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O Marpes Odonto Orto

Por:   •  28/10/2022  •  Resenha  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  112 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A discrepância transversa da maxila é uma condição relativamente comum em pacientes adultos que procuram tratamento ortodôntico. Essa discrepância, geralmente, resulta em mordida cruzada posterior uni ou bilateral, crescimento alveolar vertical excessivo, forma do arco maxilar afilado estreito, palato profundo e estreito, espaço excessivo no corredor bucal, desgaste dentário anormal e desvios mandibulares funcionais e posicionais. (

O tratamento desta condição frequentemente requer a disjunção maxilar, sendo este procedimento previsível em pacientes pré-púberes. Neste estágio, dispositivos para expansão rápida da maxila (ERM) são um tratamento comum para a deficiência transversal da maxila e, convencionalmente, envolve a instalação de um aparelho de expansão palatina, conhecido como expansor dento-suportado, nos dentes posteriores superiores. O expansor exerce força bilateral para induzir a expansão ortopédica, que ocorre quando a força adequada é aplicada por tempo suficiente. Tendo como resultado, principalmente em indivíduos em fase de desenvolvimento (pré-púberes) a expansão ortopédica da maxila.

No entanto, em adolescentes e adultos a aplicação de técnicas de ERM é controversa. A maturidade esquelética e o concomitante aumento da interdigitação da sutura tornam separação ortopédica mais difícil.Clique ou toque aqui para inserir o texto. Além disso, a aplicação de dispositivos de ERM pode resultar em efeitos colaterais indesejáveis, porque a o estresse mecânico é transferido para as estruturas dentoalveolares e periodontais, os efeitos adversos tornam-se mais evidentes principalmente nos dentes utilizados como ancoragem. Esses incluem redução da espessura do osso alveolar, inclinação vestibular dos dentes, fenestração ou deiscência óssea, reabsorção radicular e recessão gengival.

Dessa forma, a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) é um tratamento orto-cirúrgico que visa separa a sutura palatina mediana cirurgicamente antes da expansão ortodôntica da maxila. Entretanto, devido aos custos, riscos e potenciais complicações inerentes ao procedimento, essa opção terapêutica nem sempre é a escolhida.

A expansão rápida da maxila assistida por miniparafusos (do inglês - miniscrew-assisted rapid palatal expander - MARPE) é um procedimento que utiliza um dispositivo rígido que transfere a força de expansão diretamente para o osso basal para permitir uma disjunção em pacientes pós-púberes. O dispositivo é exclusivamente ósseo ou dente-osso (híbrido), fixado por meio de miniparafusos colocados próximos à sutura palatina média. Em vez de aplicar força apenas nas coroas dos dentes, MARPE exerce estresse mecânico diretamente no osso basal da maxila, no centro de resistência esquelética do palato, visando maximizar os movimentos esqueléticos desejados. Quando comparado às técnicas convencionais de ERM, o MARPE reduz o risco de compensações dentoalveolares e efeitos indesejáveis em pacientes pós-púberes. Quando comparado ao ERMAC, o MARPE é uma técnica mais simples e tem menor impacto nos resultados relatados pelo paciente e custos mais baixos, e a mudança de um protocolo analógico completo para a incorporação de um fluxo de trabalho digital provou ser possível. Além disso, revisões sistemáticas recentes foram produzidas sobre MARPE, embora sua qualidade metodológica e evidências ainda precisem ser avaliadas criticamente.Clique ou toque aqui para inserir o texto.

REVISÃO DA LITERARTURA

Expansão Rápida da Maxila e MARPE

O primeiro dispositivo de expansão rápida de maxila foi desenvolvido por Angell em 1960 . Os temores dos otorrinolaringologistas da época não permitiram que a nova tecnologia fosse incorporada à práticaClique ou toque aqui para inserir o texto.. Os entusiastas europeus da ortopedia dos maxilares trouxeram à tona a técnica com base nos trabalhos disponíveis na literatura e a American Orthodontics mostrou interesse pela técnica quando Clique ou toque aqui para inserir o texto. realizou o procedimento em porcos e comprovou a existência dos eventos microscópicos implicados ao procedimento.

Desde então outros dispositivos, com desenhos variados, foram propostos com o mesmo propósito: uma alternativa para corrigir má-oclusões associadas a discrepância transversa da maxila.

Fatores relacionados ao sucesso da MARPE

Baseado nos estudos histológicos realizados há um consenso que a utilização da ERM convencional deveria ser limitada a indivíduos menores de 15 anos, embora existam relatos de expansão rápida do palato convencional bem sucedida em adultos jovens. Os estudos tem apontado uma taxa de sucesso da MARPE variando entre 84 a 87%.

Alguns preditores para a separação da sutura palatina mediana com MARPE têm sido propostos. Enquanto a idade, o comprimento do palato e o estágio de maturação da sutura palatina mediana foram correlacionados negativamente, o padrão esquelético vertical e sagital, a razão de densidade da sutura palatina mediana e o sexo não foram relacionados com a separação da sutura . Foi relatado que as taxas de sucesso da MARPE entre indivíduos de 15 a 19 anos, 20 a 29 anos e 30 a 37 anos foram de 83,3%, 81,8% e 20%, respectivamente Clique ou toque aqui para inserir o texto. . (CANTARELLA et al., avaliou retrospectivamente 15 pacientes e observaram que a idade não foi um fator para o sucesso da separação das suturas com MARPE. Estes autores observaram que a sutura pterigopalatina foi separada após a MARPE e concluíram que a expansão maxilar seria limitada quando não ocorresse a separação completa do processo piramidal da placa pterigóide. Nos casos de expansão assimétrica, diferenças na geometria dos arcos zigomáticos e separação da sutura frontomaxilar foram propostas como fatores influenciadores. Logo, além da densidade óssea e do estado de maturação em que a sutura se encontra, a complexidade óssea da região também podem ser preditores do sucesso da técnica.

A corticotomia ao longo da sutura palatina mediana foi proposta como medida facilitadora da separação da sutura com a utilização de MARPE. No entanto, após certa o início da separação, foi observada que a resistência à expansão voltou a ocorrer, o que indicou que a sutura palatina média não é a única fonte de resistência. Portanto, este procedimento provavelmente não é indicado em pacientes que necessitam de uma maior quantidade de expansão. Com base nos achados controversos, a taxa de sucesso da separação da sutura palatina média e a estabilidade dos miniparafusos requerem mais estudos.

Entre os 69 pacientes tratados

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