Fenilcetonúria - Nutrição Materno Infantil
Por: Jrkauffman • 21/6/2019 • Trabalho acadêmico • 732 Palavras (3 Páginas) • 394 Visualizações
Fenilcetonúria (PKU) Materna e Riscos para o Feto Fenilcetonúria
A Fenilcetonúria é considerada um erro inato do metabolismo, sendo uma doença
com padrão de herança autossômico recessivo. Caracterizada pela deficiência da
enzima hepática fenilalanina-hidroxilase, causa o acúmulo do aminoácido
Fenilalanina (FAL) no sangue, que dá origem a alguns derivados, entre eles, o ácido
fenilpirúvico, que aparece em grandes quantidades na urina.
O tratamento da PKU consiste, basicamente, em uma dieta com baixo teor de
fenilalanina, monitorando- se constantemente os níveis desse aminoácido em um
patamar de segurança, e não comprometendo as funções do organismo. A Síndrome
da Deficiência de Fenilalanina, pode levar a sintomas muito graves, portanto, privar o
paciente totalmente deste aminoácido também seria altamente prejudicial. Faz- se
uso, por toda a vida e com acompanhamento profissional, de uma dieta hipoproteica
em associação a uma fórmula específica, contida de todos os aminoácidos essenciais
e isenta de Fenilalanina (FAL).
Bebês nascidos com fenilcetonúria, não apresentam sintomas após o nascimento. Caso não recebam tratamento, podem desenvolver sinais da doença dentro de poucos meses. Os sintomas podem incluir:
• Deficiência intelectual
• Problemas comportamentais ou sociais
• Convulsões, tremores ou movimentos espasmódicos nos braços e pernas
• Hiperatividade
• Alteração no crescimento
• Dermatite atópica
• Tamanho da cabeça pequena (microcefalia)
• Um odor desagradável na respiração da criança, pele ou urina, causado pelo
excesso de fenilalanina no organismo
• Pele clara e olhos claros se comparados com outros membros da família, já que
a fenilalanina não pode ser convertida em melanina.
São reconhecidos três tipos de fenilcetonúria:
• Fenilcetonúria clássica: atividade da enzima fenilalanina-hidroxilase é praticamente inexistente (inferior a 1%) e níveis plasmáticos de fenilalanina
superiores a 20mg/dl;
• Fenilcetonúria leve: atividade da enzima fenilalanina-hidroxilase é de 1 a 3% e
níveis plasmáticos de fenilalanina entre 10 e 20mg/dl;
• Hiperfenilalaninemia transitória ou permanente: atividade enzimática é
superior a 3% e os níveis de fenilalanina encontram-se entre 4 e 10mg/dl; esta situação não demonstra qualquer sintomatologia clínica.
Fenilcetonúria Materna
Altos níveis de fenilalanina em gestantes podem prejudicar o desenvolvimento fetal, por esse motivo, se faz necessário um controle rigoroso dos níveis de fenilalanina da
gestante, assim como uma dieta adequada. Os prejuízos ao feto são inúmeros e muito
RCIU (restrição de crescimento intrauterino), microcefalia, más formações cardíacas congênitas, retardo mental, e aborto.
O excesso de fenilalanina materno atravessa a barreira placentária, e atinge níveis plasmáticos fetais de 1,2 a 1,9 vezes mais altos do que o materno. O sistema hepático fetal, sobrecarregado, tem dificuldades em metabolizar a fenilalanina, o que resultará em um quadro de hiperfenilalaninemia. A hiperfenilalaninemia causa ação lesiva sobre o feto, especialmente sobre o cérebro, com alterações na mielinização, síntese proteica cerebral e na produção de neurotransmissores.
A fenilcetonúria é uma doença hereditária, já que passa dos pais para
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