A Cor Presente nos Corais
Por: Thiago Almeida • 25/8/2018 • Artigo • 447 Palavras (2 Páginas) • 231 Visualizações
A cor presente nos corais é provinda de zooxantelas (espécies de algas Cnidárias), que fazem simbiose com os corais. Quando se relacionam tiram vantagem mútua: as algas realizam a fotossíntese e produzem nutrientes importantes para a calcificação dos corais, que por sua vez fornecem um abrigo protegido e também nutrientes gerados pelo seu metabolismo para suas companheiras. Estes ambientes são extremamente importantes no oceano, pois servem de berçário e sustento para diversas espécies marinhas e também para a indústria pesqueira.
Um fenômeno curioso tem ocorrido com os corais em todo o mundo; o branqueamento dos recifes-de-coral, que nada mais é que a perda da simbiose entre os corais com zooxantelas que podem causar a sua morte. A ausência das algas nos corais causa o branqueamento. As partes branqueadas permanecem vivas e intactas, porém sem a sua principal fonte de nutrientes a calcificação dos corais fica comprometida, a partir disso o esqueleto e as partes moles dos corais não crescem e ficam vulneráveis a fatores como a poluição, sedimentação excessiva entre outros que levam a sua morte.
Os fatores que causam esse fenômeno é a resposta de um estresse resultante de várias condições ambientais fora dos limites do local. Esses fatores podem ser:
• Temperaturas anormais: variações bruscas de temperatura são consideradas causadoras do branqueamento. Os corais são mais vulneráveis a altas temperaturas do que ao resfriamento das águas.
• Turbidez das águas: as zooxantelas precisam de luz para completar a fotossíntese, mas em alguns locais a claridade das águas pode ser afetada por sedimentos em suspensão.
• Altos níveis de radiação UV: a radiação ultravioleta é capaz de danificar o material genético de todos os organismos; em algumas condições causa branqueamento em corais.
• Poluição: Os corais precisam de poucos nutrientes externos, porque possuem um metabolismo eficiente de reciclagem de nutrientes entre si e as zooxantelas. Recifes sujeitos a altos níveis de nutrientes se deterioram devido ao aumento da turbidez e crescimento excessivo de algas filamentosas que nessas condições são competitivamente superiores.
Contudo os fatores climáticos como o Aquecimento global, o El Niño e também fatores externos como a pesca, o turismo marítimo exercem influencia no branqueamento dos recifes de corais.
O período de recuperação dos corais varia de dias até anos, mas pode se recuperar totalmente em boas condições ambientais. Porém em condições adversas os corais se tornam estéreis e sem fontes de nutrientes acabam por morrer. As mortes desses recifes afetam a indústria pesqueira, pois a diminuição das espécies ali presentes, os preços aumentam no mercado.
Em análises feitas por pesquisadores, fala-se em extinção dos corais por volta do ano 2030. A extinção dessas colônias de corais seria uma perda inestimável para a natureza, e mais uma vez o fim de uma espécie causada pelo homem.
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