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Resenha Isolamento e Identificação

Por:   •  19/12/2021  •  Resenha  •  1.629 Palavras (7 Páginas)  •  162 Visualizações

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Deygiane Theodoro Xavier                                                                                                      202087102

Resenha da aula “Isolamento e identificação de substâncias em extratos vegetais”

Nos laboratórios que trabalham com plantas medicinais deve-se haver a caracterização de extratos, isolamento de substâncias e purificação de produtos naturais. Para a obtenção de extratos iniciais para os primeiros estudos de biomonitoramento, o primeiro procedimento que deve ser feito com essa planta é a secagem (desidratação) e a moagem (para aumentar a superfície de contato), de forma que posteriormente permita usar vários lotes dessa planta para a extração.  Nessa etapa, deve-se atentar ao principio ativo da planta quanto a temperatura que será utilizada. Usa-se o desumidificador de ambientes para secagem das plantas e conservação do seu principio ativo. Recomenda-se não lavar as plantas, ter cuidado com as ervas aromáticas e suas estruturas secretoras. Deve-se retirar a umidade, mantendo a temperatura baixa, usar prateleiras e finas camadas revolvidas periodicamente e o armazenamento deve ser feito por no máximo seis meses, nas mesmas condições de temperatura e umidade e ao abrigo da luz.

Na maceração, o objetivo é aumentar a superfície de contato com o solvente e consequentemente retira dos constituintes da planta para o solvente. A planta é colocada em um recipiente em contato com o solvente, por determinado tempo.  É necessário revolver o recipiente de tempos em tempos.  Outro método é a utilização do aparelho como Soxhlet. Nesse aparelho o soluto é colocado em um cartucho e o solvente em um balão aquecido. Ele sofre ebulição, evapora e passa pelo soluto, retirando-se os metabólicos secundários. O composto entra em um condensador, sendo resfriado e retorna ao balão.  Há também outro método extrator chamado de percolação, onde há uma torneira e por ela o extrato goteja.

Após as etapas anteriores usa-se o aparelho rotavapor onde se coloca o extrato adquirido nas etapas anteriores em um balão que fica girando em um banho-maria de no máximo 40º C, para não injuriar caso haja substâncias termolábeis, nesse aparelho há uma bomba de vácuo que está puxando a substância aumentando o vácuo dentro do sistema, ocorre à ebulição do solvente que evapora e vai para outra região do aparelho que provoca a condensação e o solvente é recolhido em um balão e volta novamente para a maceração, esse ciclo é repetido.

Para a retirada do extrato retirado da planta nas etapas anteriores, usa- se o método de extração que pode ser extração aquosa, hexânico, metanólico e de óleo essencial. Os extratos hexânico e metanólico são retirados na maceração. O hexânico é feito com o solvente hexano que é apolar e o metanólico que é um solvente mais polar. Após é feita uma extração aquosa. Essa extração é feita utilizando o liofilizador, o qual retira a água e deixa apenas o pó da planta. O processo de liofilização ocorre da seguinte forma: a água que está em um recipiente do aparelho congelada é convertida do estado sólido para vapor através da sublimação. A água que ainda está ligada aos solutos é convertida em vapor e removida do produto por dessorção.  

 Na extração de óleo essencial pode ser feita por hidrodestilação feita a partir do aparelho chamado de Clevenger. Nesse método de extração o material vegetal permanece em contato com água em ebulição aquecida, através de uma manta de aquecimento, onde o vapor faz com que as paredes celulares se abram e óleo que está entre as células evapore junto com a água que vai para o condensador, onde é resfriado e separado por diferença de densidade. No aparelho de Clevenger é conectado a um recipiente contendo o material vegetal e o solvente.

O extrato hexânico acusa mais substâncias de 40-60 minutos, o extrato metanólico extrai tanto substâncias polares quanto apolares, o aquoso acusa mais substâncias polares. Há então as seguintes partições: partição hexânica, partição de cloro, partição acetato de etila, partição butanol e resíduo aquoso.

A cromatografia possui como princípio básico a separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma fase estacionária (líquido ou sólido) e uma fase móvel (líquido ou gás). As principais técnicas cromatográficas são: cromatografia por adsorção (“sólido-líquido”) e cromatografia líquida de alta eficiência – CLAE/HPLC, cromatografia gasosa, cromatografia em camada fina (plana), cromatografia em coluna.

A cromatografia de adsorção (“sólido-líquido”) baseia-se nas diferentes afinidades adsorventes da superfície da fase estacionária pelas moléculas da substância a separar. Na cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE/ HPLC) há o bombeamento do eluente entre as micropartículas da coluna, com detecção por UV, principalmente. Na cromatografia gasosa utiliza-se o gás hélio em coluna capilar de até 0,15 mm de diâmetro interno e até 100 mm de comprimento. Na cromatografia em camada fina (plana) as substâncias são retidas pela adsorção sofrida na superfície da fase estacionária, colocada sobre um dos lados de uma placa de vidro ou metal. Por fim, na cromatografia em coluna utiliza-se uma coluna de vidro aberta na parte superior e munida de uma torneira na extremidade inferior, por onde sai o líquido (eluído) por gravidade ou bombeamento. A fase estacionária está dentro da coluna e é constituída por um enchimento sólido, o qual pode separar por exclusão, onde a fase solida é constituída por diferentes tamanhos de partículas, ou por troca iônica, com utilização de resinas.

Além da amostra é necessário calcular o índice de retenção o qual é usado para padronizar o material através do uso de padrão de hidrocarbonetos (obtenção dos tempos de retenção nas condições de sua análise cromatográfica), através dele vai ser possível comparar com outros trabalhos. Em resumo, toda fez que se trabalha com uma substância, se trabalha tanto com a fragmentação quanto com o índice de retenção.

Falando agora das análises espectométricas para identificação de substâncias isoladas: após conseguir isolar uma substância, deve-se provocar essa molécula com vários fatores físico-químicos de forma que ela responda no espectro. Então, após isolar a molécula, leva-la para a cromatografia e constatar que está isolada, após esses passos é feita a identificação onde a primeira coisa a ser feita é observar o ponto de fusão, para isso coloca-se a substância em pó em um prato que vai aquecendo e com uma lupa vai se observando, quando ele passar a líquido marca-se a temperatura do ponto de fusão da substância analisada. Essa etapa é importante para que se possa comparar com a literatura.  

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