EDUCAÇÃO ALIMENTAR NA ADOLESCÊNCIA
Por: gbrodrigues • 21/5/2016 • Artigo • 1.825 Palavras (8 Páginas) • 324 Visualizações
EDUCAÇÃO ALIMENTAR NA ADOLESCÊNCIA
RESUMO: A adolescência é a fase implicadora de mudanças em que a alimentação assume grande importância, porém a maioria dos adolescentes não têm o cuidado necessário com a alimentação. Essa falta de cuidado foi provada por meio de uma pesquisa cujo os dados são apresentados no presente artigo. A pesquisa realizada na escola Ildefonso Simões Lopes teve por objetivo identificar os hábitos alimentares dos adolescentes de 13 a 18 anos. Para essa investigação foram aplicados questionários a respeito dos hábitos alimentares dos estudantes, além disso foram realizados cálculos que apontam o Índice de Massa Corporal (IMC) dos adolescentes entrevistados e também foram considerados fatores psicológicos e influências familiares. Apesar da maioria dos adolescentes entrevistados ficarem enquadrados na classificação do peso ideal conforme o IMC, é notável que a educação alimentar é deixada de lado pelos adolescentes, pois os próprios não consideram sua alimentação saudável. Os nutrientes necessários para o desenvolvimento do corpo se encontram em diferentes alimentos, por isso é de extrema importância que exista uma alimentação balanceada na adolescência ao invés do alto consumo de comidas industrializadas.
Palavras chave: Adolescência. Alimentação. Hábitos alimentares. Índice de Massa corporal.
1 INTRODUÇÃO
A adolescência é uma das partes mais importantes na vida de um indivíduo, que envolve diversas transformações e mudanças no corpo. Durante essa fase a alimentação tem de ser um hábito crucial e bem regulado, porém nota-se que muitos adolescentes não dão a devida importância para esse cuidado, bem como consumindo alimentos industrializados em grande quantidade e ignorando os alimentos saudáveis e seus respectivos nutrientes. Existem muitos aspectos que influenciam na relação do adolescente com a alimentação sendo eles culturais e econômicos, além da influência da mídia e família. A falta dessa educação alimentar resulta muitas vezes em distúrbios e doenças alimentares.
O conhecimento e aplicação do Índice de Massa Corporal na adolescência têm uma grande importância, pois através dele será indicado qual é o peso ideal
para aquele individuo de acordo com seu peso, altura e outras particularidades, embora muitos não conheçam a existência desse cálculo seu papel é fundamental para o controle alimentar e uma alimentação balanceada.
O presente artigo tem por objetivo relatar os hábitos alimentares dos adolescentes de primeiro, segundo e terceiro ano da Escola Ildefonso Simões Lopes, através da avaliação feita pela aplicação de questionários que revela os Índices de Massa Corporal dos alunos entrevistados, além de apresentar a porcentagem de jovens que se encontram no peso ideal baseado na classificação da tabela do IMC.
2 O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
O Índice de Massa Corporal (IMC) foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o cálculo mais simples para avaliar o percentual de gordura corporal de uma pessoa considerando seu peso e altura. O cálculo é desenvolvido através da divisão do peso em quilogramas pela altura ao quadrado em metros, obtendo assim o percentual de massa do corpo. Os índices são classificados em: obesidade, sobrepeso, peso normal ou ideal, desnutrição aguda ligeira, desnutrição aguda moderada e desnutrição aguda grave.
Contudo existem exceções no cálculo do IMC, pois ele avalia somente o peso geral da pessoa sem apontar o percentual de gordura e o de massa magra diferenciando os dois. No caso das pessoas que têm uma grande quantidade de massa magra, geralmente os atletas, o IMC precisa ser obtido considerando outros fatores. O IMC de crianças e adolescentes também se encaixam nas exceções pois estes indivíduos se encontram em fase de crescimento e mudam constantemente de peso por isso o sexo e a idade são considerados para obter a classificação consultando o resultado na tabela estipulada pela OMS (Anexo 1).
Na pesquisa realizada com uma amostra de alunos na Escola Ildefonso Simões Lopes, foi calculado o IMC de 90 alunos através dos dados fornecidos. Com isso foi comprovado que 63% dos adolescentes entrevistados apresentam um IMC ideal para sua idade e sexo enquanto 10% apresentam desnutrição aguda, 17,7% sobrepeso e 3,3% obesidade, os outros 5,5% não sabiam seu peso e altura.
É importante ressaltar que a classificação de peso ideal do IMC não aponta que os enquadrados nessa categoria tenham necessariamente uma alimentação
saudável pois o cálculo não fornece informações sobre a distribuição e a proporção da gordura corporal e da massa magra.
Muitas pessoas não têm conhecimento da existência do cálculo do IMC, segundo a pesquisa 77,8 % dos adolescentes entrevistados não sabem o que é IMC. Porém esse cálculo assume uma grande importância no diagnostico de doenças e avaliações físicas.
3 ALIMENTAÇÃO E ADOLESCÊNCIA
A alimentação é o fator determinante para uma boa saúde, pois previne doenças e ajuda no desenvolvimento do corpo, uma alimentação regrada e equilibrada é o caminho para uma vida saudável, mas na adolescência a alimentação assume um papel mais importante e desafiador do que nas outras fases da vida.
A adolescência se caracteriza, em muitos casos, pela grande negligência do indivíduo em relação não só a alimentação como também a outros fatores presentes em seu cotidiano, apesar de ser um tanto convencional a observação de que os jovens têm essa falta de cuidado com suas responsabilidades e deveres, ela baseia-se em conceitos expostos por especialistas como psicólogos e pessoas que convivem com adolescentes, além disso muitas vezes os próprios adolescentes admitem seu descuido em relação a estas obrigações. De acordo com PAIVA, (2010):
Os adolescentes são considerados um grupo de risco nutricional: não se alimentam pela manhã, pulam algumas refeições substituindo-as por lanches e consomem alimentos preparados e refrescos. Na cultura atual, os alimentos e as bebidas tornam-se, progressivamente, mais uniformes.
Na pesquisa realizada, 56,6% dos entrevistados afirmaram que não consideram seus hábitos alimentares saudáveis e 96,6% assegurou que considera a educação alimentar um tópico importante na adolescência, essa controvérsia comprova que até mesmo os próprios adolescentes reconhecem o
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