AÇÃO COLETIVA PARA PRESERVAÇÃO DO RIO APEÚ
Por: GlauciaAirton • 16/5/2016 • Projeto de pesquisa • 2.623 Palavras (11 Páginas) • 522 Visualizações
IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
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“AÇÃO COLETIVA PARA PRESERVAÇÃO DO RIO APEÚ”
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Disciplinas
envolvidas
INTRODUÇÃO
A água desempenha um papel fundamental no desenvolvimento dos seres vivos, em particular da espécie humana. Em suas andanças pelo planeta Terra, o homem sempre se fixou perto da água. Não foi por acaso que as primeiras civilizações surgiram na Mesopotâmia (cuja tradução literal significa “região entre rios”). O mesmo aconteceu com os egípcios, que se fixaram às margens do rio Nilo, que irriga e abastece uma das mais antigas civilizações do mundo.
A água sempre foi uma substância essencial para a vida, sendo utilizada de várias formas: higiene pessoal, preparação de alimentos, na indústria de medicamentos e de gêneros alimentícios, para beber, entre outros. Também participa do metabolismo orgânico, pois todas as reações químicas de nosso corpo ocorrem em meio aquoso. Daí a nossa maior necessidade desse líquido precioso. Cerca de 70% da massa do corpo humano é constituída de água.
Strazzacappa & Montanari (2004) citam que não somos os únicos que dependem da água. As plantas e os outros animais também precisam dela para sobreviver. Esse é um dos motivos por que temos de usá-la de modo consciente, pois não somos os donos do planeta. É dever da humanidade utilizá-la de modo racional, para que se preserve a vida em todo o reino animal e vegetal.
Cerca de 75% da superfície da Terra é coberta por água. Porém, é bom lembrar que nem todo esse volume é encontrado no estado líquido. Em certos lugares, parte dessa água apareceu em forma de gelo (como nos pólos) ou de neve (como em boa parte do ano, nas Cordilheiras dos Andes e do Himalaia). É importante ressaltar que, dos 97,84% de água que se encontram no estado líquido, cerca de 97% estão nos mares e oceanos. Resta-nos, portanto, muito pouco da chamada água doce (isenta de sal comum) no estado líquido para o consumo social.
O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce do planeta, ou seja, dos 113 trilhões de m³ disponíveis para a vida terrestre, 17 milhões foram reservados ao nosso país. Entretanto, a utilização desse recurso não está sendo feita de forma racional, pois os rios que atravessam os centros urbanos são alvos de poluição feita por esgotos, resíduos tóxicos, lixo e entulhos que são carreados pelas chuvas. “Jogar águas servidas diretamente num rio sem prévio tratamento traz sérios prejuízos ao curso d’água, ao meio ambiente e à saúde.” (Strazzacappa & Montanari, 2004).
Segundo Zampierom & Vieira (2006), a poluição das águas se faz de vários modos, como: a) poluição térmica: descarga de efluentes a altas temperaturas, b) poluição física: presença de material em suspensão, c) poluição biológica: descarga de bactérias patogênicas e vírus, e d) poluição química: pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização.
Dentro desse contexto, na cidade de Castanhal encontra-se vários rios que estão em péssimo estado de conservação. Entre esses, destaca-se o rio Apeú, alvo desse projeto por ter sido, há alguns anos atrás, fonte de recursos de sobrevivência para a população local, além de área de laser para os munícipes castanhalenses. Porém, a modernização e a construção de habitações próximas à sua margem, ocasionaram a maior liberação e acúmulo de poluentes lançados no rio, bem como a redução de seu fluxo. Portanto, faz-se necessário um levantamento e análise dos principais agentes poluidores, para uma posterior campanha de educação ambiental junto aos moradores da área.
JUSTIFICATIVA
O conceito de meio ambiente está definido na Lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente) como o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Ora, se o conceito de meio ambiente nos traz a idéia de elementos e fatores em equilíbrio, a poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos) produzidos por microorganismos, ou lançados pelo homem na natureza, forem superiores à capacidade de absorção do meio ambiente, provocando alterações nas condições físicas existentes e afetando a sobrevivência das espécies.
Conhecendo o que é poluição, surge a necessidade de uma educação que possa amenizar os problemas agravantes em que o meio está inserido. O termo já existe há algum tempo: Educação Ambiental, que é dever e direito de toda a sociedade; mas, as escolas, por serem pólos irradiadores de conhecimento e de aglutinação da comunidade, têm um papel muito importante, o de formadora de uma consciência ecológica da comunidade escolar e, em conseqüência, da comunidade local.
Diante deste contexto, o presente projeto tem como alvo os alunos da segunda e terceira série do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Clotilde Pereira, que possui uma comunidade de diferentes faixas etárias que vai desde os 9 aos 60 anos aproximadamente. São pessoas que podem contribuir com a preservação ambiental, desde que sejam devidamente informadas e inseridas no projeto de preservação e restauração do meio.
As pessoas que observam o rio se perguntam: a vila centenária de Apeú, depende do rio para sua subsistência? A água do rio causa doenças? Há como reduzir esse processo de poluição, que vai desde simples saquinhos de papel até os mais perigosos poluentes tóxicos, como os pesticidas, garrafas pet, detergentes e lixo que os próprios moradores da vila jogam na nascente do rio?
Sendo assim, faz-se necessário uma ação coletiva de conscientização para preservação do rio Apeú, que começará com a comunidade escolar para então chegar à comunidade local. A clientela das escolas precisa de incentivos, de aulas mais dinâmicas e não há nada melhor que trabalhar situações e condições do meio em que vive, do processo em que estão inseridos.
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