Trauma Raquimedular Em Gestantes
Dissertações: Trauma Raquimedular Em Gestantes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: borbogui • 22/2/2014 • 925 Palavras (4 Páginas) • 713 Visualizações
Trauma Raquimedular em gestantes
Definição:
A historia do trauma raquimedular pode ser dividido em agudo ou
crônico e também em primário ou secundário. Tanto o primário quanto o
secundário podem ter fases agudas e crônicas.
A lesão primária é ocasionada da transferência da energia cinética
para a substancia da medula espinal, do rompimento dos axônios, de
danos das células nervosas e da ruptura dos vasos sangüíneos. Durante
as 8 primeiras horas após o trauma ocorrem hemorragia e necrose na
substancia central da medula (cinzenta). Após isto temos migração de
células gliais e edema no local da lesão, com a cicatrização desta.
A lesão secundária resulta da isquemia causada pela redução do fluxo
sangüíneo para o segmento danificado. Esta redução pode ser causada
por uma alteração do canal vertebral, hemorragia ou edema
significantes.
A cicatriz formada no local da lesão pelas células gliais leva a uma
lesão crônica, pois esta não só inibe o crescimento axonal
fisicamente como libera substancias que inibem o seu crescimento.
Pequenos cistos podem ser encontrados no local, levando em alguns
pacientes a uma siringomielia pós-traumática.
Classificação:
O prognostico de um trauma raquimedular só pode ser definido após as
primeiras 24 horas, quando termina o chamado "choque medular". Este
choque medular pode ser definido como uma interrupção fisiológica da
condução nervosa pela medula, que é demonstrada fisicamente pela
ausência do reflexo bulbocavernoso. Este reflexo é testado fazendo um
estimulo na glande ou no clitóris e checando se há ou não contração
do esfíncter anal. Quando a contração ocorrer, é sinal que o paciente
já esta fora do choque medular.
Após a saída do choque, deve-se examinar detalhadamente o paciente
para se identificar o nível neurológico da lesão. Para isto, deve-se
medir a sensibilidade e a motricidade do paciente. Atualmente o
padrão internacional tem como base uma tabela da ASIA (American Spine
Injury Association) que sistematiza o exame neurológico em dermatomos
e miotomos chaves e atribuem uma pontuação para cada item deste.
A força motora é medida em uma escala que varia de 0 a 5 pontos por
grupo muscular. Zero é quando não ocorre nem fasciculação muscular, 1
é quando temos fasciculação mas não movimentação, 2 é quando temos
movimentação em um plano horizontal que não vence a gravidade, 3 é
uma movimentação que vence a gravidade porém não vence nenhuma
resistência, 4 é uma movimentação que vence alguma resistência e 5 é
a força muscular normal.
A sensibilidade é testada de acordo com os dermatomos e é dividida em
ausente (zero pontos), presente porém com sensação de formigamento (1
ponto) e normal ou completa (2 pontos).
O nível neurológico da lesão é o ultimo nível normal (tanto em força
muscular quanto em sensibilidade) do paciente. Se abaixo deste nível
não houver nenhuma função motora ou sensitiva, esta lesão é
considerado completo. Caso haja abaixo do nível neurológico uma
preservação parcial tanto da função motora ou da função sensitiva,
esta lesão é considerada incompleta. Vale a pena relembrar que isto
só pode ser dito após o fim do choque medular, ou seja, reflexo
bulbocavernoso presente.
Existe também uma classificação utilizada em trabalhos científicos
para padronizar as lesões medulares, que é a classificação de
Frankel. Esta classificação divide os pacientes em 5 tipos, de A até
E, e varia de uma lesão completa até um paciente normal, passando por
estágios como sensibilidade normal e força ausente ou sensibilidade
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