A Dentística Operatória Classificação das Cavidades
Por: Gabriel Tavares • 23/12/2019 • Resenha • 3.329 Palavras (14 Páginas) • 589 Visualizações
Dentística operatória
Classificação das cavidades:
Quanto à finalidade:
- Terapêutica (diretas): preparo em condições de receber material restaurador direto.
- Protética (indiretas): cavidade cujo objetivo é servir de suporte de uma peça protética.
De acordo com o numero de faces envolvidas (classe I, classe II, classe III, classe IV, classe V);
Classe I:
- Oclusal de pré-molares e molares, cicatrículas e fissuras;
- 2/3 oclusais da face V dos molares inferiores;
- 2/3 oclusais da palatina dos molares superiores;
- Palatina dos incisivos e caninos superiores;
Classe II: Dentes posteriores com envolvimento da face proximal (marginal).
Classe III: Face proximal dos dentes anteriores sem comprometimento do ângulo incisal
Classe IV: Face proximal dos dentes anteriores com envolvimento do ângulo incisal
Classe V: terço gengival ou cervical das faces V e L de todos os dentes
Paredes: são os limites internos da cavidade
Paredes circundantes: aquela que circunda a cavidade
Parede de fundo: são as paredes correspondentes ao assoalho da cavidade. Se divide em parede pulpar e axial
- Parede de fundo pulpar: parede que se apresenta perpendicular ao longo eixo do dente ou paralela a face oclusal.
- Parede de fundo axial: parede na face proximal do dente na qual vamos preparar
Ângulos: linha ou ponto resultante da união de duas ou mais paredes
Ângulos diedros: são formados pela união de duas paredes da mesma cavidade denominada pela combinação dos seus respectivos nomes. Podem ser 1º, 2º ou 3º grupo.
- 1º grupo: união de duas paredes circundantes (V, L, P, M, D).
- 2º grupo: união de uma parede circundante com uma de fundo (V, L, M, D com axial ou pulpar).
- 3º grupo: formada pela união das paredes de fundo da cavidade (axial e pulpar). ESSE TIPO DE ÂNGULO SEMPRE DEVE TER PREPARO PROXIMAL.
Ângulos triedos: formado pelo encontro de três paredes denominadas pela combinação de seus respectivos nomes.
Ângulo cavo superficial: formado pela junção das paredes da cavidade com a superfície externa do dente.
INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS: (complementar ação dos instrumentos rotatórios)
Espátula de inserção: inserir a resina na cavidade
Condensadores: condensar o amálgama sobre a cavidade
Cinzéis: Planificam e clivam o esmalte das paredes vestibulares e linguais de todos os dentes.
Enxadas: Alisam as paredes cavitárias por tração. Não cortam.
Machados: Função p/ esmalte: cortam e planificam esmalte das paredes V e L das caixas proximais das cavidades de classe II. Função p/ dentina: confeccionam retenção incisal em classe III.
Recortadores de margem gengival: Aplainam o ângulo cavo-superficial e arredondam o ângulo áxio-pulpar.
Formadores de ângulo: formar ângulos
Colheres de dentina (curetas): Remoção de tecido cariado.
OBS: RETIRAR SEMPRE ESMALTE SEM APOIO DE DENTINA ANTES DE FAZER QUALQER RESTAURAÇÃO
INSTRUMENTOS CORTANTE ROTATÓRIOS
BAIXA ROTAÇÃO - (micromotor, peça reta, contra-ângulo): 500 a 15.000 RPM - muita pressão e melhor controle táctil.
- Remoção de tecido cariado
- Refinamento de preparos cavitários
- Acabamento e polimento de restaurações
ALTA ROTAÇÃO: 100.000 a 500.000 RPM - pouca pressão.
- Penetração em esmalte
- Abertura de preparos cavitários
Agem por:
- Desgaste (pontas diamantadas que são indicadas para abertura e contorno)
- Corte (pontas laminadas).
FORMA DA PONTA ATIVA DAS BROCAS:
- Esférica
- Troco cônica invertida (base do cone para a extremidade)
- Formato de pêra
- Cilíndrica
- Tronco cônica (voltada p/ colo – base do cone para a haste)
UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS
- TORQUE: "Capacidade do instrumento em resistir à pressão pelo contato do instrumento com a superfície, sem que seu movimento seja interrompido".
- CONCENTRICIDADE: "É a simetria entre a ponta ativa, o intermediário e a haste do instrumento".
- CALOR FRICCIONAL: "Proveniente da energia cinética do atrito do instrumento com o elemento dental". A refrigeração (água) jogada do motor controla a elevação da temperatura e mantem o campo operatório limpo.
ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO: O isolamento pode ser absoluto ou relativo. Sempre optar pelo absoluto quando possível. Vantagens do isolamento absoluto: melhor visualização do dente (devido ao contraste com lençol de borracha), afastamento gengival, proteção dos tecidos, evita infecções (contaminação) e acidentes de trabalho (tanto para paciente quanto para profissional), ausência de saliva (auxilia na melhor adaptação dos materiais restauradores, evitando a contaminação da saliva).
Limitações:
- Dentes que não erupcionaram suficientemente
- Alguns dentes terceiros molares
- Dentes mal posicionados
- Pacientes com asma ou dificuldade respiratória
- Tempo de colocação (em media de 3 a 5 minutos)
- Custo
- Resistencia por parte de alguns pacientes
Grampos: servem para estabilizar a borracha junto aos dentes com grande variedade de formatos. Os dentes incisivos: 210 a 212. Pré-molares: 206 a209 e molares 200 a 205.
Protocolo clínico:
- Testar contatos interproximais com o fio dental
- Testar o grampo selecionado com a pinça porta grampo.
- Demarcar com uma caneta as posições das perfurações na borracha
- Realizar as perfurações na borracha. O perfurador possui uma plataforma giratória com furos de diâmetros diferente.
- Lubrificar a borracha voltada para o tecido gengival para facilitar a colocação do lençol e evitar que o mesmo rasgue.
- Lubrificar o lábio do paciente para evitar ressecamento
- Colocar o grampo sempre voltado para distal e o dique de borracha
- Fazer o procedimento clínico necessário.
Isolamento relativo: Consiste na colocação de rolos de algodão e sugador de saliva. Indicado para casos que não for possível realizar o isolamento absoluto, diagnostico de cárie, restaurações provisórias, procedimentos clínicos de curta duração.
PRINCÍPIOS GERAIS DOS PREPAROS CAVITÁRIOS PARA AMÁLGAMA (classe I e II)
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