Resenha Libâneo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE- UFS

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAÚDE - CCBS

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA- DOD

PÓS- GRADUAÇÃO – PRODONTO

MÔNICA CHRISTINE ALVES CABRAL CARDOSO

RESENHA CRÍTICA

O ENSINO DE GRADUAÇÃO NA UNIVERSIDADE – A AULA UNIVERSITÁRIA

Aracaju, SE

2019

"Integrar os aspectos material/ formal do ensino e, ao mesmo tempo, articulá-los com os movimentos concretos tendentes à transformação da sociedade, 
eis os propósitos da pedagogia crítico-social dos conteúdos."

José Carlos Libâneo

Professor da Universidade Católica de Goiás, no Programa de Pós-Graduação em Educação. Membro do Conselho Editorial das seguintes revistas: Olhar de Professor (UEPG), Revista de Estudos Universitárias (Sorocaba), Educativa (UCG), Espaço Pedagógico (UPF), Interface- Comunicação, Saúde e Educação (Unesp Botucatu). Parecerista da Revista Brasileira de Educação e Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Membro do Conselho Editorial da Editora Unijui. 

José Carlos Libâneo é o criador do termo Pedagogia crítico social dos conteúdos, seus pensamentos estão relacionados à teoria da educação, didática, formação de professores, ensino e aprendizagem, organização e gestão da escola. Atualmente, desenvolve pesquisas dentro da teoria histórico-cultural.

 (http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=338)

“O Ensino de Graduação na Universidade – A Aula Universitária” é um texto que tem como objetivo apresentar considerações e reflexões sobre parâmetros de qualidade do ensino e da gestão de unidades de ensino superior diante das mudanças que vem ocorrendo na sociedade e no mundo conhecimento e da formação profissional.         A obra possui importantes perspectivas sobre as teorias do saber docente e suas contribuições para a formação de novos professores.  

O ENSINO DE GRADUAÇÃO NA UNIVERSIDADE – A AULA UNIVERSITÁRIA

Mônica Christine Alves Cabral Cardoso

Em “O Ensino de Graduação na Universidade – A Aula Universitária” trata- se de um texto elaborado para discussão sobre Princípios e Diretrizes para o Ensino de Graduação na XII Semana de Planejamento Acadêmico Integrado da UCG – no período de 3 a 5 de fevereiro de 2003. Na vice-reitoria para assuntos acadêmicos – VA – Universidade Católica de Goiás.

Na obra pôde- se observar as definições das funções da universidade. Dentre elas, transmitir e criar conhecimentos nos diferentes campos da atividade intelectual, de modo a propiciar aos estudantes o acesso ao saber científico (aquisição de conhecimentos básicos) e aos meios intelectuais para produzir conhecimentos novos (processos do pensar teórico-científico e pesquisa); formar intelectuais capacitados para lidar de forma rigorosa, com o saber científico e tecnológico, ou seja, formar o futuro profissional para os diferentes setores de atividade da sociedade de modo a transformar-se num intelectual produtivo e criativo. E combinar o ensino e a pesquisa, de modo que os alunos desenvolvam competências de pensar com rigor e criatividade e de atuação produtiva e crítica nos contextos de trabalho profissional.

Baseado no equilíbrio entre a qualidade de ensino de graduação e a dedicação e trabalho docente em sala de aula. O autor descreve como o processo de ensino vai muito além do que se vê nos planos institucionais e projetos pedagógicos. Diante da nova configuração da modernidade, o docente encontra o desafio de associar o ensino a pesquisa, e desenvolver conceitos e habilidades que agreguem valores para o exercício da profissão no mercado de trabalho.

│ “a universidade existe para que os alunos aprendam conceitos, teorias;     desenvolvam capacidade e habilidades; formem atitudes e valores e se

 realizem como profissionais-cidadãos.”

É através das atividades de ensino que os objetivos como qualidade cognitiva, operativa e social das aprendizagens devem ser alcançados. Não se aceita que as universidades tenham o caráter de ensinar apenas a disciplina. Hoje, se preza por docentes que influenciem seus alunos a pensar além. Preparar cidadãos e influenciar as suas vidas de forma positiva.

Saber se o conteúdo está sendo passado de forma correta e possibilitar o entendimento do aluno, também gera a qualidade de ensino. Ou seja, além de aprender conceitos e habilidades, os valores pessoais e profissionais também devem ser de suma importância para a criação de cidadãos responsáveis.

É na sala de aula que o professor tem o maior contato com o aluno. Dessa forma, passa a visão do mundo, das relações sociais e profissionais. Deve ensinar além da disciplina, a forma de como devem se comportar, seguindo sempre a ética.

       │ “A ideia é introduzir nos cursos de graduação espaços de reflexão conjunta, trocas de experiência, formas de negociação e tomada de decisões coletivas.”

O ingresso na universidade é uma etapa de transição na vida dos estudantes. É a porta de entrada para a vida adulta e o início para assumir responsabilidades reais. Em breve serão formados novos cidadãos e ingressarão na sociedade de forma profissional. Sendo assim, existe o pensamento de que a universidade é o local para se ter experiências não só profissionais, como também, pessoais. Deve ser o local que promova mudanças ou afirmações sobre determinadas situações que se leva para a vida.

O texto do professor José Carlos Libâneo, aborda problemáticas em algumas universidades do país, através de depoimentos que revelam o olhar dos alunos em relação à docência. Como exemplo, podemos citar:

   │ “Muitos professores conhecem muito bem sua matéria, mas não são educadores, não ligam para o aluno.”

Dessa forma, podemos perceber que o aluno da instituição não admite que o professor seja somente o intermediador entre o conteúdo e o aluno. Hoje, preconiza-se que além de ensinar o conteúdo de forma tradicional, o professor seja um modelo em que o aluno possa se inspirar, como esse depoimento a seguir, que mostra como professores motivados inspiram os alunos a serem futuros profissionais motivados: