamente ) caracterizam-se por uma dor retroesternal, de grande intensidade, súbita, associada de náuseas e sudorese. Após alguns minutos ou hora a, pode progredir com uma dor em região dorsal (por extensão para a aorta descendente) e redução da intensidade da dor. O tipo III de DeBakey (restrito à descendente) pode manifestar-se com dor na região dorsal ou toracolombar).
- Sinais: Diferença significativa de pulso ou PA (>20mmHg) entre os MMSS. Déficit neurológico focal ou sopro carotídeo intenso e sopro de insuficiência aórtico aguda. Sopro sistodiastólico abdominal (por conta da extensão para artérias renais).
- Complicados: tamponamento cardíaco (tríade de Beck: turgência de jugular, abafamento de bolhas e hipotensão), IAM (pela dissecção das coronárias), choque hemorrágico, hemotórax e hemoperitônio).
- Exames: RX de tórax (alargamento do mediastino, sinal do Cálcio, que é a calcificação > 1cm entre a parede aórtico e o contorno externo da aorta). Ecocardiograma transesofagico é o padrão ouro.
- Tratamento: internar na UTI, o objetivo a PA e a força contrário do miocárdio, PAS deve ser reduzida entre 100-120 mmHg nos primeiros 20 minutos, labetalol é o medicamento de escolha, a outra opção seria nitroprussiato de sódio + propranolol. Tratar choque hemorrágico com volume e drogas vasoativas e perixardiocentese no tamponamento.
Eclâmpsia
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