Os benefícios do consumo de soja para os sintomas da menopausa
Por: debora215607144 • 29/5/2015 • Trabalho acadêmico • 7.407 Palavras (30 Páginas) • 501 Visualizações
SUMÁRIO
1. CAPÍTULO I 11
1.1 Introdução 11
1.2 Conceitos 11
1.3 Justificativa 17
REFERÊNCIAS 18
2. CAPÍTULO II 21
ARTIGO
2.1 Introdução 23
2.2 Objetivo Geral 25
2.3 Objetivos Específicos 25
2.4 Métodos 25
2.5 Desenvolvimento 29
2.6 Considerações Finais 31
Referências 31
CAPÍTULO I
Introdução
Os primeiros registros escritos de soja foram de aproximadamente 3.000 AC, quando o imperador chinês Shengnung descreveu mais de 300 remédios preparados com soja, para cura de doenças humanas1,2,3. A soja pertence à classe das dicotiledôneas, família leguminosa e subfamília Papilionoides, sendo a mais cultivada no mundo a soja (Glycine max (L) Merrill), originaria de duas espécies de soja selvagem que através de cruzamentos naturais, foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China1,2,3. A soja foi cultivada pela primeira vez no Brasil em 1882, hoje segundo maior produtor, estando atrás só dos Estados Unidos, responsável por 50% da produção mundial4,5,6,7.
Além de utilizada pela agroindústria (produção de óleo vegetal e rações para alimentação animal), pela indústria química e de alimentos, atualmente é crescente seu uso na produção de biocombustíveis3,4,6,8,9. Embora a maior parte da produção seja destinada ao consumo animal, este produto foi atualizado tecnologicamente em várias maneiras com o intuito de atrair consumidores interessados em saúde e nutrição, principalmente por causa de suas propriedades funcionais5,6,7,8,10,11.
Atualmente a soja, além de in natura (grão), é encontrada como farinha comum ou tostada inativa; farelo; extrato solúvel de soja ("leite" de soja); em pó (sabor natural, frutas, chocolate, cappuccino); fibra de soja; proteína texturizada de soja (PTS) comum ou saborizada; barras de cereal; shake; crispeis; trufas; drágeas; mistura para bolos, molho de soja (shoyu), pasta fermentada de soja (missô e missôshiru), queijo de soja (tofu em varias versões); grãos de soja descascados (snick); soja crocante saborizada; soja doce caramelizada saborizada; farinha de paçoca com soja; pé-de-moleque de soja; carne vegetal (tipo: hambúrguer, almôndegas, salsicha, empanados, molho tipo bolonhesa, recheios para massas, tipo ravióli (por exemplo); inclusive muitos nas versões diet ou light; e lecitina de soja12, e outros alimentos de conveniência. como uma alternativa nutritiva para produtos de leite de vaca e carne13,14,15.
Tanto a semente de soja, alimento natural, quanto os alimentos integrais derivados da soja, como o leite (extrato de soja), iogurte, queijo (tofu), e pães entre outros produtos, são ricos em proteínas, possui vitaminas, minerais e substâncias semelhantes aos hormônios chamados fitoestrógenos que imitam a ação do hormônio estrogênio13, embora muito menos poderosos, cerca de 1.000 vezes menos16, são capazes de atuar na prevenção de doenças crônico-degenerativas17. Os benefícios à saúde das mulheres na menopausa podem incluir menos sensações de calor, menor risco de osteoporose e proteção contra a doença arterial coronariana17. Algumas pesquisas relatam que muitas mulheres asiáticas que consomem dietas ricas em soja, possuem menos afrontamentos durante a menopausa, bem como apresentam baixa incidência de câncer de mama quando comparado com as contrapartes ocidentais, no entanto, estudos recentes possuem opiniões contrária18,19.
As reduções verificadas na taxa de calores (fogachos) associados com o consumo de soja podem variar de 1,9% para 45%. Estudos sugerem que é necessário pelo menos 2-3 porções de produtos de soja por dia. Isso significa: 500 ml de "leite" de soja por dia; 100g de tofu por dia e de quatro a cinco fatias de pão de linhaça por dia (dependendo da marca)15,20,16.
Além da soja, um dos únicos alimentos vegetais conhecidos que contém proteínas de alta qualidade, é a semente de amaranto, que contém todos os aminoácidos essenciais semelhantes ao encontrado na carne21,22,20. Não obstante, a soja possui muita proteína (quantidade maior que qualquer outro alimento vegetal), de alta qualidade biológica e semelhante à da carne, é facilmente absorvida e digerida, tanto quanto as proteínas do leite de vaca23.
A sua capacidade de cuidar e de prevenir a doença é melhor compreendida ao conhecermos a sua composição: 30% de hidratos de carbono (dos quais 15% é fibra), que consistem de vários oligossacarídeos, sacarose e amido; 18 a 20% de gordura (85% insaturada), entre os quais os ácidos graxos ômega-3; e 2% de fosfolipídeos14,15,24.
São quatro tipos de estrogênios existentes: os produzidos naturalmente no organismo; os sintetizados, utilizados como medicamento; os “xenoestrogênios” ou externos fabricados pelas indústrias químicas e encontrados também em produtos de uso doméstico, e os fitoestrogênios presentes em plantas alimentícias25.
Os estrogênios naturais são originários do colesterol ou acetil coenzima, como parte de um grupo de vários hormônios esteroides lipossolúveis. Em humanos são produzidos nos ovários femininos e nos testículos masculinos e também em outros locais do organismo25.
Dos três tipos de estrogênios não produzidos naturalmente pelo organismo, os fitoestrogenos são considerados mais viáveis por promover importantes benefícios à saúde, a exemplo da isoflavonas de soja e derivados, na alimentação, ajuda na produção do estrogênio natural, constituindo um recurso eficaz para a terapia hormonal, tanto como regulador hormonal na menopausa, quanto em casos de desequilíbrios hormonais8,18,21,25.
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