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A Fisiologia do Metabolismo

Por:   •  4/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  6.459 Palavras (26 Páginas)  •  305 Visualizações

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Fisiologia do Metabolismo

-metabolismo: reações químicas que ocorrem no corpo (catabolismo –decomposição- e anabolismo – síntese-).

- Papel do ATP (trifosfato de adenosina): trocas de energias 40% em atividades celulares.

- metabolismo dos carboidratos – monossacarídeos glicose, frutose e galactose: produção de ATP, síntese de aminoácidos, síntese e glicogênio, síntese de triglicerídeo.

- controle dos níveis de glicose no sangue (feedback negativo): Glucagon e insulina. Baixo nível de glicose no sangue-liberação de glucagon- acelera a conversão de glicogênio em glicose no fígado-aumento do nível de glicose no sangue-se houver excesso a liberação de glucagon é inibida e estimula a liberação de insulina (feedback negativo)-acelera a difusão facilitada de glicose, aumenta a conversão de glicose em glicogênio e acelera a síntese de ácidos graxos- nível de glicose diminui no sangue.

- metabolismo dos lipídios: associação com proteínas – quilomícrons. VLDL, LDL e HDL. Pode ser usado na produção de ATP, estruturais e produção de diversas substâncias (bainha de mielina). Armazenamento no tecido adiposo.

-lipogênese (células do fígado e adiposas): excesso de carboidratos, proteínas e gorduras da dieta.

-metabolismo das proteínas: oxidação para gerar ATP, síntese de novas proteínas ou conversão em glicose ou triglicerídeos. Anabolismo através da síntese proteica.

- relação hormonal com o metabolismo: hormônios de crescimento, insulina e glucagon, epinefrina e noraepinefrina e cortisol.

- metabolismo durante o estado absortivo: difusão facilitada de glicose nas células, transporte ativo de aminoácidos nas células, glicogênese, síntese de proteínas e lipogênese (síntese de triglicerídeos).

- metabolismo pós-absortivo (manter o nível de glicose sanguínea): decomposição de glicogênio do fígado, lipólise, gliconeogênese usando ácido lático e aminoácidos, oxidação de ácidos graxos, ácido lático, aminoácidos e corpos cetônicos e decomposição do glicogênio do músculo.

-metabolismo basal (repouso e jejum).

-taxa metabólica e produção de calor: exercício, hormônios, sistema nervoso, temperatura corporal, ingestão de alimento (termogênese induzida por alimento) e idade.  Outros fatores seriam sexo, clima, sono e subnutrição.

- homeostasia energética: taxa metabólica basal, atividade física e termogênese induzida por alimento.

*papel da leptina

-Sobre peso X Obesidade: peso corpóreo (20%) e IMC. Causas: fatores genéticos, hábitos alimentares e alimentação excessiva para aliviar tensão e hábitos sociais. Baixa termogênese.

-A obesidade causa mudanças patológicas no organismo: aumento de tamanho ou produção de células adiposas hipertróficas, associadas às complicações clínicas como: diabetes mellitus tipo 2, colelitíase, doenças cardio vasculares tipo: coronariopatias, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico; hiperlipidemia, esteatose hepática, apnéia do sono, osteoartrites articulares, gota, alguns tipos de câncer (pulmão, endométrio e cólon), hipercolesterolinemia, complicações gestacionais, irregularidade menstrual, hirsutismo, incontinência urinária, aumento do risco em intervenções cirúrgicas.

Cirurgia bariátrica

- Gastroplastia, também chamada de Cirurgia Bariátrica, Cirurgia da Obesidade ou ainda de Cirurgia de redução do estomago, é, como o próprio nome diz, uma plástica no estômago (gastro = estômago, plastia = plástica), que tem como o objetivo reduzir o peso de pessoas com o IMC muito elevado.

- Esse tipo de cirurgia está indicado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m², que tenham complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue, problemas articulares, ou pacientes com IMC maior que 40 Kg/m², que não tenham obtido sucesso na perda de peso com outros tratamentos.

-Existem três tipos básicos de cirurgias bariátricas. As cirurgias que apenas diminuem o tamanho do estômago, são chamadas do tipo restritivo (Banda Gástrica Ajustável, Gastroplastia vertical com bandagem ou cirurgia de Mason e a gastroplastia vertical em “sleeve”). A perda de peso se faz pela redução da ingestão de alimentos. Existem, também, as cirurgias mistas, nas quais há a redução do tamanho estomago e também um desvio do trânsito intestinal, havendo desta forma, além da redução da ingestão, diminuição da absorção dos alimentos. As cirurgias mistas podem ser predominantemente restritivas (derivação Gástrica com e sem anel) e predominantemente disabsortivas (derivações bileopancreáticas).

- Do ponto de vista nutricional, os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica deverão ser acompanhados por longo tempo, com objetivo de receberem orientações específicas para elaboração de uma dieta qualitativamente adequada. Quanto mais disabsortiva for a cirurgia, maior a chance de complicações nutricionais, como anemias por deficiência de ferro, de vitamina B12 e/ou ácido fólico, deficiência de vit D e cálcio e até mesmo desnutrição, nas cirurgias mais radicais. Reposições vitamínicas são feitas após a cirurgia e mantidas por tempo indeterminado. A diarreia pode ser uma complicação nas cirurgias mistas, principalmente na derivação bileopancreática.

- A adesão ao tratamento deverá ser avaliada, uma vez que pacientes instáveis psicologicamente podem recorrer a preparações de alta densidade calórica, de baixa qualidade nutricional, que além de provocarem hipoglicemia e fenômenos vasomotores (sudorese, taquicardia, sensação de mal-estar), colocam em risco o sucesso da intervenção à longo prazo, porque reduzem a chance do indivíduo perder peso.

- Mulheres que realizam cirurgia bariátrica devem aguardar pelo menos 15 a 18 meses antes de engravidar. A grande perda de peso logo após a cirurgia pode prejudicar o crescimento do feto.

-Síndrome de dumping é ocasionada pela passagem rápida do estômago para o intestino, de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares, em pacientes submetidos a cirurgias gástricas, como a bariátrica e metabólica, como resultado da alteração anatômica do estômago.

Ela ocorre após a ingestão de alimentos ricos em gordura (óleos vegetais e carnes gordurosas) ou em carboidratos simples (doces, leite condensado, mel, chocolates, geléias e refrigerantes), levando a sintomas, como: cefaléia, taquicardia, sudorese, náuseas, fraqueza e diarréia. Estes sinais podem ser precoces (de 30 a 60 minutos após a refeição) ou tardios (de 1 a 3 horas após a refeição).

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