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O sangue na medicina

Por:   •  21/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.138 Palavras (9 Páginas)  •  320 Visualizações

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Introdução

O sangue é um importante e vital elemento nos organismos vivos complexos, como nos humanos, além de ser um importante fator em procedimentos médicos e da saúde em geral. Por esta razão, é um tópico complexo, que aborda várias situações de estudo.

Esse trabalho irá tratar, basicamente, da caracterização genérica de o que é o sangue, posteriormente aprofundando-se em seus componentes básicos, para um entendimento mais generalizado do assunto. Associando-se a isso, as quantidades de sangue média no corpo de um indivíduo e as porcentagens dos componentes do sangue também serão abordados, salientando-se as funções sanguíneas. Além disso, as maneiras pelas quais o sangue circula pelo corpo e como é gerado no organismo irão contribuir para trazer um entendimento mínimo sobre como funcionam certas partes do organismo, relacionadas com o sangue. Por fim, as compatibilidades em transfusões sanguíneas serão estudadas, de acordo com os sistemas sanguíneos existentes.

O método de pesquisa adotado foi a consulta em livros e sites da internet especializados em temas da saúde.


O sangue

O sangue é um tecido vivo e renovável. É vital para a vida humana. Ele transporta nutrientes essenciais para todos os tecidos e órgãos do corpo. Sem o sangue, os tecidos morrem de inanição. Ele é constituído por duas partes, uma parte líquida e outra composta por células e pode ser classificado em diferentes grupos sanguíneos. Além de transportar nutrientes, o sangue possui uma grande variedade de funções nos organismos. (SESMT)

Características quantitativas e funcionais, e composição sanguínea

O sangue é um tecido conjuntivo, pois é composto por células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas), separadas pela matriz celular, que nesse caso, é o plasma. Sendo composto, basicamente por água sais minerais e proteínas, o plasma equivale a cerca de 55% do volume sanguíneo, enquanto as células sanguíneas correspondem ao volume restante de 45%. Em uma pessoa com cerca de 70 quilogramas, há tipicamente pouco mais de 5,5 litros de sangue, representando cerca de 8% do peso corporal total (Halley).

 Tem como funções, basicamente: transporte de gás oxigênio (O2) e nutrientes para todas células do corpo; recolhimento de gás carbônico (CO2) e excreções; Transporte de hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas; proteção do corpo contra a ação de agentes infecciosos.

Plasma sanguíneo

Da composição do plasma sanguíneo, a água corresponde a mais de 90% de sua massa, enquanto o restante é constituído por proteínas, sais, hormônios, nutrientes, gases e excreções. A função do plasma é o transporte de substâncias pelo corpo, permitindo às células receber nutrientes e eliminar substâncias tóxicas geradas pelo metabolismo.

As proteínas do plasma sanguíneo possuem diversas funções. Albuminas, por exemplo, constituem metade do conteúdo proteico do plasma, sendo responsável pelo transporte de ácidos graxos livres, viscosidade do sangue e seu potencial osmótico. Na falta de albumina, edemas podem ocorrer, pois a pressão osmótica sanguínea diminui e o plasma extravasa em maior quantidade para os espaços intercelulares dos tecidos. Outro grupo importante de proteínas plasmáticas, são as imunoglobulinas, que atuam como anticorpos, defendendo o corpo contra microrganismos e substâncias orgânicas estranhas.

Hemácias (Glóbulos vermelhos) 

As hemácias, ou eritrócitos (do grego eritros, vermelho) é uma célula sanguínea em forma de disco, com 7 a 8 um de diâmetro por 1 a 2 um de espessura. É repleta de moléculas de hemoglobina, que lhe conferem a coloração vermelha, e possibilitam os transportes de O2 e CO2 no sangue.

A hemoglobina é composta por cadeias polipeptídicas que possuem um grupo denominado heme, que pode ligar-se a gases como O2 e CO2 dependendo-se, entre outras características, da pressão e pH do meio. Em um ambiente com pressão e pH altos, por exemplo, o gás oxigênio liga-se à molécula de hemoglobina. [a]

As hemácias humanas não possuem núcleo (eliminado durante o processo de diferenciação celular), diferentes das dos demais vertebrados, que possuem um núcleo não funcional.  São as células mais numerosas no sangue, chegando a cerca de 5 milhões por milímetro cúbico de sangue em homens adultos saudáveis e 4,7 milhões por milhões por milímetro cubico em mulheres adultas saudáveis.

Leucócitos (Glóbulos brancos)

Os leucócitos, (do grego leucos, branco), são células esféricas, nucleadas e em geral, bem maiores do que as hemácias. Em condições normais, há entre 5 e 10 mil leucócitos em cada milímetro cubico de sangue humano. Mas sua quantidade é variável. Em uma infecção, por exemplo, o número de leucócitos pode dobrar ou triplicar. Têm como função mais importante, defender o organismo contra microrganismos ou substâncias estranhas que penetrem nos tecidos.        

Dependendo de sua morfologia, observada pela microscopia óptica, os leucócitos podem ser classificados em granulosos e agranulosos, de acordo com seu citoplasma, se ele possui ou não granulações. Ainda, podem ser subdivididos em neutrófilos, eosinófilos e basófilos (que são granulosos), e monócitos e linfócitos (que são agranulosos[b]).

Os linfócitos são os responsáveis por produzir as proteínas conhecidas como anticorpos. Quando microrganismos ou substâncias estranhas, denominadas genericamente antígenos, penetram em nosso corpo, os linfócitos entram em ação e passam a produzir anticorpos contra os invasores. Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos. (colocar referencia do prosangue)

Plaquetas ou trombócitos

As plaquetas, ou trombócitos (do grego thrombos, coágulo), são fragmentos citoplasmáticos que medem de 2 a 4 um de diâmetro. O número normal de plaquetas em uma pessoa é da ordem de 300 mil por milímetro cúbico de sangue.

As plaquetas são fundamentais na coagulação sanguínea. Quando há algum ferimento, elas aderem às fibras colágenas dos vasos sanguíneos lesados e participam de uma série de reações químicas que geram uma proteína chamada fibrina[c], capaz de se entrelaçar e formar uma rede na região do ferimento. Como as hemácias não conseguem atravessar a rede de fibrina, elas se acumulam no local do ferimento, originando o coágulo que estanca a hemorragia.

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