Odontologia
Por: 123456thiana • 30/5/2015 • Trabalho acadêmico • 730 Palavras (3 Páginas) • 407 Visualizações
Buber (1987) designa que a comunidade não é um espaço vinculado somente à ordem natural, aos laços sanguíneos e aos contrastes com a sociedade. Pois, aponta que
[...] a sociedade, regulada pelo princípio utilitário e por relacionamentos externalizados, dê lugar a uma nova comunidade, baseada na ‘lei intrínseca da vida’, no ‘principio criativo’, e em relações emanadas da livre escolha das pessoas e não de ligações consangüíneas (p.17).
Desta forma, a comunidade reflete a sociedade e a sua dinamicidade, o que a distingue do todo social. É “um espaço de mediação entre as pessoas (e sua vida familiar), o município e a sociedade, além de ser um lugar de reconhecimento e de confirmação da identidade pessoal dos moradores” (Góis, 2005, p. 62).
A comunidade é uma forma que possibilita transformações na sociedade por meio da ação conjunta, da cooperação, da solidariedade. Ao se trabalhar com a comunidade, nota-se seu caráter preventivo e educativo, como também a capacidade de desenvolver potencialidades individuais, grupais e coletivas (Sawaia, 1996).
A comunidade, para Góis (2005), é um lugar de moradia e convivência efetiva entre os moradores, que estabelecem laços afetivos e um sentimento de pertencimento. Estes moradores vivenciam as mesmas dificuldades, necessidades, problemas so-
ciais e representações sociais, num território que é compartilhado e delimitado geograficamente, ocorrendo uma identificação com o lugar e com as pessoas.
Há quatro categorias do sentimento comunitário que são destacados por McMillan e Chavis (in García et al., 2002):
– A primeira categoria refere-se a um sentimento de pertencimento que o morador sente na comunidade em que está inserido. Caracteriza-se pela segurança emocional, que facilita que o morador se vincule afetivamente ao lugar quando este é seguro. Relaciona-se também ao pertencimento e à identificação do morador com a comunidade, local onde compartilha uma mesma realidade social. A partir desta identificação com as pessoas e os lugares, pode ocorrer à intervenção pessoal, que é a forma como os moradores atuam nesta comunidade.
– A segunda categoria denomina-se influência, que é a capacidade que o morador tem de influenciar a vida comunitária e de ser influenciado por esta.
– Na terceira categoria ocorre a satisfação das necessidades pessoais e coletivas dos moradores de forma cooperativa, sendo assim designada de integração e satisfação de necessidades.
– A última categoria chama-se conexão emocional compartilhada, pois os símbolos que são compartilhados pelos moradores da comunidade têm um significado especial para estes.
Giuliani (2004) também ressalta três processos que podem gerar um sentimento de apego: o primeiro refere-se à satisfação das necessidades da pessoa no local, havendo assim predominância dos componentes cognitivos e de sua relação funcional com o ambiente.
O segundo relaciona-se com os significados dos lugares a nível simbólico e/ou físico em relação à identidade da pessoa. E o terceiro, retrata-se um grande período de residência e familiaridade, com ênfase nas questões emocionais, no sentimento de segurança e no bem estar que propicia as pessoas.
Portanto, fatores estressantes como assaltos, a insegurança, criminalidade,
...