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A Relação da deficiência de vitamina D e o Diabetes Mellitus

Por:   •  20/11/2017  •  Artigo  •  3.746 Palavras (15 Páginas)  •  320 Visualizações

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A relação da deficiência de vitamina D e o Diabetes Mellitus

RESUMO

A importância da vitamina D no metabolismo ósseo e minerais é bem conhecida. Recentemente, tem gerado uma riqueza de conhecimentos sobre outras ações da VD, incluindo seu envolvimento no metabolismo da glicose. Estudos em animais e humanos mostraram que modula tanto a secreção quanto a sensibilidade a insulina. O objetivo da presente revisão de literatura permitiu qual a relação da deficiência de vitamina D com o diabetes mellitus. Para explorar a relação entre os níveis de VD e o risco de diabetes mellitus (DM) se revisou a literatura em evidência de 2002 até 2016 por meio do estudo transversal, com um breve comentário sobre os resultados de estudos genéticos. As literaturas mostraram associação inversa consistente entre os níveis de VD e risco de DM, no entanto, estudos de intervenção não apresentaram dados tão claros, possivelmente relacionados com a metodologia aplicada. Este contexto abre a oportunidade para desenvolver novos trabalhos prospectivos e experimentais que permitam responder de forma mais concisa esta associação.

Palavras-chave: Deficiência de Vitamina D. Relação. Diabetes mellitus.

ABSTRACT

The importance of vitamin D in bone and mineral metabolism is well known. Recently, it has generated a wealth of knowledge about other RV actions, including its involvement in glucose metabolism. Animal and human studies have shown that it modulates both secretion and insulin sensitivity. The objective of the present literature review allowed the relation between vitamin D deficiency and diabetes mellitus. To explore the relationship between RV levels and the risk of diabetes mellitus (DM) we reviewed the literature in evidence from 2002 to 2016 by means of the cross-sectional study, with a brief commentary on the results of genetic studies. The literature showed a consistent inverse association between RV levels and DM risk, however, intervention studies did not present such clear data, possibly related to the methodology applied. This context opens the opportunity to develop new prospective and experimental studies that allow a more concise response to this association.

Key words: Vitamin D deficiency. Relationship. Diabetes mellitus.

INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos algumas alterações fisiológicas acontecem em nosso corpo, como o aumento de tecido adiposo, redução de massa magra e redução de massa óssea. No decorrer dos últimos anos o surgimento de algumas epidemias como, deficiência de vitamina D, obesidade e diabetes mellitus vem aumentando cada vez mais entre a população afetando mais as mulheres na pós-menopausa (MACHADO; JUNIOR; MARINHEIRO, 2014).

A vitamina D é considerada um hormônio esteroide, onde sua principal função é a regulação do metabolismo ósseo. A vitamina D é produzida no interior dos tecidos cutâneos após exposição solar. É obtida também através de alimentação ou suplementos. Diferentes estudos mostram que a deficiência de vitamina D atinge várias partes do corpo humano e atinge todas as idades. A deficiência vai além do comprometimento ósseo, pode levar ao diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, câncer, depressão, complicações autoimunes e alergias (GALVÃO, et al. 2013).

A diabetes mellitus é uma doença que engloba vários distúrbios metabólicos que tem em comum a hiperglicemia resultante de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. A diabetes mellitus pode ser classificada em diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A DM1 é classificada pela destruição das células beta levando a uma deficiência de insulina. A DM2 caracteriza-se em 90 a 95% dos casos por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção de glicose. Pode ser causada por diversos fatores genéticos e ambientais (Diretrizes 2015-2016).

Diversos estudos da literatura citam que a homeostase da vitamina D pode desempenhar um papel na etiologia do DM1 e DM2. Estudos científicos identificaram que a vitamina D afeta a secreção de insulina através da ligação de forma ativa aos receptores de vitamina D em células beta pancreáticas. A vitamina D também afeta a resistência à insulina, estimulando os receptores de insulina (ZHANG; et al., 2016).

Nessa perspectiva, a vitamina D atua por meio de seu receptor (VRD) com as células b e com a proteína que é ligada ao cálcio no tecido pancreático. A vitamina D tem relação direta ou indireta com a resposta insulínica e ao estimulo da glicose, esse efeito direto é feito pela ligação da 1,25(OH)2D3 ao receptor VRD da célula b, enquanto o efeito indireto é feito pelo fluxo do cálcio nessas células. Diante destes aspectos bioquímicos e a importância da vitamina D no nosso organismo, esta vitamina pode ter mecanismos envolvidos na patogênese de doenças crônicas como o diabetes mellitus (LIMA; et al., 2013).

O presente estudo tem como objetivo investigar na literatura cientifica qual a relação da deficiência de vitamina D com o diabetes mellitus.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada por meio de artigos científicos pesquisados nas bases de dados Pubmed e Scielo, considerando o período de publicação 2002 à 2016. Foram utilizados as seguintes palavras chave, vitamin D, vitamin D and diabetes, diabetes mellitus, diabetes type 1 and 2. Foram selecionados artigos em português e inglês, os artigos que não encaixavam nestes critérios foram excluídos.

Para a realização deste estudo optou-se pelo método de revisão integrativa de literatura, visto que ele possibilita sintetizar as pesquisas já concluídas e obter resultados a partir de um tema de interesse. A revisão integrativa exige os mesmos métodos de rigor, clareza e replicação utilizada nos estudos primários.

A revisão da literatura consiste num resumo crítico de pesquisa sobre tópico de interesse, geralmente preparado para colocar um problema de pesquisa num contexto, ou para identificar as falhas em estudos anteriores, de modo a justificar uma nova investigação.

A pesquisa foi realizada por meio de artigos científicos pesquisados nas bases de dados PubMed e Scielo, considerando o período de publicação de 2002 a 2016. A busca foi realizada no período de outubro a novembro de 2016, para isso foram utilizados os artigos disponíveis na íntegra relacionados ao tema proposto.

Foram utilizados os seguintes descritores de saúde (DECs), isolados

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