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A Dietoterapia para crianças e adolescentes com diabetes mellitus

Por:   •  30/8/2018  •  Resenha  •  2.563 Palavras (11 Páginas)  •  363 Visualizações

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Dietoterapia para crianças e adolescentes com diabetes mellitus.

Diet therapy for children and adolescents with diabetes mellitus

Amanda Fragoso, Débora Horfit, Juliana Bernardo, Leticia Silva, Suelen Barbosa, Weslley Gomes

Resumo: atualmente o DM atinge cerca de 170 milhões de indivíduos no mundo inteiro. Prevendo – se um aumento de 360 milhões de pessoas afetadas com DM em 2030. O diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica decorrente do aumento da glicemia plasmática resultante da ausência, deficiência e/ou resistência à ação do hormônio insulina. No DM 1 existe a deficiência na secreção da insulina, resultando uma hiperglicemia, que pode avançar para a ausência absoluta deste hormônio. Já o DM tipo 2 caracteriza – se pela combinação de resistência à insulina, e deficiência na secreção da insulina. Objetivos: o presente artigo teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a dietoterapia em crianças e adolescentes portadoras de diabetes mellitus. Métodos: através de uma pesquisa bibliográfica sistemática nas bases de dados da Scielo, Biblioteca Digital – USP e Google Acadêmico, foram analisados diversos artigos científicos de relevância na área da dietoterapia em crianças e adolescentes diabéticos.  Resultados: existem dois tipos de tratamento para o DM, o tratamento medicamentoso e tratamento nutricional, que visa o tratamento de DM através de uma dieta específica e adequada. Estudos demonstram que a dietoterapia tem um impacto muito positivo na diminuição da hemoglobina (HbA1c) no diabetes tipo 1 e 2, após 3 a 6 meses de intervenção nutricional. Conclusão: a dieta sugerida para crianças e adolescentes deve ser equilibrada com restrição calórica orientada, a fim de que a perda ponderal possa ocorra gradativamente e assim melhorar os índices glicêmicos.

Palavras-chave: dietoterapia; diabetes; crianças; adolescentes

INTRODUÇÂO

Nos Estados Unidos, o diabetes mellitus 2 chega a ser responsável por 10 a 50% dos casos de diabetes. Na Europa, por sua vez, o diabetes mellitus é considerado uma doença rara (prevalência de menos de 5 por 10 mil). Na Inglaterra e no Gales, o DM2 representa aproximadamente 2% de todos os casos de diabetes em crianças e adolescentes (Pinhas-Hamel O, Zeitler P,2005).

Em 2015, de acordo com o International Diabetes Federation (IDF) havia aproximadamente 415 milhões de casos no mundo de diabetes, desses, 542 mil eram crianças. Atualmente o DM atinge cerca de 170 milhões de indivíduos no mundo inteiro. E ainda é estimado um aumento de 360 milhões de pessoas afetadas com DM em 2030. Nos dias atuais, mais de 200 crianças e adolescentes desenvolvem a doença a cada dia (VASCONCELOS et al.,2010:882).

 Brasil, as cidades das regiões Sul e Sudeste, apresentam maiores prevalências de diabetes mellitus e de tolerância à glicose diminuída. Tais indicies vem aumentando devido aos processos de urbanização, modernização, industrialização e hábitos alimentares inadequados (MALERBI & FRANCO, 1992).

O diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica decorrente do aumento da glicemia plasmática resultante da ausência, deficiência e/ou resistência à ação do hormônio insulina. A insulina é produzida no pâncreas e em condições normais, quando o nível de glicose no sangue sobe, as células betas pancreáticas produzem insulina. Um hormônio anabólico, principalmente carboidratos. (SBD 2014 - 2015).

Dentre os principais e mais comuns tipos de diabetes estão o DM tipo 1 e DM tipo 2. No DM 1 existe a deficiência na secreção da insulina, resultando uma hiperglicemia (índices elevados de glicose na corrente sanguínea), que pode avançar para a ausência absoluta deste hormônio. Normalmente aparece na infância e tem associação com uma predisposição genética.

Já o DM tipo 2 caracteriza – se pela combinação de resistência à insulina (RI), e deficiência na secreção da insulina. O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz, ou produz insuficientemente para controlar a taxa de glicemia na corrente sanguínea. Manifestado frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar a doença. (Gross, J et al., 2001).

O aumento na prevalência da obesidade na adolescência registrado nos últimos anos explicaria em grande parte, o avanço da DM2 em população jovem.  Estudos relacionam ao sedentarismo, mudanças de hábitos alimentares, frequentemente com dietas hipercalórica e hipergordurosas (PINHAS- HAMIEL O, HAMIEL D, DOLAN LM). Uma mudança no estilo de vida, juntamente com uma alimentação saudável, prática regular de atividade física e um controle rigoroso dos fármacos, é possível controlar a diabetes. Prevenindo assim complicações mais sérias, aumentando a expectativa de vida e possibilitando a pessoa conviver normalmente com a doença.

OBJETIVOS

O presente artigo teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a dietoterapia em crianças e adolescentes portadoras de diabetes mellitus.

 METODOLOGIA

Através de uma pesquisa bibliográfica sistemática nas bases de dados da Scielo, Biblioteca Digital – USP e Google Acadêmico, foram analisados diversos artigos científicos de relevância na área da dietoterapia em crianças e adolescentes diabéticos. Adotou – se os seguintes critérios de escolha: artigos que traziam a fisiopatologia do diabetes mellitus em crianças e adolescentes, a dietoterapia para essa faixa etária, assim como a interação dos termos e expressões.

Porém após a análise de todos os artigos, chegou- se a conclusão, que todos embasavam suas informações nas diretrizes e posicionamentos publicados a partir do site da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Uma associação civil, sem fins lucrativos filiada à International Diabetes Federation (IDF), que contribui para a prevenção e tratamento adequado do diabetes. Por a SBD ser um consenso a partir de várias bibliografias, as publicações da sociedade tiveram grande influência no presente artigo.

DISCUSSÃO

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) a terapia nutricional para portadores de DM tem como objetivo manter a glicemia dentro ou próximo da normalidade, manter ou recuperar a imunidade, e prevenir as possíveis complicações macro e microvasculares. Porém o principal objetivo da dietoterapia em crianças e adolescente diabéticas, é manter o crescimento e o desenvolvimento adequado e posteriormente adequar aos aspectos relacionados com o controle glicêmico.

Como diagnostico de DM temos um quadro de glicemia em jejum ≥ 126 mg/dl, uma glicemia pós-prandial ≥ 200 mg/dl, e uma hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5%. Os valores de pré diabetes e normalidades descritos pela American Diabetes Association (ADA) e SBD, estão descritos na Tabela 1.

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