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Toxocariose canina

Por:   •  21/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.451 Palavras (6 Páginas)  •  850 Visualizações

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Toxocariose canina

Agente etiológico – Toxocara canis.

Classe Nematoda,

Superfamília Ascaridoidea,

Gênero Toxocara.

É um grande verme branco com até 18 cm de comprimento nas fêmeas e até 10 cm os machos.

Verme de cabeça elíptica e grandes asas cervicais, boca circundada por três grandes lábios. Não há cápsula bucal e o esôfago não tem bulbo. No macho a cauda tem apêndice estreito e asas caudais. Ovo castanho escuro e subglobular.

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Toxocara canis (cão) e Toxocara cati (gato) são parasitas cosmopolitas que afetam aproximadamente, de 10% dos cães e gatos adultos, a 25% dos cachorros e gatinhos menores de três meses. 

Localização predileta = Intestino delgado

Hospedeiros – Cães e raposas

Distribuição geográfica – Mundial

Ciclo de Vida

Uma vez eliminados com as fezes, os ovos evoluem no meio ambiente e forma-se, no seu interior, um embrião que se transforma posteriormente numa larva. Em poucos dias (28-32), se as condições ambientais forem favoráveis, o ovo adquire uma capacidade infectante tanto para o cão/ gato como para outros hospedeiros acidentais possíveis, como o Homem, roedores, etc., podendo sobreviver no meio ambiente, e permanecendo viáveis até mais de dez anos. 

O ciclo é bastante complexo havendo a possibilidade de quatro modalidades de infecção.

[pic 7]

  1. Ciclo básico ou típico de ascarídeo
  • O ovo contendo a larva L3 é infectante e em temperaturas ideais eliminado quatro semanas após a infecção.
  • Após ingestão e eclosão no intestino delgado as larvas seguem pela corrente sanguínea através do fígado até os pulmões, onde ocorre a segunda muda e retornam estas larvas pela traquéia para o intestino, onde acontecem as duas últimas mudas.
  • Esta forma de migração de ascarídeo ocorre regularmente apenas em cães com cerca de 2 a 3 meses de idade.
  • Após os 4 a 6 meses quando o cão já possui certa imunidade a larva do parasita passa a ter uma migração somática por vários tecidos como coração, fígado, pulmões, cérebro, musculatura esquelética e paredes do trato alimentar.

  1. Ciclo paratênico

Basicamente ocorre a mesma sequencia, porém o animal ingere o hospedeiro paratênico que está infectado com o ovo larvado.

  1. Ciclo transmamário
  • O filhote ao ingerir o colostro ou o leite se infecta e a larva vai direto ao intestino
  1. Ciclo transplacentário
  • Os fetos se infectam através da placenta quando três semanas antes do parto as larvas migram para os pulmões do feto, onde sofrem muda pouco antes do parto.
  • Após o nascimento as larvas continuam a migração até atingir os intestinos e sofrem as últimas mudas.
  • Uma vez infectada uma fêmea abriga larvas suficientes para infectar todas as ninhadas subsequentes, mesmo que nunca mais contraia a infecção.
  • Algumas larvas ao invés de irem para o útero completam a migração normal na cadela e os vermes adultos resultantes causam um aumento transitório porém, acentuado no número de ovos nas fezes durante as semanas que se seguem ao parto.

Patogenia

  • Normalmente em infecções moderadas a fase migratória das larvas ocorre sem danos aparentes aos tecidos e os vermes adultos provocam pouca reação no intestino.
  • Em infecções maciças, a fase pulmonar da migração das larvas está associada a processos inflamatórios com pneumonia, às vezes acompanhada por edema pulmonar, os vermes adultos se alimentam competindo com o hospedeiro (quimofagia) causando prejuízos por ser uma ação espoliadora traumática e irritativa causando uma enterite catarral ou mucoide com alteração da secreção e absorção podendo haver diarreias, vômitos, emagrecimento, distensão abdominal, queda do desenvolvimento, pelos secos e também podem provocar obstrução parcial ou total do intestino, impedindo o trânsito normal e com aumento de peristaltismo que causa dor e em casos raros perfuração com peritonite e também bloqueio do ducto biliar.

Sinais Clínicos

  • Nos casos brandos da fase de migração larval nos pulmões pode não haver sintomas.
  • Pela presença de vermes adultos pode haver encolhimento e abaulamento abdominal, com vômitos e diarreias.
  • Vermes inteiros podem ser eliminados nas fezes ou nos vômitos.
  • Nos casos maciços com migração de larvas ocorrem danos nos pulmões com manifestação de tosse, aumento da frequência respiratória e corrimento nasal purulento.
  • A maioria das fatalidades ocorre durante a fase larvária pelos pulmões.
  • Em filhotes com infecção maciça via transplacentária a morte pode sobrevir poucos dias pós nascimento
  • As convulsões nervosas atribuídas a infecções por toxocara são ainda discutíveis.

Diagnóstico

  • Em infecções maciças na fase de migração pulmonar o diagnóstico especulativo só é possível quando baseado na presença de sinais simultâneos de pneumonia em uma ninhada até duas semanas pós nascimento.
  • Ovos nas fezes subglobulares e castanhos com casca espessa e rugosa são característicos da espécie.
  • A presença destes ovos é tão maciça que não há necessidade de métodos especiais para a pesquisa, basta apenas um esfregaço com uma gota de água.
  • Confusão no diagnóstico é possível com Toxascaris leonina que é um pouco menor e sendo a única diferença a presença de um pequeno processo digitiforme na cauda do T. canis visto através de lupa.

       

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Patologia

  • Pela necropsia o animal mostra-se subdesenvolvido com o abdome proeminente e caquético. Há grande número de vermes em maturação nos intestinos e também no estômago.
  • Hemorragias focais podem ser encontradas nos pulmões de filhotes caninos com larvas de T. canis em migração.
  • Em geral são observados focos inflamatórios nos rins, na forma de pontos brancos elevados com 1 a 2 mm de diâmetro no córtex abaixo da cápsula, mostrando ao corte pequenos focos de macrófagos, linfócitos, plasmócitos e alguns eosinófilos, possivelmente contendo larvas.
  • Podem ocorrer em alguns casos granulomas nos olhos inclusive nos homens(crianças)

Epidemiologia

A prevalência é muito variável na maioria dos países mostrando taxas de 5% a 80%.

Os índices maiores de prevalência foram registrados em cães com menos de 6 meses de idade e o menor índice de vermes em animais adultos

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