CASO CLÍNICO – GESTANTE
Por: Ianogueira • 25/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.428 Palavras (6 Páginas) • 848 Visualizações
CASO CLÍNICO – GESTANTE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Paciete Divina Assunção da Silva, sexo feminino, 21 anos, parda, renda familiar de até 1 salários mínimos, natural Coari, reside no bairro Liberdade.
QUEIXA PRINCIPAL:
Não relatou.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:
Gestante de 39 semanas.
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:
Gestante compareceu a unidade básica Lenny Passos, no dia 13/06/2018 para acompanhamento de pré-natal, onde foi atendida pela medica Yudeima Ledesma, a mesma está na sua ultima semana gestacional, ao avaliá-la, verificou que a mesma encontra-se com Obesidade grave, sendo por esta motiva encaminhada para tratamento nutricional.
HISTÓRIA FAMILIAR:
Não relatou patologias em seus antecedentes familiares.
EXAME FÍSICO:
Bom estado geral aparente, lúcida, orientada, mucosas úmidas e coradas, sem queda capilar.
Peso: 88,8 kg. Altura: 1,57 m.
Com edema nos membros inferiores. Pulsos periféricos palpáveis.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Colesterol Total elevado.
ANAMNESE ALIMENTAR
- Ingestão Habitual: Paciente realiza 4 refeições por dia (café, almoço, jantar e ceia)
- Questionário de frequência alimentar (QFA): Relata consumir muitos doces (guloseimas), Pães, Leite, arroz, frituras, verduras e legumes diariamente.
- Preferências alimentares:
- frutas: Maça, uva, pera, banana, laranja, melancia, abacaxi.
- Verduras: Pepino, Alface, tomate, repolho, jerimum, couve
- Carnes: Todas.
- Pães, torradas, Ovos, arroz.
- Aversões alimentares: jenipapo (fruta); Batata e cenoura (Hortaliças
PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA
A gestação é um período de profundas alterações no metabolismo materno, aumentando as necessidades nutricionais para garantir o adequado crescimento e desenvolvimento fetal. São necessárias adaptações nutricionais para suprir essa necessidade aumentada, podendo ser necessária suplementação de alguns nutrientes, como ferro e ácido fólico.
A gestação altera o metabolismo materno de glicose, aminoácidos e lipídeos e aumenta as necessidades nutricionais maternas.
A obesidade pré-gestacional está associada a maior risco de morte neonatal e maior risco de pré-eclâmpsia.
Foi realizada a recomendação da RDA 1989 (NCR, 1989):
Kcal = PG ideal 30 kcal (Obesidade e fator de risco)
[pic 1]
CARACTERÍSTICAS FÍSICA DA DIETA
Via de Acesso: Será administrado por terapia nutricional oral.
Fracionamento – Será fracionado em seis refeições durante o dia (desjejum, colação, almoço, lanche, janta e ceia), com intervalo de três em três horas.
Temperatura - Adequada a temperatura corporal.
Ingestão hídrica - Será ministrado 1,5mL⁄kcal 3996 mL de líquidos por dia.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA DIETA
Energia: Normocalórica. Paciente em período gravídico não pode perde peso e sim controlar o ganho.
Proteína: Hiperprotéica. Ocorre leve redução (cerca de 10%) na oxidação dos aminoácidos durante a gestação. Como resultado da redução na oxidação dos aminoácidos, a síntese de ureia encontra-se reduzida e os níveis plasmáticos e urinários da ureia nitrogenada declinam, contribuindo para o balanço positivo de nitrogênio mensurado no final da gravidez.
Carboidratos: Normoglicídica. O metabolismo energético na gestação é afetado pelo crescimento fetal e pelas necessidades do organismo materno que se adapta à gravidez. A glicose é o principal substrato energético para o feto e, com o avanço da gravidez, modesto estado de resistência à insulina se desenvolve, mantendo concentrações plasmáticas que favoreçam a difusão na placenta. No jejum, os depósitos de glicogênio hepático materno são mobilizados, aumentando a oferta de glicose pelo fígado. Após a ingestão alimentar, os níveis
glicêmicos permanecem elevados por períodos mais prolongados, caracterizando relativa intolerância à glicose.
Lipídios: Normolipídica. O metabolismo das gorduras apresenta ajustes maiores no terceiro trimestre da gravidez, no sentido de permitir ao organismo materno utilizar lipídios armazenados para a manutenção das necessidades energéticas no estado pós-absortivo. Isso minimiza o catabolismo proteico e preserva a glicose e os aminoácidos para o feto. A mobilização dos depósitos de gordura do tecido adiposo é estimulada, aumentando os níveis plasmáticos de ácidos graxos livres e de glicerol. No fígado, os ácidos graxos livres são convertidos em triglicérides e retornam à circulação na forma de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDLs). O glicerol é o principal substrato para a gliconeogênese, conservando aminoácidos para o feto.
Fibras: 30g de fibra para melhorar o trânsito intestinal.
RECOMENDAÇÕES E ADEQUAÇÕES NUTRICIONAIS
Nutriente | Prescrito(%) | Recomendação(%) | Fonte |
Kcal | 90 - 110 | 100 | OMS |
CHO | 55 - 75 | 60 | OMS |
PRT | 10 - 15 | 18 | OMS |
LIP | 15 - 30 | 22 | OMS |
FRACIONAMENTO DA DIETA
Refeição | VET | CHO(60%) | PRT(18%) | LIP (22%) | Kcal |
Desjejum | 22 | 330,96 | 99,28 | 121,35 | 551,60 |
Colação | 5 | 75,21 | 22,56 | 27,57 | 125,36 |
Almoço | 35 | 526,53 | 157,95 | 193,06 | 877,55 |
Lanche | 12 | 180,52 | 54,15 | 66,19 | 300,87 |
Janta | 21 | 315,91 | 94,77 | 115,83 | 526,53 |
Ceia | 5 | 75,21 | 22,56 | 27,57 | 125,36 |
Total | 100 | 1504,34 | 451,27 | 551,57 | 2507,31 |
DISTRIBUIÇÃO DE MICRONUTRIENTES
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