A Doença de Notificação Obrigatória
Por: camylla112 • 23/5/2022 • Trabalho acadêmico • 817 Palavras (4 Páginas) • 153 Visualizações
PARATUBERCULOSE
Doença de notificação obrigatória
Etiologia: Mycobacteriu avium subsp. Paratuberculosis (conhecida pela abreviatura Map).
A bactéria é semelhante mais não é a mesma que causa tuberculose.
A paratuberculose também conhecida como doença de Johne é uma importante enfermidade bacteriana, cosmopolita, infecto-contagiante e incurável, causa inflamação severa e crônica da parede do intestino (enterite granulomatosa crônica). Acomete geralmente animais jovens devido ao não desenvolvimento completo de seu sistema imune.
A paratuberculose tem importância sócio-econômica e possível envolvimento em saúde pública; afeta principalmente ruminantes domésticos, e pode ser considerada como uma das doenças infecciosas de maior impacto para ruminantes em vários países.
Foi relatada pela primeira vez no brasil em uma vaca holandesa, importada da Bélgica para o estado do Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1915, e publicada em 1960. A doença está se dispersando por vários estados brasileiros por dois motivos: primeiro, pelo grande número de bovinos infectados no Brasil devido à importação de animais infectados, oriundos de países nos quais há registros da ocorrência da doença; segundo, em virtude do amplo comércio de animais entre as diversas regiões do país.
O sistema de criação intensivo ou semi-intensivo dos animais, práticas de manejo-higiênico-sanitárias deficiente, formas de disponibilização de água, que geralmente é açude, pastos com fezes de animais contaminados e a viabilidade da bactéria por até 12 meses no ambiente ou mais, se houver muitas fezes (favorece seu prolongamento como infectantes), se tornando fatores de risco muito importantes e que devem ser levados em consideração das estratégias de controle e profilaxia.
A indícios de que o Map cause ou participe de uma enfermidade intestinal humana denominada ileocolite granulomatosa ou doença de Cronh e já foi relatado a presença desta em produtos crus e pasteurizados, bem como produtos de origem animal, porém a OIE não considera a paratuberculose como zoonose. Sua importância se da de forma econômica devido à diminuição da produção leiteira, emagrecimento contínuo, baixa eficiência reprodutiva, descarte do animal com consequente diminuição do valor da carcaça dos animais infectados.
O Map não produz toxina e não causa danos celulares, sua virulência está associada ao fato de que a bactéria sobrevive ao processo de destruição intracelular pelas células de defesa do intestino, pois se proliferaram dentro dos macrófagos, ficando “protegida” da resposta imune do hospedeiro e dos tratamentos com antibióticos convencionais.
TRANSMISSÃO: Sua principal via de infecção é a orofecal pela ingestão de colostro, leite ou água contaminada com fezes de animais infectados. Os bezerros geralmente se infectam nos primeiros meses de vida, os cordeiros de cabritos nos primeiros 30 dias.
Essa infecção ocorre principalmente na hora da amamentação por conta do contato direto com o úbere contaminado com fezes, que contenha Map, há ainda a possibilidade de a mãe, portadora crônica da bactéria, passar via placentária para a cria. Sendo esse um fator de risco muito importante, pois ao se infectar o animal adulto pode apresentar-se de forma assintomática, disseminando a bactéria no rebanho e predispondo animais jovens.
PATOGENIA: O Map provoca uma intensa reação inflamatória granulomatosa na mucosa intestinal, levando ao colabamento das vilosidades intestinais, deixando a mucosa mais espessa, acarretando em uma diminuição da absorção dos nutrientes (Síndrome da Má Absorção), diminuição da vascularização e drenagem linfática, diarreia e consequentemente emagrecimento progressivo.
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