Mucosa bucal
Por: Andresa Sillva • 2/5/2016 • Trabalho acadêmico • 677 Palavras (3 Páginas) • 598 Visualizações
INTRODUÇÃO
A nutrição enteral é entendida como uma opção de tratamento empregada na pratica clinica em pacientes que apresentam adequado funcionamento do trato digestivo, mas que não podem se alimentar pela boca ou não conseguem manter um nível de ingestão alimentar satisfatório para a manutenção ou restabelecimento do estado nutricional adequado. As dietas enterais podem apresentar a forma industrializada, podendo ser em pó ou liquido, e a não industrializadas, preparadas com alimentos in natura (manipuladas) ou mistas (BENTO, 2010).
Estas preparações podem obter variações a cerca de sua composição e características físico-químicas, por conta da maneira em que os alimentos são utilizados, processados e técnicas adotadas, por isso, considera-se que são de composição estimada (MITNE, 2010).
O uso de dietas enterais manipuladas em domicilio tem crescido significativamente por terem um valor aquisitivo menor do que as formulas industrializadas, sendo utilizada, geralmente por pacientes de baixo poder aquisitivo ou aqueles que necessitam de seu uso em longo prazo. Por se tratar de alimentação manipulada há uma preocupação com a qualidade nutricional dos alimentos e produtos alimentícios, presentes nas formulações enterais (BENTO, 2010).
Segundo Bento (2010) ao elaborar uma dieta enteral manipulada (DEM) podem-se escolher os alimentos de acordo com as diferentes fontes de macronutrientes, vitaminas e minerais e suas interferências nas características físico-químicas do produto final, tais como osmolalidade, viscosidade, fluidez, estabilidade, homogeneidade e pH, portanto, ha varias combinações que podem ser elaboradas.
O óleo de buriti possui uma grande variedade de constituintes, tais como: 800 ppm de tocoferóis, entre 73 e 78% de acido oléico, 2 a 3,9 de acido linoléico. A polpa, a castanha e o óleo podem ser classificadas como fontes de vitaminas A e E. O buriti é um fruto ovóide, típico de regiões alagadas, seu peso varia de 25 a 40g, sendo que 32% de polpa, 48% de casca e 20% de semente, podendo ser usado em diversas preparações culinárias, em vários tipos de artesanato (AQUINO, 2011), e ainda para extração do óleo, que pode ser empregado como constituintes de dietas enterais pelo seu alto valor biológico.
O risco ao entorno das dietas enterais manipuladas esta na contaminação por conta da falta de higiene adequada durante o preparo, principalmente pelas mãos, utensílios e equipamentos utilizados (BENTO, 2010). As dietas enterais são um excelente meio de cultura para microrganismos, por terem uma composição vasta de macro e micronutrientes, ph em torno de 7 e alta atividade de agua, fatores que favorecem sua multiplicação (COSTA et al, 1998).
Por esse motivo é necessário que haja cuidados e procedimentos criteriosos a cerca do preparo, armazenamento e distribuição da nutrição enteral, tendo como apoio o manual de Boas Práticas de Fabricação pela legislação brasileira atual e Sistema Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) a fim de controlar as possíveis fontes de contaminação das formulações (SIMON et al., 2007; OKUMA et al.,2000).
Este presente artigo tem como objetivo criar preparações enterais artesanais que satisfaçam as necessidades biológicas de pacientes que necessitem deste tipo de nutrição, utilizando o óleo de buriti como constituinte de seu preparo, já que este fruto apresenta excelentes compostos nutricionais, boa distribuição e baixo valor aquisitivo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUINO, J. S. Avaliação físico-química e experimental do óleo de buriti (Mauritia flexuosa L.) em ratos e da sua utilização em formulação de biscoitos. Tese (doutorado), Universidade Federal de Pernambuco. CCS. Nutrição, Recife, 192p, 2011.
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