Os Nervos da Cabeça
Por: Isabella Cruz • 2/10/2017 • Trabalho acadêmico • 2.533 Palavras (11 Páginas) • 795 Visualizações
Nervos da Cabeça
A anatomia clássica descreve 12 pares de nervos cranianos, embora os dois primeiros não sejam nervos periféricos. Eles originam-se do encéfalo e são numerados em sentido rostrocaudal (nervo olfatório, nervo óptico, nervo oculomotor, nervo troclear, nervo trigêmeo, nervo abducente, nervo facial, nervo vestibulococlear, nervo glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório, nervo hipoglosso). A esses doze pares clássicos deve ser acrescentados os nervos terminais (provenientes da cavidade nasal) e o nervo vomeronasal (proveniente do órgão vomeronasal), ambos associados ao nervo olfatório.
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Nervo Olfatório
Se refere apenas aos órgãos dos sentidos, responsável por transmitir os estímulos olfatórios da cavidade nasal até o encéfalo.
Suas fibras partem das células olfatórias, situadas na mucosa olfatória da cavidade nasal, e reúnem-se em feixes que atravessam a lâmina crivosa do etmoide e terminam no bulbo olfatório, situado na extremidade dorsal do encéfalo.
Nervo Óptico
O nervo óptico medeia o órgão do sentido da visão e é, na verdade, um trato encefálico que conecta a retina ao diencéfalo. Se refere aos órgãos dos sentidos, responsável pela condução dos estímulos visuais até o encéfalo.
Originam-se na retina e atravessam a área crivosa da esclera, situada no quadrante inferolateral do bulbo do olho.
Nervo Oculomotor
Inervam os músculos oculares, função motora.
Tem como função o controle da movimentação do globo ocular,da papila e do cristalino . Ele deixa a cavidade do crânio passando pela parte dorsal do forame orbitorredondo. Neste ponto divide-se em dois ramos, dorsal e ventral. O ramo dorsal é o menor dos dois e penetra no músculo reto dorsal, inervando-se e tambem ao musculo retrator do bulbo e reto dorsal e curva-se ventralmente, passando entre o nevo óptico e o músculo retrator do bulbo.
Nervo Troclear
Emergem dos núcleos trocleares no tegumento mesencefálico, da cavidade craniana pela porção dorsal do forame orbitorredendo.
Possui função motora; inervam o musculo orbicular do olho.
Nervo Trigêmeo
O nervo trigêmeo, o maior dos nervos cranianos, emerge da face lateral da raiz motora. Ele possui tanto fibras sensitivas como fibras motoras que auxiliam no controle da mastigação (ramo motor) e na percepção sensorial da face, seios da face e dentes (ramo sensitivo).
O gânglio trigemial se situa uma prega dural no osso petroso. Quando o nervo deixa o gânglio trigeminal, ele se divide em três ramos principais: Nervo Oftálmico, Nervo Maxilar e Nervo Mandibular.
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Nervo Oftálmico
Passa rostralmente, lateral à hipófise, em uma bainha dural comum com os nervos maxilar, troclear e abducente. Os nervos deixam a cavidade carniana e adentram a orbita através do forame redondo ou da fissura orbital, respectivamente. Ele está intimamente relacionado ao seio cavernoso e, em ruminantes, no suíno e no gato, à rede admirável epidural. Após entrar na orbita, o nervo oftálmico se divide em: Nervo Lacrimal, Nervo Frontal, Nervo Nasociliar (Nervo Etmoidal e Nervo Infratroclear).
Nervo Lacrimal
O nervo lacrimal origina-se do ramo zigomaticotemporal, corre na extensão do musculo reto lateral do bulbo do olho, para inervar a
glândula lacrimal, a pele e a túnica conjuntiva do ângulo temporal do olho.
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Nervo Frontal
Sua origem é variável, derivado mais frequentemente do tronco do nervo oftálmico. Passa rostralmente sob a periórbita dorsal para os músculos obliquo dorsal e reto dorsal do bulbo do olho.
Ele inerva a pele e a conjuntiva da pálpebra superior, o ângulo medial do olho e a testa.
[pic 4]
Nervo Nasociliar
É o maior ramo do nervo oftálmico. Ele passa rostralmente ao nervo óptico antes de cruza-lo para alcançar a face medial da orbita.
Nervo Etmoidal
Atravessa o forame etmoidal em sua reentrada na cavidade craniana. Ele inerva a mucosa olfatória com fibras sensoriais e envia ramos para o seio frontal e para o teto da cavidade nasal até o ápice nasal.
Nervo Infratroclear
Corre na extensão da face medial da orbita até o ângulo medial do olho, onde inerva a conjuntiva, a terceira pálpebra e as carúnculas lacrimais.
Nervo Maxilar
O nervo maxilar é consideravelmente mais forte que o nervo oftálmico. Ele é sensorial para a pálpebra inferior, mucosa nasal, dentes superiores, lábio superior e nariz. Relaciona-se intimamente com o gânglio pterigopalatino parassimpático, o qual se posiciona na direção medial ao nervo em seu curso através da fossa pterigopalatina, onde se divide em: Nervo Zigomático, Nervo Pterigopalatino, Nervo Infraorbital.
Nervo Zigomático
Corre na face lateral da orbita e inerva pele das regiões temporal e frontal, juntamente com os nervos lacrimal, frontal e auriculopalpebral.
Nervo Pterigopalatino
O nervo pterigopalatino emerge da face profunda do nervo maxilar e prossegue rostralmente até se dividir em: Nervo nasal caudal, Nervo palatino maior e menor.
Nervo Nasal Caudal
Penetra no forame esfenopalatino e, ao atingir a cavidade nasal, divide-se em três ou quatro ramos que se distribuem nas conchas etmoidais, na concha nasal ventral no septo nasal.
Divide-se em ramos medial e lateral, os quais proporcionam inervação para o septo nasal e para a mucosa nasal das conchas nasais ventrais e para os metaos ventral e médio.
Nervo Palatino Maior
Corre ventralmente e, na altura do túber maxilar, emite o nervo palatino menor, que se distribui no palato mole. Inerva a mucosa do palato duro.
Nervo Palatino Menor
Penetra no forame palatino caudal e atinge a face ventral do palato ósseo. Inervação sensorial do palato mole.
Nervo Infraorbital
É a continuação direta do nervo maxilar. Ele entra o canal infraorbital pelo forame da maxila e reaparece rostralmente na face através do
forame infraobrital. Projeta ramos alveolares para os dentes molares da maxila e inerva a pele do nariz, a pele e a mucosa do focinho e o lábio superior.
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