Resumo Doenças Parasitárias Veterinária
Por: Ana Júlia Thoma • 17/11/2021 • Resenha • 1.438 Palavras (6 Páginas) • 205 Visualizações
PARASITOSES DE EQUINOS
Sinais clínicos: manifestações lentas e progressivas, debilidade, desnutrição, enfraquecimento, distensão abdominal, pelos opacos, anemia, irritação, prurido, diarréias, cólica e óbito. Em potros: desenvolvimento retardado.
Diagnóstico: OPG (valor referencia 200), esfregaço, necropsia, técnica de Baermann, coprocultura.
Tratamento: albendazol, febendazol, levamisol, pamoato de pirantel, ivermectina (ação em larvas hipobióticas), moxidectina (Cyathostominos resistentes), abamectina, closantel.
Esquemas de tratamento: supressivo (intervalo 4-8 semanas) ou curativo (animais com OPG alto e baixa condição física)
ENDOPARASITAS
- Reto: Strongylus
- Colon: Strongylus e Oxyuris
- Ceco: Strongyloides
- Fígado: Fasciola
- Intestino: Anoplocephala, Parascaris e Strongyloides
- Estomago: Gastrophilus, Habronema e Trichostrongylus
- Pulmões: Dictyocaulus
HABRONEMA
- Localizado principalmente no estomago.
- SC: pelagem opaca, febre, síndrome cólica, lesões cutaneas.
- Lesões podem regredir no inverno e recidivar no verão.
- Ovos e larvas raramente encontradas nas fezes.
- Patologia: habronemose gástrica (assintomática, pode provocar granulomas eosinofílicos e ulcerações) habronemose cutanea (cernelha, olhos, penis, entre as patas e boca, aspecto granulomatoso) habronemose pulmonar (nódulos pulmonares).
- Diagnóstico: achados clínicos, identificação de larvas (xenodiagnóstico, lavagem gástrica, biópsia), necropsia, PCR, coproparasitológico (centrífugo e Baerman).
PARASCARIS
- Localizado principalmente no intestino delgado.
- SC: tosse, secreção nasal, pelos opacos e arrepiados, apatia, perda de peso, retardo de desenvolvimento, diarréia, cólica, distúrbios nervosos.
- Patologia: hemorragias subpleurais, edema e congestão pulmonar e hepática, líquido sanguinolento na cavidade pleural. Parasitas podem causar obstrução intestinal, se houver ruptura ocorrerá peritonite.
- Epidemiologia: femeas prolígeras (200 mil ovos/ano), ovos resistentes de 6m-7a, verão acima de 39 graus perda de infectividade dos ovos.
- Imunidade protetora se desenvolve lentamente (jovens mais prevalentes)
- Animais mais velhos: infecções subclínicas (portadores)
- Diagnóstico: coproparasitológico (Willis-Mollay ou Sacarose – menor plasmólise e distorção de ovos), necropsia.
ANOPLOCEPHALA
- HD: equinos HI: ácaros
- Localizados preferencialmente na válvula ileo-cecal e cólon.
- SC: diarréia, apatia, perda de peso, pelos arrepiados, retardo desenvolvimento, CÓLICA, geralmente caráter subclínico.
- Patologia: intussucepção, torção, rupturas, lesões ulcerativas, edema, congestão, edema de vasos linfáticos, obstrução, peritonite.
- Responsável por 20% das cirurgias abdominais.
- Prevalencia depende do tipo de pastagem, microhabitat, estação climática, tipos e acidez do solo.
- Diagnóstico: coproparasitológico, sorologia (ELISA e RIFI), necropsia.
STRONGYLUS (vulgaris, equinus, edentatus) e PEQUENOS ESTRONGILOS (cyasthostominos)
- Localizados geralmente no ceco e cólon.
- Espécies diferenciadas pelo formato dos dentes.
- S. edentatus – nódulos sob peritonio visceral. PPP 322 dias
- S. equinus – subserosa de ceco e colon, nódulos no fígado, pancreas e cavidade peritonial. PPP 265 dias
- S. vulgaris – ciclo pulmonar – aneurismas, arterites e trombos em artérias mesentéricas.
- SC: falta de desempenho, perda de peso, ANEMIA, cólica por arterite, febre, diarréia súbita, taquipneia e taquicardia.
- Patologia: arterite, trombose, espessamento de parede arterial, isquema, vólvulo ou torção, intussuscepção, ulceração em ceco e colon, ENTERITE CATARRAL HEMORRÁGICA.
- Epidemiologia: em regiões subtropicais os ovos eclodem o ano todo, éguas são principais fontes de infecção para jovens, jovens são mais susceptíveis, ampla utilização de anti-helmínticos reduz população de S. vulgaris, pequenos estrongilos (resistencia múltipla)
- Diagnóstico: SC (US transretal), coproparasitológico, coprocultura e necropsia.
Trichostrongylus axei
- Localizados no estomago.
- SC: infecções mistas, perda de peso, diarréia, apatia e anemia.
- Patologia: gastrite e enterite, escarificação da mucosa, hiperemia e infiltração de linfócitos e eosinófilos.
- Diagnóstico: coproparasitológico e cultura de larvas.
STRONGYLOIDES
- Localizados no intestino delgado.
- Somente femeas são parasitas, ovovivíparas.
- Ciclo biológico: reservatórios de larvas nos tecidos subcutaneos, migrando para glandula mamária no início da lactação, ingestão de L3 (migração pela mucosa oral ou esofago e atinge circulação), PPP 3-10 dias.
- Formas de contaminação: penetração ativa na pele, fecal-oral, auto-infecção, colostro/leite.
- SC: diarreia em potros, dermatites, pisoteamento/claudicações, retardo desenvolvimento, alterações respiratórias, apatia, perda de peso, pelos opacos.
- Patologia: pneumonia alérgica, hemorragia pleural, ID edemaciado, visolidade com aspecto “rombudo”, dermatite.
- Diagnóstico: sinais clínico, coproparasitológico, necropsia.
OXYURIS
- Localizados no intestino grosso.
- SC: febre, PRURIDO ANAL, queda de pelos na região perianal, irritabilidade, lesão em cauda, subclínica quando em cargas parasitárias pequenas.
- Patologia: COLITE ULCERATIVA.
- Epidemiologia: ovos resistentes ao meio ambiente, transmissão ocorre pela contaminação de alimentos, alta pluviosidade.
- Diagnóstico: fita gomada (ovos e cordões aderidos), coproparasitológico.
Dictyocaulus arnfield
- Localizados em bronquios e bronquíolos.
- SC: tosse cronica, taquipneia e expiração forçada, doença pulmonar cronica (DPOC). Grande maioria são assintomáticos)
- Patologia: processo inflamatório em bronquios e bronquíolos com infiltrado, enfisema pulmonar, muco excessivo, ovos e larvas em muco traqueal.
- Epidemiologia: animais jovens, larvas se propagam através de fungos.
- Diagnóstico: sinais clínicos e coproparasitológico (técnica de Baermann).
...