Manejo reprodutivo
Por: Marianamansanoo • 4/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.472 Palavras (6 Páginas) • 382 Visualizações
Eficiência reprodutiva
A eficiência reprodutiva é um parâmetro que contribui para a eficiência do rebanho, a eficiência do rebanho, que é fortemente influenciado pela ambiência, pela genética e pelo regime de manejo.
A interação ambiente e animal é de suma importância. Ao se avaliar o ambiente deve-se considerar os fatores biológicos, climáticos, físicos, químicos e sociais e as possíveis interações entre si e com os animais. Esses fatores servirão de suporte para que os animais possam expressar plenamente suas capacidades produtivas.
Dentre os diversos fatores, ressaltam-se: a disponibilidade e qualidade da água; a quantidade e distribuição de chuvas; à qualidade e disponibilidade das forragens; a taxa de lotação; a possibilidade de dominância entre os indivíduos; a maior ou menor intensidade do fotoperíodo; a temperatura ambiente; a radiação solar; a umidade do ar e do solo. Esses fatores podem interferir, direta ou indiretamente, com o consumo de alimentos e a saúde dos indivíduos o que certamente repercute no desempenho reprodutivo e no desfrute dos rebanhos dos rebanhos. Ressalta-se que, uma vez, a capacidade biológica dos indivíduos; as condições de ambiente, os custos de produção e os mercados sejam favoráveis deve-se buscar a maximização da eficiência reprodutiva.
Manejo Reprodutivo
Os fatores a serem influenciando no manejo reprodutivo são:
- Puberdade e Maturidade Sexual
- Ciclo estral e estro
- Rufião
- Condição Corporal (CC)
- Anestro, pós-parto e intervalo entre partos.
- Estação do Ano
- Condição Corporal
- Suplementação alimentar
- Puberdade e Maturidade Sexual
A puberdade é definida como a idade em que o animal se torna sexualmente capaz de se reproduzir. Nas fêmeas, a puberdade coincide com o aparecimento do primeiro estro clínico, acompanhado de ovulação.
A idade em que os animais atingem a puberdade varia entre raças, dentro da mesma raça e com o manejo nutricional e sanitário do rebanho. A puberdade poderá ser influenciada pelo desenvolvimento corporal, fotoperíodo, latitude e temperatura.
Recomenda-se cobrir ou inseminar artificialmente as fêmeas caprinas jovens, pela primeira vez, em função do peso vivo corporal quando elas atingirem, pelo menos, o equivalente a 60,0 % do peso das matrizes adultas. Com relação ao manejo nutricional, o maior ganho de peso durante a fase de aleitamento favorecerá a entrada precoce na puberdade e as fêmeas que exibem os primeiros estros, normalmente, são mais pesadas do que aquelas que não entram em estro no primeiro ano de vida. Nas fêmeas caprinas de zonas tropicais e subtropicais, a puberdade aparece, entre cinco e 12 meses de idade.
- Ciclo Estral e estro
Os ciclos estrais em podem ser classificados como curtos (com duração inferior a 17 dias), normais (duração entre 17 e 24 dias) ou longos (duração superior a 24 dias).
Na exploração extensiva, quando os animais são mantidos em pastagem nativa, verifica-se que a época de maior atividade sexual coincide com o período chuvoso, e este fato está possivelmente relacionado com a maior disponibilidade quantitativa e qualitativa de forragem.
- O estro, denominado de cio, é o período do ciclo estral em que a fêmea está receptiva para ser fecundada.
Durante o estro, as fêmeas apresentam:
- Inquietação
- Movimento da cauda,
- Berra com frequência
- Apresentam vulva edemaciada e hiperêmica
- Corrimento de muco pela vagina
- Redução no apetite
- Diminuição na produção leiteira
- O período de estro dura tem uma duração média de 36horas, de 16 a 32 horas é o momento ideal para inseminar.
DEVE-SE MANTER UMA ATENÇÃO NESSE PERÍODO, POIS ELE DEFINERÁ O SUCESSO DA IA !!!!!
- Rufião
São animais submetidos a técnicas cirúrgicas, que os tornam inférteis ou incapazes de realizar a cópula. Para este propósito, devem-se utilizar animais saudáveis e jovens pela função que irão exercer. Deverão ser usados por um período de três a quatro anos na identificação de fêmeas em estro. Entre as técnicas utilizadas para transformar um animal em rufião, está a vasectomia, que consiste na retirada de um pedaço do canal deferente, impedindo a saída dos espermatozoides dos testículos, o que, como consequência, resulta na ausência desses no ejaculado. Esse tipo de técnica é muito utilizado em pequenos ruminantes. Outra técnica que se pode citar é o denominado desvio do pênis, que consiste no deslocamento deste pelo tecido subcutâneo e a colocação daquele em um ângulo de 60º em relação à posição natural. Nesse caso, o animal realiza a monta, mas não consegue realizar a cópula.
Outra alternativa, para obtenção de rufião, é a androgenização de fêmeas jovens e saudáveis, que consiste na aplicação do hormônio testosterona. O uso dos rufiões pode ser feito de três formas. Primeiro, é utilizada uma tinta marcadora no peito dos animais, para que, ao saltarem sobre a fêmea, esta fique identificada. Segundo, observa-se diretamente a rufiação em apriscos ou piquetes. Esta deverá ser realizada duas vezes ao dia, no início da manhã e no final da tarde, durante um período mínimo de 30 min. Uma terceira possibilidade é mesclar as duas anteriormente descritas, em que os rufiões são expostos às fêmeas no final da tarde, permanecendo com estas até a manhã do dia seguinte.
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