Benefícios Da Nutrição Enteral Na Nutrição De Pacientes Submetidos Ao Transplante De Células Tronco Hematopoiéticas

Benefícios da nutrição enteral na nutrição de pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas

INTRODUÇÃO

O transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH), ou transplante de medula óssea, é um tipo de tratamento agressivo empregado no tratamento de algumas doenças hematológicas malignas e benignas, anomalias genéticas e imunológicas.1,2 Consiste na substituição das células tronco hematopoéticas (CTH) do paciente por outras que irão se diferenciar em células sanguíneas maduras. As CTHs podem ser provenientes de outra pessoa (TCTH alogênico), dele mesmo (TCTH autólogo), de um irmão gêmeo idêntico (TCTH singênico) ou de sangue de cordão umbilical. Para o recebimento dessas células o paciente passa por um período de condicionamento mieloablativo, onde ele recebe altas doses de quimioterápicos e/ou radioterapia com intuito de eliminar suas células para receber as CTHs do doador. 2,3 

Diversas complicações decorrentes dessa agressividade e toxicidade do TCTH influenciam a alimentação e concomitantemente o estado nutricional desses pacientes. Dentre essas complicações destacam-se as de trato gastro intestinal (náuseas, vômitos, mucosite, diarréia, inapetência e alteração de paladar), as infecciosas e subsequentemente a Doença do Enxerta contra o Hospedeiro intestinal (DECH).4 Essas complicações promovem diminuição da ingestão alimentar, interferem na absorção dos nutrientes e aumentam as necessidades nutricionais (calóricas e protéicas) do paciente, que já é mais elevada devido patologia5, levando a desnutrição ou piora do estado nutricional o que está associado a aumento de mortalidade e tempo de internação na ausência de uma nutrição adequada.6

Devido toxicidade de trato gastro intestinal durante o TCTH, na impossibilidade da via oral, a terapia nutricional de escolha mais utilizada é a nutrição parenteral quando comparada a nutrição por via enteral.7 Porém, a nutrição enteral via sonda é a via mais fisiológica, previne infecções e desnutrição e mantém o trofismo da mucosa intestinal, além de ser seguro e eficaz para a nutrição desses pacientes.8

A nutrição enteral demonstra ser uma opção de alimentação segura e eficaz para os pacientes submetidos à TCTH, porém nem sempre é escolha quando se trata de terapia nutricional, sendo assim se faz necessário elucidar os benefícios que ela pode trazer a esses pacientes.

OBJETIVO

        Identificar os  benefícios da terapia nutricional enteral em pacientes submetidos a transplante de medula óssea.

METODOLOGIA

        Para o desenvolvimento deste projeto será realizado uma revisão integrativa da literatura, método que sintetiza e reúne pesquisas científicas já finalizadas de maneira sistemática e organizada e obtém conclusões a partir de um tema de interesse9.

Será feito um levantamento de publicações científicas indexadas nas bases de dados, MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica - Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) em língua inglesa e portuguesa. A busca se restringirá aos trabalhos publicados entre os anos 2005 e 2015 visando recuperar documentos recentes sobre o tema.

 Os descritores serão: Transplante de Células Tronco Hematopoéticas/ Hematopoietic Stem Cell Transplantation, dieta/diet, nutrição enteral/ enteral feeding. Os descritores supracitados encontram-se nos Descritores em Ciências da Saúde da Bireme (DecS) e no Medical Subject Headings (MESH) – sistema de metadados médicos em língua inglesa. 

Os critérios de inclusão utilizados serão: trabalhos realizados em humanos, população pediátrica e adulta.

Será desenvolvido um cronograma descrevendo as etapas de elaboração do projeto (Apêndice A) e os dados obtidos nos artigos serão compilados através de um roteiro estruturado (apêndice B).

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REFERÊNCIAS

1. Seber A, Bonfim CMS, Daudt LE, et al. Indicações de transplante de células-tronco hematopoéticas em pediatria: consenso apresentado no I Encontro de Diretrizes Brasileiras em Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas – Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Rio de Janeiro, 2009 [Indications for pediatric hematopoietic stem cell transplantation: consensus presented at the First Meeting on Brazilian Hematopoietic Stem Cell Transplantation Guidelines - Brazilian Society of Bone Marrow Transplantation, Rio de Janeiro, 2009]. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(3):225-39.
2. Ljungman P et al. Allogeneic and autologous transplantation for haematological diseases, solid tumours and immune disorders: current practice in Europe 2009. Bone Marrow Transplantation. 2010; 45 (2): 219–234.
3. Lozano JE, Cuellar F. Trasplante de médula ósea. Revisión de actualidad. Acta Méd Colomb. 1991;16(6):322-33.
4. Rzepecki P, Barzal J, Oborska S. Blood and marrow transplantation and nutritional support. Support Care Cancer. 2010; 18 (2): 57 – 65.
5. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Associação Brasileira de Nutrologia. Projeto Diretrizes: Terapia Nutricional no Transplante de Célula Hematopoiética. 2011.
6. Horsley P, Bauer J, Gallagher B. Poor nutritional status prior to peripheral blood stem cell transplantation is associated with increased length of hospital stay. Bone Marrow Transplantation. 2005; 35: 1113–1116.
7. Thompson JL, Duffy J. Nutrition support challenges in hematopoietic stem cell transplant patients. Nutritional Clinical Practice. 2008;23(5):533-46.
8. Azarnoush S, Bruno B, Beghin L, Guimber D, Nelken B, Yakoub-Agha I et al. Enteral nutrition: a first option for nutritional support of children following allo-SCT?. Bone Marrow Transplantation. 2012; 47: 1191 – 1195.
9. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enfermagem. 2008; 17 (4): 758 - 764.

Apendice A – Cronograma de elaboração do projeto

Projeto
Atividade/ Mês/ Ano		2014	2015
07	08	09	10	11	12	01	02	03	04	05	06
Seleção do tema
Levantamento bibliográfico
Leitura e seleção artigos
Elaboração dos objetivos
Elaboração da introdução
Elaboração dos métodos
Apresentação
Entrega do trabalho escrito

Apêndice B - FICHAMENTO (roteiro estruturado)

	Itens analisados	Descrição
1	Titulo artigo
2	Ano publicação
3	Base de dados
4	Idioma
5	Resultado
6	Conclusão