RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO EM SAÚDE COLETIVA

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

RAPHAEL SEQUEIRA TORRES

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO EM SAÚDE COLETIVA

Rio de Janeiro

2021

RAPHAEL SEQUEIRA TORRES

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO EM SAÚDE COLETIVA

Trabalho final da disciplina de Estágio em Saúde Coletiva, desenvolvido pelo aluno Raphael Sequeira Torres, participante do corpo estudantil da Universidade Veiga de Almeida, orientada a Profª Drª Lúcia Kurdian Maranha.

Rio de Janeiro

2021

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por estar comigo em todos os momentos da minha vida e por ter permitido que eu tivesse saúde e determinação para não desanimar durante a realização deste estágio.

À Ana Alves, por ser uma excelente preceptora, nutricionista e, acima de tudo, uma pessoa com um coração gigante e sempre com boa vontade de ajudar, e a escola Eleva por ter me dado à oportunidade de estagiar.

Os amigos: Anna Carolina Vignoli, Elizabeth Katharina Alves Londe, Luiza Jurado Piay, Hugo Mendes Gonçalves e outros amigos por compartilharem a dedicação, a carga trabalhosa, o aprendizado e a constante vontade de aprender. Além das conversas e sorrisos partilhados.

E agradeço também à professora Lucia Kurdian Maranha, por todo apoio e alegria nessa jornada.

SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................................................................ 01

2. Objetivos ................................................................................................................... 05

3. Desenvolvimento ...................................................................................................... 06

4. Conclusão ................................................................................................................. 10

5. Referencias bibliográficas ....................................................................................... 11

1. INTRODUÇÃO

• O que é Saúde Coletiva

O termo “Saúde coletiva” surgiu em 1970, durante uma reunião com diversas pós-graduações. Naquela época o Brasil vivia condições precárias na área da saúde, sendo acompanhada por inúmeras intervenções sanitárias. A partir do movimento sanitarista, na década de 70, muito passou a ser pensado e repensado quanto à questões da doença, saúde, qualidade de vida e bem-estar. Já em 1979, foi fundada a Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (SOUZA, 2011).

Segundo Paim (1982) e Donnangelo (1983), saúde coletiva envolve “a compreensão da saúde e seus determinantes sociais”, não tendo como foco primordial as doenças e suas consequências, mas busca ir além, por meio da promoção, prevenção e atenção à saúde. O pensamento que norteia a afirmação anterior é que doença não deve ser o destino final de todo o indivíduo, ao contrario, é possível envelhecer com bem estar e qualidade de vida, sempre levando em consideração, não somente cada pessoa, mas sua coletividade, localidade, renda e cultura. Ademais, é importante ressaltar o caráter multidisciplinar dessa área de atuação, já que ela é capaz de envolver diferentes tipos de profissionais, que irão atuar juntos em uma mesma localidade.

Atualmente, de acordo com o artigo 196 da Constituição de 1988 “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”.

Além disso, saúde coletiva pode ser definida como:

“Um conjunto articulado de práticas técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas e econômicas, desenvolvidas no âmbito acadêmico, nas instituições de saúde, nas organizações da sociedade civil e nos institutos de pesquisa, informadas por distintas correntes de pensamento resultantes da adesão ou crítica aos diversos projetos de reforma em saúde” (Paim, 1992).                                            

• Atuação do Nutricionista em Saúde Coletiva

A Saúde Coletiva é uma das áreas de atuação do nutricionista estabelecida pela Resolução 600 do Conselho Federal de Nutrição, de 2018. Nessa área, o nutricionista tem algumas competências gerais, como organizar, supervisionar e avaliar os serviços de nutrição, prestar assistência dietoterápica e educação alimentar e nutricional, além de atuar no controle de qualidade de produtos alimentícios e também participar de inspeções sanitárias.  Essa área de saúde coletiva exige do nutricionista uma formação mais generalista, ou seja, um profissional que precisa atuar em diversos setores, envolvendo a promoção da saúde de uma maneira global. Pode também trabalhar em Políticas (públicas ou privadas) e Programas Institucionais relacionados à alimentação, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN).

Competem ao nutricionista, respaldado pela Lei 8.234/91 que regulamenta a atuação do profissional no exercício de suas atribuições na área de Saúde Coletiva, prestar assistência e educação nutricional a indivíduos e coletividades, sadios ou enfermos, através de ações, programas, pesquisas e eventos, com o objetivo de prevenção de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde (BRASIL, 1991; CFN, 2005).

Essa assistência é prestada por meio do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas, datado de novembro de 2012, sendo um documento que orienta conceitos, princípios e diretrizes que visam a contribuir para a construção de práticas referenciadas a serem traduzidas em eixos, ações e programas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) mais qualificados (BRASIL, 2012).