O Trauma e Emergência
Por: Felipe Oliveira • 10/9/2017 • Trabalho acadêmico • 522 Palavras (3 Páginas) • 232 Visualizações
Áudio 2 – 8min até 16min
Felipe
No trauma é como no consultório, nada de cabeça baixa, olhar sempre pro paciente, então se faz a inspeção, nessa inspeção eu já posso ter alguns dados que já vão me fazer pensar em que gravidade e em que eu vou atacar mesmo nesse exame primário. Depois vem a palpação, a percussão e a ausculta, isso leva o que o paciente traumatizado vai ter uma sequência semiológica parecida com o paciente clínico, então a sequência no exame clínico é a mesma em qualquer situação.
Então nós vamos falar sobre as situações que podemos encontrar nesses pacientes com traumas torácicos, o que acomete mais a gente no trauma torácico? Se vai ter um acometimento tanto das paredes como das cavidades pleurais, nas cavidades pleurais nós vamos ter dois tipos para tratar, os problemas com ar (pneumotórax hipertensivo) e os problemas com líquido. Diagnóstico sempre clínico, nunca deixar um paciente com pneumotórax hipertensivo na fila do raio X, pois ele pode morrer. Primeiro você tem que saber a cinemática do trauma, é um trauma contuso ou um trauma penetrante. Aí o paciente chega com esses sintomas: dor torácica, dispneia, desconforto respiratório, taquicardia, hipotensão, desvio da traqueia, vocês vão pensar em que? Pneumotórax hipertensivo, não é isso. Salvou a vida do paciente.
E porque o paciente vai ter dor torácica? A compressão pulmonar e a irritação neural vai causar a dor torácica. Desconforto respiratório, mesmo motivo. Taquicardia, o pneumotórax hipertensivo vai todo o pulmão em direção ao mediastino, isso vai fazer com que se tenha uma compressão da veia cava, então essa compressão vai restringir o retorno venoso, então esse paciente vai ter uma hipovolemia, que também vai causar a hipotensão.
Na percussão você pode achar aquilo que chamamos de timpanismo, se vocês olharem esse paciente, não é um trauma torácico, mas sim cervical, ele chegou no HGE com uma faca encravada na região anterior do pescoço, com uma evidente lesão da traqueia.
Então analisando esse raio X de pneumotórax hipertensivo, essa parte está hiper transparente, ela tá com ar, o pulmão está todo colabado(?), já com desvio de traqueia e empurrando todo o mediastino pra lateral.
Pneumotórax aberto, causado por ar, é uma ferida aspiritiva, ou seja, você tem uma ferida na cavidade torácica, essa ferida através da pressão positiva e negativa, quando o paciente inspira, ela vai aspirar o ar pra cavidade pleural, ela teve 2/3 do diâmetro da traqueia, isso vai ocorrer de forma mais rápida. O tratamento de imediato é o curativo de três pontas que vai funcionar como uma válvula, com um material impermeável coloca o esparadrapo ou fita, o que você tiver para colar nas três pontas do quadrado e deixa uma ponta livre, essa ponta vai formar uma válvula, então quando ele inspira ela fecha, impedindo que o ar entre, quando expira ela abre permitindo que o ar passe.
Tórax instável, ele acontece quando existe duas ou mais fratura em dois ou mais lugares, se vocês lembram da anatomia, os arcos costais são ligados com as vértebras e com o esterno através de cartilagens, eles são móveis e entre esses arcos costais existem os músculos intercostais.
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