Os Estados de Consciência
Por: hamayanne • 18/5/2015 • Monografia • 2.478 Palavras (10 Páginas) • 265 Visualizações
Estados de Consciência
-Música Leve (Clássica)
-Luz Clara
Vão entrando, um a um, os personagens e permanecem no palco.
1ª Pessoa: Vivemos, pensamos e trabalhamos- Eis o que é positivo. E que morremos, é mais certo ainda.
Mas, deixando a terra ,para onde vamos? Estaremos melhores ou piores? Deixaremos de existir? Ser ou não ser, eis a questão: Viveremos eternamente, ou tudo se acabará de vez?
2ª Pessoa: Todo homem experimenta a necessidade de viver, de gozar a vida, de amar e ser feliz. Diga àquele que está à beira da morte, que sua hora ainda não chegou porque ele tem muito ainda a fazer, diga-lhe que ele será mais feliz do que porventura o tenha sido, e o seu coração se encherá de alegria.
3ª Pessoa: Haverá algo de mais desesperador do que o pensamento da destruição absoluta? Afeições caras, inteligência, progresso, saber adquirido, tudo despedaçado, tudo perdido! De nada nos serviria, portanto, qualquer esforço no sofreamento das paixões, de fadiga para nos instruímos, de devotamento à causa do progresso, se nada disso aproveitássemos no futuro. Diz-nos uma secreta intuição, porém, que isso não é possível.
4ª Pessoa: Pela crença em o nada, o homem concentra todos os seus pensamentos, toda a sua energia no aqui e agora. Logicamente, não se explicaria a preocupação de um futuro que não se espera. Esta preocupação exclusiva do presente conduz o homem a pensar somente em si mesmo é, pois, o mais poderoso estímulo ao egoísmo.
1ª Pessoa: Viajando no nada, gozemos a vida... Afinal, ela é muito curta! Se você não curte o hoje, chega a morte e babau!...
2ª Pessoa: Chega a morte e te leva pra casa do nada, tudo vira pó...Ilusão...não fica nem lembrança. Quem guarda as relíquias do defunto?Fotos, livros, coisas?Ninguém quer saber. Pois é, morreu acabou. Sacou?!
3ª Pessoa: Bom, eu ouvi dizer que quando a gente parte desta vida, nós nos juntamos ao todo Universal. Somos absorvidos por esse todo. Então, todos nós teremos um futuro após a morte.
4ª Pessoa: Cruzes! Não sei o que é pior: O nada ou essa absorção nesse tal todo. Quer dizer, todos nós viramos absorventes, sem nome, sem identidade, sem nada...
1ª Pessoa: Ouvi falar de coisa melhor, segundo as religiões quem é bom vai pro céu e quem é mau vai pro inferno.
2ª Pessoa: Resta saber, quem é tão bom para merecer o céu. Porque na condição de ralé da maldade, o planeta inteiro pode se candidatar, com sucesso, ao inferno.
3ª Pessoa: Estudando as várias teses sobre o futuro da humanidade, tem uma de perspectiva bem lógica, racional e justa. É a proposta da Doutrina Espírita, onde o homem constrói o seu próprio futuro, o seu próprio destino.
-Blackout
-As personagens saem
-Música Suave
-Luz Clara
-Entram em cena duas personagens.
Melissa (séria)- Bate na madeira Joana. Sai pra lá com essas histórias...
Joana (esclarecendo)- Melissa, somos espíritas. Sabemos que a morte é só uma passagem para a vida mais plena.
Melissa (irritada)- Tudo bem, tudo bem. Eu sei disso: Conheço a Doutrina Espírita.
Mas, se a morte é descanso, prefiro viver cansada.
Joana (sorrindo)- Quem falou em descanso Melissa? Temos é que trabalhar muito para garantir um futuro espiritual melhor, dessa forma não temeremos a morte.
Melissa (nervosa)- Na verdade acho que temor da morte é suave, eu tenho mesmo é pânico. Já pensou nessas mortes coletivas? Desastres de avião, de ônibus, terremotos, maremotos? Meu Deus, já pensou na dor de cada um somada no coletivo?
Joana (concordando)- De fato, deve ser momentos de grande aflição. Mas, sabe que quem está mais preparado nem sente essa dor que imaginamos? São retirados do ambiente,antes mesmo que tudo se consuma.
Melissa (insistindo)-Sei não Joana, penso igualzinho a uma amiga da minha Avó: A dor da morte é tão grande que a pessoa morre.
Joana ( rindo)- Você é demais Melissa, é uma espírita diferente.
Melissa (convicta)- Diferente nada, sou igualzinha a todo mundo. Tá lembrada que até o Chico Xavier pagou aquele micão, achando que o avião ia cair?
“Valei-me Meu Deus do Céu! Valei-me minha Nossa Senhora!”
-Black Out
-Luz Clara
-Poesia:
Vida
(Índio Tamoio do Prado-Chico Xavier)
Se vida é ter a gente a alma retida
No cárcere do corpo de tal sorte
Que a ele fique assim sempre rendida
Então a vida não é vida, é morte!
Se morte é o eximir-se a alma do forte
Grilhão da carne alando-se em seguida
Para o alto céu num rápido transporte
Então a morte não é morte, é vida!
Se vida é, da alma, a escravidão que a humilha,
Treva que envolve a estrada que palmilha;
Se morte é a mutação de sua sorte
E a volta sua, livre, à luz perdida
Por que esse apego que se tem à vida?
Por que esse medo que se tem da morte?
-Black Out
-Luz Clara
-Entram no ambiente pessoas em vestes leves ao ritmo de música bem suave.
Personagem Um:
O céu! Ah, o céu!
O que é o céu?
Onde fica?
Quem o habita?
O que fazer para chegar ao céu?
Personagem Dois:
O Céu ou o Empíreo, o paraíso, a morada divina, o lugar da Glória Eterna é o espaço onde vive o Criador cercado de seus anjos.
Personagem Três:
Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos.
Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão- estar no sétimo céu- para exprimir perfeita felicidade.
Personagem Quatro:
A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além desta é a morada de Deus, a habitação dos que o contemplam face a face.
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