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O Referencial Teórico Imunoterapia Antitumoral

Por:   •  26/2/2020  •  Relatório de pesquisa  •  951 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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Referencial teórico

Imunoterapia Antitumoral

A imunoterapia pode ser definida como a prevenção e/ou o tratamento de doenças através da indução, aumento ou supressão da resposta imune contra determinados patógenos ou células neoplásicas. Existem diversos métodos que podem ser usados para atingir os objetivos da imunoterapia, que incluem a imunoterapia ativa (vacinação), imunoterapia passiva, uso de imunoglobulinas e anticorpos monoclonais, imunoterapia específica para alergenos e imunoterapia para o câncer. (SHAHANI et al, 2012)

A utilização de componentes do sistema imunológico no combate ao câncer ainda não é utilizada amplamente em tratamentos clínicos, pois muitos aspectos desta interação permanecem desconhecidos. Apesar de haver um conhecimento consistente sobre as respostas imunológicas aos mais diversos agentes patogênicos, esta relação com o câncer se mantém, ao menos em partes, incompreendida. Diferentes fatores contribuem para a dificuldade do entendimento da “relação” entre o sistema imunológico e o crescimento tumoral, e destas, algumas relacionam-se `a elevada instabilidade genética das células neoplásicas (R. Martin, et. Al.11993).

A capacidade do sistema imune de identificar as células neoplásicas e diferenciá-las de células normais ocorre através de mecanismos como o reconhecimento de antígenos tumorais por linfócitos TCD8+. Além disso, as células NK, através de diferentes receptores, também são capazes de realizar essa diferenciação (TIZARD, 2009). Apesar desses mecanismos de detecção de células anormais, os tumores são capazes de evadir do sistema imune, fator que limita a eficiência da imunoterapia (WITHROW; MacEWEN’S, 2013).

A imunoterapia tumoral incide na utilização dos elementos do sistema imunológico para eliminar ou neutralizar células tumorais e os fatores que beneficiem a sobrevivência tumoral. Aplicando estratégias com base na imunidade adaptativa foram desenvolvidos vários meios de estimular as respostas imunes antitumorais, como por exemplo, a vacinação antitumoral, a transferência adotiva de células imunes (linfócitos) (Arosa et al., 2012).

As vacinas para câncer são a forma mais ativa de imunoterapia, porque agem ativamente sobre o sistema imune e são específicas para aquele tumor. Existem várias formas de vacinas antitumorais com células ou lesados tumorais, peptídeos derivados de antígenos tumorais. Podem utilizar modificações genéticas nas células tumorais que as levem a expressar moléculas de membrana que estimulam os linfócitos T, ou secretem citocínas. O alvo do tratamento com vacinas anticâncer é induzir a resposta imune antitumoral levando a regressão tumoral ou das metástases (Felizzola C. E.,2008)

Uma ferramenta que tem sido amplamente estudada é a infusão de células do sistema imune de doadores saudáveis para ajudar no combate às células tumorais. (EL-JURDI et al, 2013) Essas células são consideradas as principais apresentadoras de antígeno para linfócitos T. uma célula dendrítica fenotipicamente imatura é capaz de fagocitar células apoptóticas e necróticas (por exemplo, células tumorais) e antígenos solúveis em geral. As células dendríticas também são capazes de ativar linfócitos B para sintetizar anticorpos contra antígenos tumorais por um processo ainda não muito bem esclarecidos (Dallal & Lotze,2000). O infiltrado tumoral recebe as células dendríticas circulantes do sangue ou células mononucleares que se diferenciam em células dendrítica devido a ação das citocinas e a fagocitose de antígenos associados ao tumor. Após a fagocitose, a célula amadurece e processa o antígeno apresentando-o ao linfócito T promovendo sua ativação nos órgãos secundários (Alters et al., 1997).

Pelo fato de poderem matar células transformadas, as células NK representam uma promissora ferramenta no tratamento do câncer. Sua função é administrada pelo equilíbrio entre sinais de estimulação e inibição promovidos por receptores de superfície. Avanços na terapia com células NK exigem o aperfeiçoamento de métodos e técnicas para se obter um número adequado de células efetoras, através de ativação adicional, modificações genéticas, entre outras técnicas, e assim potencializar sua capacidade antitumoral. (SHOOK; CAMPANA, 2011).

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