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Pacientes Submetidos A Hemodiálise

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Por:   •  30/7/2014  •  2.252 Palavras (10 Páginas)  •  598 Visualizações

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Introdução

O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas. Cada sistema, cada órgão, é responsável por uma ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à vida.

Entre os diversos órgãos que compõem o corpo humano, serão abordados ao longo dessa pesquisa os rins, o principal órgão excretor do corpo humano. Estes funcionam como uma máquina perfeita, limpando o sangue e eliminando os produtos metabólicos residuais do corpo.

Insuficiência Renal

O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina – o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.

Em se tratando de os rins, um par de estruturas castanho-avermelhadas, estão localizados no plano retroperitoneal (por trás e por fora da cavidade peritoneal) sobre a parede posterior do abdome, desde a 12ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar no adulto.

O número de pessoas acometidas por doença renal crônica (DRC) tem alcançado índices alarmantes em todo o mundo, constituindo um importante problema de saúde pública. Segundo dados da United States Renal Data System (USRDS), as taxas de incidência continuam a aumentar em todo o mundo, sendo as maiores taxas observadas nos Estados Unidos, Taiwan, Qatar e Japão. De modo semelhante, houve um aumento progressivo da prevalência, com índices mais elevados em Japão, Taiwan e Estados Unidos, e menores em Paquistão e Bangladesh.

No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, o número de clientes em programa de diálise aumenta progressivamente, divulgado no dia 13/07/2000 na Folha de São Paulo, apesar de ser um dos países que apresenta uma das menores taxas mundiais de mortalidade de pacientes que se submetem à hemodiálise,cerca de 17%. Em 1999, 42.695 pessoas eram dialisadas, enquanto, de 2003 a 2004, este número aumentou para 59.153 clientes.

A insuficiência renal sobrevém quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo nem realizar as funções reguladoras. As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em consequência da excreção renal prejudicada, levando a uma ruptura nas funções metabólicas e endócrinas, bem como a distúrbios hídricos, eletrolíticos e ácidos-básicos.

A insuficiência renal aguda (IRA) é caracterizada por uma redução abrupta da função renal que se mantém por períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. É reversível e resulta da diminuição do volume circulante. Em poucos casos, usa-se a hemodiálise como forma de tratamento.

A insuficiência renal crônica (IRC), ou Doença Renal em Estágio Terminal (DRET), é uma deterioração progressiva e irreversível da função renal, na qual fracassa a capacidade do corpo para manter os equilíbrios metabólicos e hidroeletrolítico, resultando em uremia ou azotemia (retenção de uréia e outros resíduos nitrogenados no sangue). A diálise, um dos tipos de tratamento, é iniciada quando o paciente não consegue manter um estilo de vida razoável com o tratamento conservador.

Em determinados casos os rins de alguns pacientes podem perder suas funções. Nesses casos é necessário submeterem-se a tratamentos.Hoje existem três métodos que são aplicados a pacientes que necessitam de tratamentos que substituam as funções dos rins: a diálise peritoneal, transplante renal e a diálise hemodiálise.

A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal.

Existemdois tipos de diálise: a peritoneal e a hemodiálise.

Diálise Peritoneal

Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um cateter especial dentro da cavidade abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma. A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente ao rim.

Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas, são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise. A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal.

Transplante renal

O transplante renal é, atualmente, a melhor forma de tratamento para o paciente com insuficiência renal crônica, tanto do ponto de vista médico, quanto social ou econômico. Ele está indicado quando houver insuficiência renal crônica em fase terminal, estando o doente em diálise ou mesmo em fase pré-dialítica. Existem, contudo, exceções. Doentes podem ser transplantados quando a creatinina sérica estiver ao redor de 7 mg%, o que corresponderia a uma depuração de creatinina ao redor de 10 ml/min. Nestes casos o transplante é realizado de forma mais precoce com o objetivo de se minimizarem os inconvenientes da insuficiência renal crônica, como no caso das crianças, para se evitar o prejuízo do crescimento, alterações ósseas e dificuldades dialíticas ou nos diabéticos para reduzir a incidência das complicações vasculares, cardíacas, oculares e neurológicas.

Diálise Hemodiálise: O que é

A hemodiálise (HD) é um processo pelo qual o excesso de fluidos e toxinas é filtrado mecanicamente do sangue quando os rins não conseguem fazer isso adequadamente.

Quando surgiu

A história da hemodiálise pode considerar-se ter começado, quando em 1830 um físico Inglês chamado Thomas Graham, verificou,

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